As Correntes

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Estou sozinha, me preparando para dormir, quando escuto um barulho incomum, provavelmente alguém bêbado demais na rua. Normalmente eu só ignoro mas, quando ouvi de novo, percebi que não era algo lá fora.
Pareciam correntes se arrastando, acompanhadas de um gemido de dor. Não era um barulho alto, mas abafado... Algo que parecia vir de baixo do meu cômodo.
De repente, me dei conta de que o barulho vinha do meu porão. Senti um aperto no peito, pois sabia que deveria conferir se havia algo de errado. Saí do quarto e caminhei até a copa.
O silêncio invadiu a minha casa e o medo, é claro, me consome. Queria gritar, mas tornaria o medo real e o que estava em minha casa saberia que eu também estava lá. Criei coragem e fui em direção ao porão. Nenhum ruído sequer. Meu coração à mil. Comecei a descer as escadas e já estava suando frio, até que cheguei no último degrau. Dei uma olhada rápida no porão e suspirei de alívio.
Ele ainda estava lá.

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