chapter twelve

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— Obrigada -Sussurro para Beidou.

— De nada, querida -ela sorri fraco enquanto me lava até o cais.

— Não vai ficar encrencada, vai? -pergunto.

— Irei colocar a culpa naquele ruivinho -Beidou pisca para mim.

Fugir de Liyue não é tão fácil quando seu pai é um arconte.  Disse que iria até a porta cruz com Beidou, para aprender a navegar. Não sei como eles ainda acreditaram nisso.

— Com licença -Childe vem até nós duas com uma bolsa.

— É a minha? -pergunto.

— Sim, donzela -Childe ri e logo em seguida cumprimenta Beidou.

— Você assume daqui -Ela diz. — Boa sorte, S/n. -Dou um abraço em Beidou e logo ela sai.

— Vai mesmo fazer isso? -Childe me pergunta com um certo olhar preocupado.

— Não se preocupe comigo, eu sou filha de deuses -Começamos a andar na direção oposta a de Beidou. Em direção ao albergue.

•••

— Você assume daqui -O ruivo para de andar.

— Childe... obrigada -O olho por alguns segundos e vou até o garoto o abraçando.

— Se cuide, ok? Espero te ver por aí, de preferência viva -O tom dele é brincalhão, mas conhecendo ele a tanto tempo sei que está preocupado.

— Eu te amo, Childe... prometo que vou voltar -Falo antes de nós separarmos do abraço.

— Você é mesmo minha irmãzinha pequena -Ele ri.

— Até mais -Dou as costas para ele e pego a bolsa.

Liyue... ainda posso chamar isso de cidade ou posso chamar de ruínas? Foi realmente Xiao que fez tudo isso sozinho?

— Ah Xiao... por quê? -Observo ao redor do vale, o clima úmido e sombrio toma conta dos meus sentidos. 

A vista de Liyue não é mais a mesma. A água que antes costumava a ser cristalina, agora é um verde lodo sombrio, o vento que costumava esquentar a pele, agora esfria minha pele.

Andei por muito tempo até chegar ao albergue, subi as ruínas das escadas e cheguei ao topo. Ao lugar favorito do Xiao. No chão é perceptível marcas de garras e o clima pesado.

— Xiao? -Adentro no interior do albergue. — Você está aqui? -Olho para os lados. Vou até a pequena varanda que consigo ver toda a cozinha, ele não está lá.

— Deixe de conversa fiada! Eu disse para procurar os rastros! -uma voz feminina vem do andar de cima. Reconheço essa voz, é de Yelan. Procuro algum lugar para me esconder e acabo entrando em um armário.

— O que ela está fazendo aqui? -Sussurro para mim mesma.

— Vamos, vamos! Tenho certeza que aquele  ruivinho está metido nisso. -ela continua a falar.

— Ah... não acho que ela vá morrer -Quando escuto está voz meu corpo congela. É de Keqing.

— Não estou confiando em você, Keqing... S/n pode muito bem ter dito aonde ia para você -Os passos para fora do albergue acompanham a voz de Yelan.

— Ela é filha de Deuses! Ela sabe se cuidar! -Keqing diz a seguindo.

— Se você ver Tartaglia emita um pedido de prisão! -Yelan diz.

— Apenas Neuvillette conseguiu prender ele... -A garota diz.

— Dê um jeito. -É a última coisa que escuto.


•••

Querida, Ei... não sei se as notícias já chegaram aí mas, faz dois dias que sai de casa. Por favor, diga ao meu pai que estou bem... mas não tente me encontrar, sei que você conseguiria fazer isso em um piscar de olhos. Obrigada por cuidar de mim todo aquele tempo, com amor S/n.

— Ela com certeza puxou a mãe -Raiden fala para Yae Miko.

— Vai mesmo ficar calada? -Yae a pergunta.

— Vou... não irei cometer o mesmo erro duas vezes -Ei suspira e guarda a carta em uma gaveta.

— Posso te dar uma ideia? -Miko sorri.

— Estou aberta a sugestões.

— Mande ele para lá -Miko sugere.

— Ele?! -Ei franze a testa.

— Sim... eles vão se dar bem -A risada diz.

— Mas ele.... -Yae a interrompe.

— Esqueça isso! Ele mudou. -Miko fala.

— Se der errado você vai virar uma raposa pelo resto da vida! -Raiden começa a rir.

— Queridinho!! Vem cá -Miko grita para que o garoto a escute.

The silence of the night | Xiao x Oc Onde histórias criam vida. Descubra agora