Capítulo 24

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Pov Lua

- Ah, qual é Maiara, para com isso. - Ouvi Maraisa falar.

- Isa, Marília tem que saber.

- Ela não precisa saber disso, não agora. - Franzi a testa.

Já estávamos de volta em casa, e as meninas vieram me visitar.

- O que eu preciso saber Maiara?. - Entrei na sala abotoando a camiseta.

- Fala Maraisa. - Maiara disse e Maraisa estava vermelha e com os olhos arregalados.

- Eu não sei como dizer isso. - Disse nervosa.

- Só abra a boca e diga. - Cruzei os braços.

- Tudo bem. - Respirou fundo e jogou os cabelos para trás. - Sabe o transplante de fígado?. - Assenti. - A Srta. Prado que te doou.

- O que? A Lauana?. - Quase gritei.

- É, exatamente ela, e você merecia saber disso, pode ter sido tarde demais, mas você tinha que saber. - Maiara disse.

- Meu Deus, meu Deus. - Coloquei a mão na cabeça.

- O que foi Marília?. - Maraisa perguntou vendo meu desespero.

- Ela bebe demais, tipo, muito, eu tô com o fígado dela agora porra. - Coloquei a mão na boca.

- Marília, fizeram exames antes de fazer o transplante, e o sangue dela deu limpo e até o fígado. - Abri a boca.

- Como assim? Lauana é cachaceira de primeira.

- E você também não sai ilesa dessa vadia. - Disse Simone caminhando com dois copos na mão. - E agora você vai ter que maneirar, porque beber, vai ser uma coisa que você vai ter que esquecer durante alguns meses. - Suspirei.

- Droga, e agora?.

- Eu não consigo entender o que vocês vêem de tão ruim nessa garota, ela quase deu a vida por você. - Simone disse e eu olhei pra Maraisa que estava com um olhar distante. - O fígado se regenera Marília, pelo amor de Deus.

- Ela só me doou a porra do fígado dela ok? Agradeço? Claro, mas só por isso, ela não vai se tornar parte da minha vida. - Caminhei até Maraisa. - Ei, você está bem?. - Segurei seu rosto.

- Eu, eu só quero conversar com você tudo bem?. - Assenti.

- Meninas, com licença, depois eu volto, vou resolver umas coisas... Importantes. - Sorri e puxei a mão de Maraisa.

- Coelhas. - Ouvi Simone gritar.

- Cadelas no cio. - Maiara responder e revirei os olhos, só pensa nisso.

Entrei no nosso quarto e Maraisa sentou na cama, fechei a porta, passei a chave e caminhei até ela sentando ao seu lado.

- Pode falar Mara. - Ela suspirou.

- Olha, eu só não te ajudei no transplante porque eu não sou compatível e...

- Maraisa, tudo bem, eu sabia que você queria falar sobre isso, eu estou chateada por saber que foi ela, mas estou agradecida porque se não fosse por ela, eu talvez não estivesse mais aqui. - Ela assentiu. - Está tudo bem, você não precisa me explicar nada, você não me deve isso, tudo bem?. - Assentiu.

- Já disse que você é a melhor namorada do mundo?. - Perguntou olhando para o chão.

- Não, e nem preciso ouvir, é só olhar nos teus olhos. - Toquei seu queixo para que ela me olhasse. - Que eu tenho as minhas respostas. - Ela sorriu de lado. - O que foi?.

Estava Escrito - MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora