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26 de Janeiro, 2023.
São Paulo, Brasil.

A noite.

NATALIE MANCINI

Rapha abriu o porta-malas e nós pegamos nossas coisas, ele trancou o carro e começamos a andar em direção onde estaria o ônibus para nos levar até o aeroporto. Estávamos no CT do Palmeiras.

── Rapha...

── Sim?

── Por acaso o Piquerez vai estar no mesmo avião que nós?── perguntei meio aflita.

── Então você lembra dele?

── Como assim?── franzi o cenho.

── Ele falou de você hoje de manhã no CT, quando eu falei que você nunca tinha falado dele ele ficou magoado.── riu fraquinho.

── Eu conheço ele desde jovem.── eu sorri.── Eu morei por um tempo no Uruguai com meu pai, eu não te falei isso. E quando moramos lá, fomos vizinhos do Joaco e da família dele.

── Faz muito tempo que não se veem?── me olhou.

── Demais.── batuquei os dedos na minha própria coxa enquanto andávamos.── Eu não to preparada pra ver ele ainda.

Minha respiração ficou um pouco ofegante, mas rapidamente eu a controlei.

── Você pode se sentar no meu lado no ônibus e no avião, se ele vier falar com você e não quiser eu falo pra ele te deixar quieta, pode ser?── acariciou minhas costas.

── Ok, obrigada.── sorri minimamente.

Quando chegamos podemos ver um monte de homem com um conjunto igual ao do Rapha, acho que eu era a única que estava vestida diferente, afinal, não trabalho no Palmeiras.

── Ele chegou, família!── um homem moreno gritou olhando em nossa direção, fazendo o pessoal ali comemorar.

── Ai, você é a Natalie?── o menino que eu já tinha visto em alguns storys do Rapha perguntou pra mim.

── Sou sim.── sorri e estendi a mão, mas fui surpreendida por um abraço.── Prazer em conhecer você.

── Eu sou o Endrick, é bom conhecer você também!── ele falou me soltando.── Eai, vai ser minha mami quando?

Colocou o braço em volta do meu pescoço, eu franzi o cenho e olhei pra ele e depois para o Raphael.

── Não liga para as bobagens que ele diz.── ele deu um risinho.── Vem conhecer o resto do pessoal.

── Oi, Natalie. Meu nome é Gabriel mas pode chamar de Biel, viu?── ele falou e beijou as costas da minha mão.

── Você é ridículo, Gabriel.── alguém disse rindo.

── Muito bom conhecer você, Gabriel Menino.── eu sorri.

── Eu to apaixonado, Veiga.── ele olhou para o homem ao meu lado com uma cara engraçada, o que me fez rir.

CORAÇÃO CIGANO | Raphael VeigaOnde histórias criam vida. Descubra agora