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Cúmplice de um Príncipe (rizna)

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Em que Itadori Yuuji tenta cumprir seu papel como servo do chefe da família Gojo, mas na maioria das vezes é levado pelos caprichos de seu mestre.

Gojo Satoru sempre teve o sono leve. É tanto uma maldição quanto uma bênção. Ele não precisa definir alarme quando geralmente acorda com a primeira luz do dia. Tirá-lo da cama, porém, é outra história.

Ele ganhou uma grande reputação; um lindo príncipe adormecido que, ao nascer do sol, se transforma em um demônio. Apesar de ser querido por seus servos, ninguém é louco o suficiente para entrar em seu quarto, prepará-lo para o dia e segui-lo, garantindo que Satoru cumpra o que seu título de chefe do clã exige dele.

Ninguém tem tanto tempo, paciência ou coragem.

Ninguém, exceto um servo.

Alguém que renuncia a toda sutileza e invade o quarto de Satoru com passos confiantes e barulhentos. Alguém que quase cega o herdeiro do clã Gojo quando ele abre a cortina. Alguém que, apesar da falta de tato, não tem muito o que temer quando está acostumado com essa rotina.

“Gojo-sama, acorde. É manhã."

Satoru geme e afunda o rosto ainda mais no travesseiro, tentando se esconder do sol ofensivo. “Mais oito minutos, Yuuji.”

Itadori Yuuji, o único servo de Satoru, fica em frente à janela. Com os braços na cintura e parecendo uma mãe carinhosamente exasperada, ele bufa: “Você tem uma reunião esta manhã. Ijichi-san irá buscá-lo em algumas horas. Eu prometi a ele que você estaria pronto até lá.

"Isso não é problema meu."

Mesmo que as palavras de Satoru sejam duras, o brilho brincalhão de seus olhos quando ele espia o rosto carrancudo de Yuuji não passa despercebido por seu servo. Esta é uma música que eles já dançaram muitas vezes, e Yuuji é bem versado nas travessuras de seu mestre para levá-los a sério. Mesmo assim, ele franze a testa e puxa as cobertas, determinado a terminar seu trabalho.

“Bem, a agenda do Gojo-sama é problema meu. Eu tenho que me comprometer em nome dele.”

“Yuuji,” Satoru choraminga, tocando seu peito dramaticamente. “Você está dizendo que eu sou um problema? É isso que sou para você?

“Eu não disse isso. Pare de protelar. Yuuji suspira e puxa suavemente o braço de Satoru. “Vamos, vamos te rea- Aaaah! ”

O lençol voa ao redor deles enquanto Yuuji pousa em cima de Satoru quando ele é puxado para a cama. Satoru aproveita a oportunidade para abraçar seu corpo, prendendo-o contra seu peito. O flerte de Satoru não é bem-vindo, ou pelo menos é o que parece, enquanto os olhos caramelo de Yuuji dançam com fraca reprovação. A severidade de sua carranca é arruinada pelo lençol caindo em sua cabeça, fazendo-o parecer que está usando um véu.

“Gojo-sam—” Um dedo elegante está posicionado nos lábios de Yuuji, silenciando-o. 

“Você está muito frio comigo esta manhã, Yuuji,” Satoru ronrona em seu ouvido. “Você está ferindo os sentimentos do seu mestre.”

Yuuji franze as sobrancelhas, lutando contra o calor que sobe às suas bochechas. Ele sabe o que seu mestre quer dizer – o que ele está pedindo.