O Deus Cruel

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Eu me lembro da época em que tudo começou a desmoronar. Cresci acreditando na imagem de um Deus milagroso e misericordioso que nos amava incondicionalmente. Era reconfortante pensar que tínhamos um guia divino, alguém que cuidaria de nós, mesmo quando o mundo parecia estar ruindo.

Mas, à medida que mergulhei mais profundamente na história da humanidade, comecei a perceber as falhas em nosso conceito de Deus. As histórias antigas de dilúvios, chuvas de fogo e destruição em massa começaram a me intrigar. Por que um Deus amoroso faria isso? Não fazia sentido.

Enquanto eu escavava as escrituras antigas e lia sobre os eventos que precediam essas catástrofes, um padrão emergia. Sempre que a humanidade se desviava dos mandamentos e deixava de venerar esse ser divino, a destruição era desencadeada. Parecia que Deus exigia adoração acima de tudo.

Então, comecei a questionar a verdade por trás dessa história. Será que o Deus que conhecíamos era realmente tão benevolente, ou isso era apenas uma fachada elaborada? E se o Deus que nos criou o fez por puro egocentrismo, querendo apenas seguidores dedicados?

Continuei minha busca pela verdade e deparei-me com pistas intrigantes; fragmentos de textos antigos, histórias de civilizações esquecidas e mitos que apontavam para uma narrativa alternativa. Uma narrativa em que nossos antigos ancestrais criaram essa ilusão de um Deus misericordioso para evitar a ira de um ser divino egoísta.

A cada nova descoberta, minha compreensão do mundo mudava drasticamente. Eu não tinha certeza se podia aceitar essa realidade perturbadora, mas a busca pela verdade me consumia. Afinal, quem éramos nós para questionar os deuses?

No entanto, a indagação persistia em minha mente. Será que fomos enganados por séculos? Será que a humanidade criou essa ilusão divina para sua própria sobrevivência?

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