A Chegada Dos Novatos

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Roier acordou no mesmo lugar do sonho anterior, porém dessa vez ele já sabia que estava em um sonho.

Ele se levantou do gramado que estava deitado, indo em direção a sua casa. Quando entrou, procurou por alguém, logo ouvindo um barulho vindo da cozinha.

Ela andou na direção do som, e quando chegou, viu sua melhor amiga, Jaiden, e seu filho, Bobby. Os dois estavam sentados na mesa de jantar, quando Jaiden avistou o moreno, se levantou o mais rápido que pôde e pegou Bobby no colo, se afastando do mexicano.

— O que está fazendo aqui? Era para vc estar na prisão!— Jaiden falou, dava para notar o desespero em sua voz.

— Jaiden, eu…— Roier tentou se aproximar.

— Não chega perto da gente!— ela disse, ainda mais desesperada.

O medo em seu olhar quebrou o coração de Roier em mil pedaços.

Sua melhor amiga o temia…

Ele sentiu lágrimas ameaçarem cair de seus olhos, mas não deixou que elas caíssem.

— V-Vai embora…!— a voz trêmula da garota mostrava o quão assustada estava.

Roier se sentia um monstro, seu filho e sua melhor amiga o odiavam, e mesmo sabendo que aquilo era apenas um sonho – que estava mais para pesadelo– doía tanto aqueles olhares repletos de medo e ódio.

— Me desculpe, Jaiden… Me desculpe!— a voz do mexicano estava embargada, lágrimas escaparam de seus olhos.

Ele se afastou aos poucos, até bater suas costas na parede do cômodo, ele tentava conter as lágrimas, mas elas insistiam em cair.

— Titia, eu estou com medo…!— ele pôde ouvir seu filho falando, aquilo o destruiu completamente.

Ele caiu de joelhos no chão, ele não continhaa mais as lágrimas, nem se tentasse conseguiria, juntou suas pernas e rodeou os braços, apoiando os no joelho, e afundou seu rosto no espaço que se formou, se permitindo chorar.

Ele implorava mentalmente para que aquele pesadelo acabasse, ele não aguentava mais ficar ali…

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Roier acordou em um pulo, seu coração estava acelerado e ele suava frio, a cela estava meio escura, a única luz que tinha no local era a da Lua, que passava por pequenas janelas do enorme corredor das celas.

"Tudo foi um sonho… ainda bem!", ele pensou.

Ele olhou para o lado, não encontrando Cell em sua cama, ele diria que estava no horário do café da manhã, porém notou um relógio digital em cima do criado-mudo ao lado da cama do brasileiro, que marcava exatamente 3 horas da manhã.

O mexicano ficou confuso, por que Cell não estaria em sua cela às 3 da manhã?

Foi então, que Roier se lembrou da caixa artesanal de Cell que havia visto no dia anterior.

Se levantou rapidamente, afinal, Cell poderia chegar a qualquer momento. Foi em direção a cama do loiro e se agachou em frente ao criado-mudo. Mesmo estando escuro, ele percebeu uma fechadura na última gaveta – que era a gaveta onde estava a caixa–, fazendo ele suspirar desanimado.

Ele procurou pela chave nas gavetas acima, mas não encontrou nada.

E foi quando ele estava voltando para sua cama, pensando não encontrar nada, que ele se lembrou da foto que Cell tanto olhava, correu de volta para a cama do brasileiro e levantou o travesseiro rapidamente… nada.

Prison Love - Guapoduo [CANCELADA]Onde histórias criam vida. Descubra agora