Prólogo

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1 facada... 2 facadas... 3, 4, 5, 68 facadas. O sangue escorria pelo rosto pálido do moreno choroso.

Natalan havia o rejeitado...

Roier sentia seus olhos arderem e sua visão embaçar pelas lágrimas que insistiam em cair, mas o que ele poderia ter feito? Seu amor acabará de o rejeitar...

— Desculpa, Natalan...!— o moreno disse, segurando na bochecha de seu amado, agora morto.— Tudo seria diferente se você tivesse aceitado meu pedido de casamento...

Então Roier desabou em choro novamente, o moreno o amava tanto, por que Natalan feriu seu coração?

"AAAH", Roier ouviu uma mulher gritando, oh não, haviam o descoberto?

O moreno virou para trás, vendo uma mulher loira de olhos azuis, seu rosto demonstrava puro medo. A garota deu passos para trás horrorizada pela quantidade de sangue que se espalhava pelo chão, e pelo corpo recém morto.

— Merda...!— o moreno pronunciou, se amaldiçoando mentalmente por não ter trancado a porta do local onde estavam.

A mulher correu para fora da casa, pegou seu celular e ligou para a polícia, tentando se acalmar e parar de tremer.

"Alô, em que posso te ajudar?", a garota ouviu do outro lado da linha.

— Eu acabei de ver um homem assassinando alguém...— ela dizia enquanto gaguejava.

"Onde a senhora está?"

A mulher explicou o endereço, recebendo a notícia de que estavam a caminho.

Com Roier, o mesmo tentou limpar suas roupas, falhando miseravelmente. O moreno vendo que sua tentativa foi completamente falha, deixou o corpo onde estava e saiu pelas portas do fundo, colocando a faca que usou para o assassinato em sua cintura.

O mesmo tentava limpar as lágrimas que desciam pelo seu rosto, tendo como único resultado, seu rosto um pouco sujo de sangue.

Roier correu para floresta que havia alí perto, logo escutando o som das sirenes se aproximando. Ele correu o mais rápido que pode, mas acabou tropeçando em um galho e ferindo sua perna esquerda. Quando sentiu o impacto no chão, gemeu de dor e, olhou sua perna, a vendo sangrar.

O mesmo tentou levantar, sentindo sua perna doer e arder, mas ele não podia parar.

Ele foi mancando pela floresta, implorando para a polícia não o encontrar. Mas parece que o mesmo não estava com sorte naquele dia.

Um policial ruivo acabou achando o moreno, que logo arregalou os olhos e tentou mudar de caminho, mas o ruivo o agarrou e levou as mãos dele para trás, algemando às mesmas.

— Você tem o direito de ficar calado!— o ruivo disse, guiando o moreno para fora da floresta.

Ele havia sido pego...

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Roier vestia roupas laranja, o mesmo tinha uma expressão séria no rosto, ainda se condenava por não ter trancado a porta na hora do crime.

O moreno havia sido mandado para Alcatraz, uma das prisões mais seguras do mundo.

Ele era o último da fila de condenados, e rezava para aquilo ser só um pesadelo, mas infelizmente não era...

O homem de cabelos até os ombros que estava à sua frente foi até a cela designada para o mesmo, restando apenas Roier ir para sua cela.

— Me segue, sua cela fica no segundo andar, verme!— franziu o cenho minimamente ao ouvir o xingamento do policial, mas decidiu não fazer nada e apenas seguir o guarda, não queria causar problemas no primeiro dia.

O mesmo sentiu receber olhares enquanto passava pelos corredores do segundo andar, mas nem ligou, só queria esfriar a cabeça.

— Sua cela é essa, te desejo sorte...!— estranhou a frase do policial, e entrou no local, viu que uma das camas estava revirada, indicando que tinha um parceiro de cela.

— Por que sorte...?— o moreno foi interrompido pelo som da cela se fechando e a voz do policial ecoando pelo local.

— Você irá entender...!— o policial abaixou o olhar e se dirigiu para fora da visão de Roier.

Sua cela era a última do corredor, a mesma era consideravelmente espaçosa. Na mesma tinha duas camas encostadas na parede, cada uma em lados opostos, do lado de cada cama havia um criado mudo, em cima deles tinha uma pequena luz de mesa, que iluminava ao redor das camas.

O moreno vai até a cama que está arrumada e se senta, verificando a qualidade da cama, que não era muito boa, mas era aceitável.

Sua atenção para o interior do local é interrompida por um som da cela sendo aberta e logo em seguida um homem xingando.

— Seu filho da puta. Encosta em mim de novo e eu arranco seus dedos, idiota.— um homem loiro disse, depois de ser empurrado para dentro da cela, que foi prontamente fechada.

O policial deu passos para trás e abaixou a cabeça, mas logo olhou para Roier, sentindo dó do rapaz.

O loiro seguiu o olhar do policial e finalmente viu Roier.

— Olha o que temos aqui...— o homem foi se aproximando.— Carne nova no pedaço...!— o loiro sorriu maldoso.

Pegou sua faca e puxou o colarinho da blusa de Roier, fazendo ele se levantar, e colocou a faca no pescoço do moreno, fazendo o mesmo arregalar os olhos e os fechar, apertando os ombros do loiro, com medo daquele homem perfurar seu pescoço com aquela faca.

— Olha aqui, eu mando nessa prisão, então não quero que você venha de gracinha para cima de mim.— o loiro sussurrou.

— Me s-solta!— Roier falou, tentando empurrar o loiro.

O mesmo corou ao ver o rosto mais de perto de Roier, mas se amaldiçoou na mesma hora.

— Não quero te colocar medo no primeiro dia, só não meche comigo, e você vai estar de boa.— ele disse, e soltou Roier.

O moreno ajeitou sua roupa, se afastando do loiro, olhou para fora da cela e não viu mais o policial.

— Como se chama?— o homem perguntou, analisando Roier de cima a baixo.

— Roier... e você?— disse, ainda meio inseguro.

— Cellbit, mas todos me chamam de Cell!— pronunciou, tirando um celular do bolso e mostrando.

— Como você tem um celular dentro da prisão?

— Eu tenho meus métodos...!

Roier assentiu e se sentou na cama, observando o lado de fora daquele cubículo.

— Você não é daqui, não é?! É da onde...?— Cell perguntou, indo até a sua própria cama.

— Eu venho do México.

— Hum, um mexicano...— o loiro deu um leve sorrisinho.

O silêncio se fez presente naquele local por uns 20 minutos, mas logo foi quebrado por um policial abrindo a cela.

— Levantem, é hora do jantar.

"Já é jantar?", Roier pensou, o tempo realmente passou rápido.

Os dois saíram da cela, e Roier seguiu Cell até o refeitório, já que não conhecia a prisão.

— Olha, você pode sentar comigo e meus parceiros, mas com uma condição...— Cell interrompeu o silêncio que começava a se fazer presente.

— Qual?

— Seja leal a mim, e eu te protegerei.

Roier pensou um pouco, mas logo respondeu.

— Certo.

Isso seria útil, já que o mesmo não fazia ideia do que acontecia naquela prisão...

Continua...

Prison Love - Guapoduo [CANCELADA]Onde histórias criam vida. Descubra agora