chapter thirteen

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— Bom dia passarinho -Falo para um passarinho que está sobre um dos galhos da árvore. — Por que ainda está aqui? Você deveria migrar para outro canto, sabia? Sumeru pode ser um ótimo lugar para você.

Observo o pássaro azul com detalhes amarelos.

— Você por acaso viu uma fênix por aí? Verde? -pergunto.

— Acha que pode falar com pássaros? -uma voz masculina fala por trás de mim.

— Quem é você? -pergunto me virando, mas não vejo nada.

— Mais para cima. -Ele diz e olho para cima.

— Scaramouche? -Falo em um grito quando vejo o garoto flutuando.

— S/n -Ele fala e começa a "pousar".

— O que está fazendo aqui? -Pergunto segurando meu arco com mais força.

—  eu não vou te machucar -Ele diz rindo. — Eu não sou o mesmo de antes.

— Não é porque você mudou de estilo e tá usando um chapéu maior que o outro, que eu devo confiar em você. -Falo.

— Quero começar me desculpando. -A voz dele sai doce.

Scaramouche está se desculpando?!??

— Oi?

— Não vou repetir! Se você quiser me desculpar que fique a seu critério. -O passarinho pousa em cima do chapéu dele.

— Como me achou? -Pergunto.

— Minha mãe te achou -Ele diz.

— Ei te mandou aqui? -riu.

— Acho que ela se preocupa mais com você do que comigo. -Scaramouche cruza os braços.

— O que deu em você?

— Bem... Foram muitas coisas, se achar o viajante por aí pergunte a ele. -O garoto ri.

— Isso é uma... -Solto o arco e olho para o que acho ser uma visão.

— Sim, uma visão Anemo -Ele ri.

— Eu não preciso da sua ajuda, Scaramouche. -Falo.

— Qual é, S/n! Se você trombar com Xiao ele pode te matar, sabe-se lá o que! Você nem tem poder suficiente contra um Adeptus.

— E o que você sabe sobre o Xiao? Você é a única pessoa que não tem direito algum de opinar sobre o que faço da minha vida! Se não fosse você nada disso teria acontecido! -Grito com ele.

— Não adiante remoer o passado! -Ele grita.

— Olha quem fala! O ex Fatui, que se revoltou por que a arconte electro o libertou! Você não pode me dar lição de moral! -Me aproximo dele.

— E você deveria parar de agir como uma criança... Você não é mais uma -Ele começa a subir para cima.

— Vai embora -Falo.

— Acha que eu quero ficar de olho em uma pirralha? Só estou aqui por conta da minha mãe e da Yae Miko! -Ele fala rindo.

— Eu não preciso da sua ajuda -Repito e começo a amarrar meu cabelo.

— Ah, ok... Vamos ver quanto tempo você sobrevive sozinha -Scaramouche diz irônico.

— Eu te odeio. -Falo antes de deixá-lo para trás e sair andando.

•••

— Ei, ei... Tudo bem, eu não vou te fazer mal. -Sussurro para uma pequena raposa escondida entre arbustos. — Ah... Como queria que você fosse a Yae!

Assim que falo um forte vento vem em nossa direção fazendo a raposa sair correndo.

— Ei, ei! Aquilo não foi nada, volte aqui... -Começo a procurá-la até que sinto algo me puxando.

— Xiao!? -Seguro o pulso dele e o olho no rosto. — Xiao! -digo mas ele me derruba no chão.

— Xiao sou eu! -rolo para o lado quando ele tenta me arranhar com as garras. — Xia-

Não consigo terminar de falar pois Xiao é jogado para longe por um vento mais forte que o anterior.

— Da para você me escutar?! -Scaramouche grita comigo enquanto observa Xiao correr para longe.

Observo os restos do teletransporte de Xiao sumirem no ar e algumas lágrimas rolam dos meus olhos.

— Ah não... Você não vai chorar agora, não é? -Scaramouche para de flutuar e se aproxima de mim.

— Ele me atacou, Scara... -Falo com o coração despedaçado.

— O Xiao que você conhecia foi consumido pelo karma... As chances de ele voltar ao normal são abaixo do zero, S/n. -Scaramouche coloca a mão no meu ombro. — Ele te machucou... É melhor você voltar para casa, não?

— Eu não vou desistir de Xiao, não dele. -Falo olhando para meu ombro que está arranhado e com macha de sangue.

— Vamos cuidar disso... Pode infeccionar. -Scaramouche fala e me senta na grama.

— Obrigada. -Minhas voz falha quando falo.

— Eu estou aqui para isso. -Scaramouche diz com um tom de voz gentil.

— Como você ficou assim? -pergunto dando uma risada.

— Digamos que eu destruí o meu antigo eu. -Ele fala e me olha, logo estende a mão até meu rosto para secar minhas lágrimas.

— Aether te ajudou? -pergunto.

— Aether vive ajudando a todos... As vezes chega a ser incoveniente, ele quase não tem descanso. -Scaramouche fala.

— E Lumine... Ninguém me falou dela -Murmuro.

— Ah... Lumine quer reconstruir a antiga nação, ela não se importa se para isso precisar destruir Teyvat, e eu penso que também não se importa mais com o irmão. -Scaramouche tira um rolinho de gaze e alguns tipos de pomadas de uma bolsa.

— Lumine fez coisas horríveis... Mas em algum lugar não acho que ela está totalmente errada. Tsarita também não gosta de Celestia... Meu pai nunca me contou o porquê, acho que os motivos de Lumine e de Tsarita estão interligados. -Falo e tento não fazer nenhum ruído quando Scaramouche toca meu ombro e coloca uma pomada.

— Tsarita está prestes a acabar com Celestia... eu não me importo nenhum pouco com isso... Depois de um tempo nos fatuis eu entendi a verdadeira face de Celestia.

— Sua mãe também não simpatiza com Celestia -Falo.

— Esse é o motivo pelo qual ela cortou os laços com Celestia E deu a gnosis para Yae Miko. -Ele diz e começa a colocar gaze no emu ombro.

— Obrigada. -Agradeço.

— Não há de que. 

The silence of the night | Xiao x Oc Onde histórias criam vida. Descubra agora