Capítulo 17- Ciúmes

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Louise Dallas

Fazia dois dias que eu fugia de Kyle, eu estava brava, chateada e envergonhada, não queria conversar com ele porque sabia que iria acabar gritando. Melissa chegou na minha vida e a bagunçou novamente, eu estava cansada dela. Assim que ela foi embora, peguei meu celular e exclui o número pelo qual ela me ligou, apaguei todos os vestígios da minha irmã.

Hoje era uma quarta-feira e eu estava ensaiando no estúdio depois do horário, meus movimentos estavam mais pesados esses dias, precisava melhora-los. Em poucos dias minha apresentação de natal iria acontecer e depois eu voltaria para casa, para o conforto da minha família e graças a Deus Melissa não deu nenhum sinal de que iria no natal, perguntei diversas vezes para minha mãe inclusive. Minha mãe é claro soube da situação e não quis opinar, Senhora Laurie sempre foi assim, nunca se meteu nas brigas de suas filhas, mas me garantiu que Melissa não estaria e que eu estava sendo convocada a voltar para casa com um convidado especial, ela estava falando de Kyle. Não contei que ainda não falei com ele, minha mãe acha que já resolvemos tudo e na imaginação dela vamos nos casar no próximo ano.

— Lou! Vamos embora! — Keithy resmunga sentada no canto do estúdio.

Minha colega de quarto diariamente vem me esperar para podermos voltar juntas, hoje eu estava demorando mais que o normal e ela estava com sono e entediada.

— Espera! — Respondo.

Rapidamente, como um vulto, Daisy entra no estúdio correndo e ofegante. Paro de dançar na hora para prestar atenção nela, Keithy se levanta assustada. A loira respira fundo abrindo a boca e fechando várias vezes tentando dizer algo.

— Eu...preciso...contar uma coisa —Ela explica respirando entre as palavras.

— Conta.

Daisy se senta no chão para descansar as pernas.

— Kyle acabou de brigar com aquele garoto, Brandy Jones, foi tipo porrada mesmo — Daisy faz gestos de soco com as mãos.

— O que?! — Solto um grito agudo.

— O Kyle está na enfermaria com um nariz provavelmente quebrado.

Cheia de preocupação, tiro as minhas sapatilhas e saio do estúdio correndo, pego o caminho da enfermaria e não paro por nada, nem pelos gritos de Keithy. Assim que chego no prédio, abro a porta abruptamente e subo uma escada até a sala de descanso, onde ele provavelmente estaria. Entro correndo mas paro ainda na porta olhando em volta procurando o garoto. O acho deitado na quarta cama perto da janela, vou até lá com uma expressão furiosa, eu estava furiosa, estava mesmo, como ele ousa se machucar, ainda mais quando eu não estou por perto para cuidar dele.

— Lou — O interrompo antes que comece qualquer coisa.

— Você é maluco? — Quase grito — brigando?

— Foi culpa dele.

— Não me importa! — Grito.

Pego uma bolsinha de gelo que estava do lado da cama de Marckense e aperto no nariz do garoto, seguro seu maxilar e continuo com o gelo ali.

— Eu fiquei preocupada — Digo manhosa, com orgulho de admitir.

— Ele que começou tá Lou — Kyle tenta se explicar.

ConfusoOnde histórias criam vida. Descubra agora