29 de Janeiro, 2023.
São Paulo, Brasil.RAPHAEL VEIGA
Como ontem o dia foi grande e nós chegamos de madrugada, hoje o treino no CT seria mais tarde, então eu não tinha que me preocupar em acordar cedo.
Por isso, acordei uma da tarde. Escovei meus dentes, eu pensei em comer fora hoje, até por que nem tinha comida em casa já que a minha diarista tava de férias. E eu não tinha tempo de fazer.
Quando me arrumei e coloquei uma roupa decente, mandei mensagem para a Bruna pra ela voltar pra casa pois queria ter uma conversa séria com ela, ela me respondeu que só poderia estar em casa as sete horas.
Não me surpreendi, faz meses que ela fica apenas um dia da semana em casa e depois some de novo. Eu aguento esperar até as sete da noite.
Eu peguei minha chaves e sai do meu apê, mas tive uma surpresa ao encontrar Dona Celi saindo na mesma hora.
── Rapha, meu querido. Como você está?── perguntou com a gentileza de sempre.
── Boa tarde, Celi. Eu to muito bem, e a senhora?
── Eu estou ótima. Parabéns por ontem, meu filho, eu to tão orgulhosa de você! Eu vi o jogo, você jogou tão bem.── ela me puxou para um abraço, cheio de alegria.
Eu ri e a abracei de volta.
── Eu to muito feliz, Celi. Obrigado por ter assistido e me apoiado.
── Sempre, Raphinha!── ela segurou meu rosto e deu um beijo em minha testa.
Dona Celi era uma mulher incrível.
── Deixa eu entrar agora, porque eu quero ver umas revistas da Tupperware. Beijos, meu filho, fica com Deus.
── Amém, Celi. Você também!
Peguei o elevador e fui em direção ao estacionamento, abri meu carro, entrei, liguei e sai com ele.
Coloquei uma música no rádio e fui a um restaurante que eu sempre ia, era self-service e era muito bom.
No farol, eu apertei os olhos para ter certeza do que eu estava vendo na calçada. Era a Natalie passeando com um cachorro branco com umas manchinhas pretas, parecia até um dálmata.
── Ei, Natalie!── coloquei a cabeça pra fora da janela a chamando.
Ela ficou olhando pros lados procurando a voz, foi engraçado, mas ela me viu e fez uma cara de surpresa.
── O que ta fazendo aqui?── perguntou confusa.
── To indo almoçar. Ta passeando com o cachorro nesse calor?
── Eu fui buscar ele na creche.
── Entra aí.
Ela se aproximou do carro.
── Eu coloque ele aonde?
── Pode deixar ele no banco de trás.
── Não vai sujar?
── Não tem problema.
Ela abriu a porta de trás e o colocou lá, e entrou no banco do carona em seguida.
── Rapha, obrigada. Sério.── falou colocando o cinto.── O calor tá fortíssimo lá fora.
── Eu imagino, se aqui dentro do carro ta abafado, imagine lá fora.── falei olhando para a parte de trás.── E aí, garoto?
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CORAÇÃO CIGANO | Raphael Veiga
FanfictionRaphael precisa de um fisioterapeuta particular e com isso, seu empresário contratou Natalie Mancini. A relação deles se torna em algo especial e eles tem que lutar contra os sentimentos.