sixteen

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— Isso é totalmente irresponsável... Se ele se descontrolar a culpa vai ser sua! -Keqing disse, achei que a qualquer momento ela iria me dar um mata leão.

— Ele não vai... Não se preocupe. -Eu disse e ri.

— S/n? -Escutei a voz do meu pai no final do corredor. Keqing se enrijeceu e deu passos para trás o do embora. Ela nunca tinha feito isso, não é como se ela realmente respeitasse os deuses.

— Sim? -Olhei para ele, o cabelo estava molhado, deve ter acabado de sair do banho.

— Claro. -Disse tentando não soar receosa, o que quer que tenha acontecido naquele dia, eu sei que me deixou com um pé atrás.

Entrei em um escritório da camera de jade junto ao meu pai. Aquele escritório não era dele, mas sim o de Ningguang.

— Sobre o que quer conversar?-Perguntei e me sentei no sofá logo a frente da mesa.

— Sobre aquele dia, sobre quando você ficou inconsciente. -Ele limpou a garganta para continuar mas a porta foi aberta sem aviso prévio. Escutei a secretária de Ningguang tentando fazer quem quer que fosse desistir de entrar.

— Eu sei me virar. -A pessoa disse. Quando escutei aquela voz meu coração bateu tão forte que achei que ele iria pular para fora, me levantei da cadeira e abracei Raiden quando a vi.

— Oh... -Ela riu e acariciou minhas costas. — Também estou feliz em te ver. -Ei riu.

— O que está fazendo aqui? -Perguntei com um sorriso.

— Eu vim te ver... E resolver umas coisas com seu pai. -ela riu e olhou de relance para meu pai que observava com os olhos semicerrados, mas por algum motivo ele parecia aliviado.

— Entendi. -Disse e dei um passo para trás.

— Então, como está? -ela perguntou, quase se agachou na minha altura.

— Estou bem. -Disse. Raiden estava parecendo aquelas tias bestas pelos sobrinhos.

— Que bom! Está tão pacato ficar em Inazuma sem você para me enlouquecer. -Ela suspirou e riu. — Eu preciso falar com o seu pai, ok? -Entendi o recado, assenti e sai da sala.

Quando sai da sala senti um pouco de dor de cabeça, e quando olhei para uma janela pude ter certeza que tinha visto um mulher de longos cabelos brancos tocando flauta lá, mas na verdade não havia ninguém.

— Algum problema? -A voz mais doce que já escutará falou ao meu lado.

— Kazuha! -quase pulei nos braços do garoto para abraça-lo. — Estava morrendo de saudades. -Disse, talvez eu tenha me animado mais com ele do que com Ei.

— Eu também estava. -Ele riu e me abraçou.

— Como está Kokomi, Gorou... YaeMiko e os outros? -Perguntei assim que o abraço foi desfeito.

— Todos estão bem, Kokomi mandou eu te entregar isto. -Ele levou a mão ao bolso e tirou um presilha de pérolas.

Estiquei a mão para pegar a presilha mas Kazuha a afastou.

— Não aperta a parte de cima... Pode ser perigoso. -ele riu e se inclinou um pouco para prende-la no meu penteado.

— Obrigada. -disse.

— Obrigada -a voz de Scaramouche tentou imitar a minha.

Kazuha inventou uma desculpa esfarrapada e saiu do lugar.

— Ah... Você vai... Ver ela? -Perguntei. Sei o que Scaramouche fez para a família do Kazuha.

— Sim... Eu tenho que encarar isso, de novo. -ele riu e se aproximou da porta, dando batidas antes de entrar.

Sai andando pelo corredor, Ei e Scaramouche em um único lugar poderia significar algo bom? Olhei a janela novamente, vi uma baleia flutuando no céu. PERA, UMA BALEIA FLUTUANDO NO CÉU?

— Aí, tudo bem? -A mão de Xiao pousou no meu ombro.

Quando olhei para Xiao e depois voltei a olhar para a baleia ela não estava mais lá.

— Childe... -Foi a primeira coisa que pensei. Xiao me olhou confuso. — Onde está Childe?

— ah... Ele, ele deve estar em Fontaine ou na casa dele... -Xiao disse. — Porque?

— Ah... Nada, apenas, nada. -Eu ri

The silence of the night | Xiao x Oc Onde histórias criam vida. Descubra agora