Sonho?

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— Caralho, o garoto é foda!— disse Forever, sorrindo, vendo Roier dar uma bela surra nos homens citados anteriormente.

— Ele não é daqui, não é, Cell?— Mike pronunciou, não recebendo resposta.— Cell?!

O recém citado encarava o mexicano fixamente. Por algum motivo o mesmo não conseguia tirar os olhos do moreno, que limpava a mínima quantia de sangue que havia espirrado em seu queixo.

Sentia as próprias bochechas queimarem, porém, novamente se repreendeu mentalmente.

— Cell?!— a voz do acastanhado saiu considerável mais alta, fazendo o outro brasileiro sair do pequeno transe.

— Hum?!— murmurou, olhando para Mike.

— O Roier é daqui? Pelo sotaque dele, ele não é do Brasil.

— Ele é do México…— disse, e logo voltou a olhar para o mexicano.

Já com o moreno, o mesmo andava em direção a mesa que estava sentado anteriormente, quando chegou na mesma, se sentou ao lado de Cell, sentindo o olhar do mesmo em si.

— Você luta bem!— Cell falou.

— Obrigado!

— Aprendeu com quem?

— Com um ex-amigo.

— Hum…!

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Depois do jantar, Roier e Cellbit se encontravam dentro de sua cela, deitados na própria cama.

Roier lia um livro que encontrará dentro de umas das gavetas do criado-mudo, ao lado de sua cama.

Enquanto Cellbit encarava uma foto há horas, o mesmo parecia ter uma expressão meio serena, mas ao mesmo tempo meio preocupada.

O mexicano não deixou isso passar despercebido, já havia notado que o homem não era de demonstrar sentimentos, então por que parecia tão preocupado apenas encarando uma foto?

Curioso, Roier tentou olhar a foto, mas Cell conseguiu ver tal ação, e logo escondeu a foto debaixo do travesseiro.

O brasileiro franziu o cenho olhando para Roier, e logo se virou de costas para o mesmo, tentando dormir.

O mexicano preferiu não falar nada, e apenas guardou a curiosidade consigo mesmo.

Mas logo, alguém veio em sua mente…

Seu filho, Bobby.

O pequeno havia ficado com a melhor amiga do moreno, Jaiden.

Roier sentia tanta falta do filho…

O mesmo sentiu seu coração se apertar, e logo fechou o livro.

Tinha medo do que Bobby pensava sobre si, agora que o mesmo estava preso.

E se o mesmo o odiasse para sempre?

Aquele pensamento o atingiu em cheio, fazendo o aperto em seu coração se intensificar.

Achou melhor guardar o livro na gaveta e tentar dormir.

E assim o mesmo fez.

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Roier abriu os olhos, sentiu sua visão arder pela claridade e fechou os olhos novamente.

O mesmo se sentou, ainda de olhos fechados, e sentiu algo estranho em sua mão, e quando olhou viu grama.

O mesmo franziu o cenho em confusão e olhou em volta.

Ele pode ver sua casa e a floresta onde brincava com seu filho.

Tudo foi um sonho?

Ou o mesmo estava em um sonho?

Escutou passos e olhou para frente. Era Bobby.

— Filho…— Roier sentiu seus olhos se encherem de lágrimas.

Ele se levantou e correu na direção de Bobby.

— Eu senti tanto a sua falta…— quando Roier ia abraçar seu filho, o mesmo se afastou e o olhou sério.— F-Filho…?!

— Eu não sou mais seu filho!— ele disse firme.

— O quê?

— Você matou aquele homem…

— Filho…

— NÃO ME CHAMA DE FILHO!— Bobby gritou.

— B-Bobby, para com isso…— o moreno disse com a voz embargada.

Ele sentiu um nó se formar em sua garganta, seu peito doía, suas pernas ficaram fracas e o mesmo caiu de joelhos.

Ele sentiu as lágrimas percorrerem seu rosto.

— Me desculpa… Por favor, me desculpa, filho!— ele falou, se desabando em choro.

Sua respiração estava acelerada, ele se sentia horrível…

E de repente… Tudo se apagou.

Continua...

Prison Love - Guapoduo [CANCELADA]Onde histórias criam vida. Descubra agora