Truth out in the Open

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Depois que Jungkook me beijou, e disse que me amava, pela primeira vez em anos e talvez na minha existência, eu tive a certeza de que aquelas palavras já não eram e não seriam mais proferidas da mesma maneira.

Eu agarrei sua camisa tentando mantê-lo ali, mas isso nunca adiantaria, porque depois de me olhar, deu as costas pegando suas coisas nas malas e entrou no carro.

Agora estou eu bem aqui, chorando, soluçando no silêncio do carro enquanto pego a estrada de volta para Busan sentindo sua falta. O pior de tudo é que dói demais saber que não vou mais poder te ver, me aproximar, te tocar, nunca pensei que nosso término fosse dessa maneira Jungkook.

Quando terminamos à sete anos atrás,  eu te culpei. Te julguei por me deixar com medo de viver ao meu lado, com medo de machucar a minha vida, as pessoas que amo, me machucar, e quando finalmente está pronto.... Eu estrago tudo.

Maldito anel, malditas mentiras, malditos segredos, fizemos uma promessa e eu a quebrei. E tudo o que consegui fazer foi te perder.

Depois de passar em casa, tomar um banho quente, troquei minha roupa e fui direto para a delegacia. Eu precisava reorganizar tudo, eu simplesmente virei as costas pra tentar pensar porque minha mente estava a maior confusão com a pressão das ameaças da Eun.

Tudo aconteceu tão rápido, eu estava disposto a te deixar pra te proteger, mas ver o quanto se preocupou comigo, o quanto atravessou essa cidade pra me ver, tudo porque nunca desistiria da gente... Porra Jeon, você sempre faz isso.

Me faz ir contra as minhas decisões, contra os meus princípios, tudo por amar você.

Era estranho estar de volta. Olhar aquela fachada, ver os carros da polícia todos ainda no estacionamento e alguns carros pretos. Sentia algo familiar.. Estranhamento e amedrontosamente familiar.

Subo as escadas e quando passo as portas de entrada, vejo todos os policiais, meus agentes, confusos, alguns me olhavam assustados, outros pareciam me julgar e tudo o que conseguia era gravar a feição destes enquanto eu caminhava totalmente já sem jeito ali dentro daquele lugar.

- O que estão olhando? - Digo autoritário, mas minha voz não pareceu abalar eles. - Voltem ao trabalho porra!

- Eles não podem seguir suas ordens delegado Park.  - Me viro encontrando aquele homem caminhando em minha direção lentamente com seus agentes logo atrás.

- Bogum? - Seu nome saí quase como um suspiro de misericórdia. - Do que está falando? O que faz aqui? VOLTEM TODOS AO TRABALHO!!!

- Já disse que não vão seguir suas ordens Park. - Diz em tom de ameaça. - Estes homens já não seguem mais a suas ordens.

- Que porra está dizendo? - Dizia entre dentes me aproximando do homem sem me deixar abalar por seus agentes ao meu redor. - Esta é minha delegacia, é a minha equipe, o que lhe dá todo esse direito de querer dar ordens à eles?

- O que me dá o direito? - Diz desafiador ao sorrir sarcástico. - É um questionamento bem provocante delegado, principalmente vindo do homem que é responsável pela morte de duas mil pessoas desta cidade dentre estas mulheres e crianças.

Na mesma hora eu me sinto sem chão, minhas pernas amolecem e meu semblante... Eu nem sei como explicar o tamanho da pancada que recebi com aquela declaração. Na frente de todos aqueles que uma vez confiaram em mim.

- O que... - Minha voz é mansa e falha ao dizer. Claramente a declaração de que aquele homem havia tirado qualquer possibilidade de me preparar e me esconder atrás da armadura do duro e forte delegado Park.

Somente o vejo acenar para seus seguranças e prontamente agarrem meus braços me fazendo debater-me para se solta desesperadamente.

- O que pensa que estão fazendo? ME LARGUEM! - Grito autoritário, mas minha voz parecia inaudível aos seus ouvidos. - Você está louco Bogum!!? Mande eles me soltarem agora, isso é um absurdo.

𝐈 𝐒𝐓𝐈𝐋𝐋 𝐖𝐀𝐍𝐓 𝐘𝐎𝐔 | 𝐩𝐣𝐦+𝐣𝐣𝐤 - 2°𝐭𝐞𝐦𝐩𝐨𝐫𝐚𝐝𝐚Onde histórias criam vida. Descubra agora