[5] Tudo em Seul significa algo

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Perspectiva de Kim Taehyung.
[Seul]

Jungkook me guiou ao estoque, o lugar onde Hyeri havia pedido no início para que nos encontrassemos depois que Jeon fizesse um tour comigo pela loja. O que não rolou, porque ele me mostrou apenas o segundo andar e fez um show de guitarra particular pra mim. Mas Hyeri não precisava saber disso.

Depois eu conheceria a loja melhor, porque encarregar o Jungkook desse tipo de serviço é uma total perda de tempo.

A ruiva falava sem parar, andávamos por corredores e mais corredores de mercadorias e coisas empacotadas. Listagens de milhões de coisas nas paredes, anotações de novas caixas. Me sentia claustrofóbico com aquele monte coisas ao meu redor e Hyeri ditando centenas de informações que, sinceramente, eu não absorvi nenhuma.

Depois do passeio pelo estoque, a ruiva nos levou para o escritório da loja – um ambiente mais aconchegante para mim que estava a um passo de ter falta de ar –.

— Ok, Taehyung, você tem alguma experiência com vendas? Atendimento ao público? Conhece os gêneros musicais, bandas? – A ruiva indagou enquanto se sentava na cadeira acolchoada.

— Bom, eu trabalhei 3 anos em uma conveniência em Daegu. Entendo de música, mas não sou expert. Sei o suficiente para não ser um leigo no assunto.

— Não acredito que você ficou trabalhando naquela espelunca por 3 anos, Taehyung-ssi. – Jungkook interrompeu incrédulo.

— É o que se tinha em Daegu para um adolescente de 16 anos. – Respondi.

— Como você já tem experiência com vendas, pelo visto, não vou precisar fazer um teste com você agora, mas quero observar quando a loja abrir. – Hyeri disse.

— Pode mandar, Hyeri. – Jungkook respondeu no exato segundo que ela finalizou sua fala, totalmente ansioso.

— Quer parar de interromper, Jungkook-ah? Parece que o emprego é pra você. – Ela o repreendeu.

— Você não entende, se eu não conseguir um emprego pro Tae, vou dormir na rua junto com ele.

— É maravilhoso saber que a minha presença naquele apartamento só trouxe alegria. – Ironizei com o meu melhor sorriso falso.

— Jin hyung gosta de você, Taehyung, ele só é muito rigoroso às vezes. – JK jogou seu braço sob o meu ombro e me apertou contra si.

— Sei, ele é um amor...

— Seokjin é um amor de pessoas, ele renovou meu guarda-roupa. Sem ele eu seria uma completa mal vestida. – Hyeri disse. — Mas isso não vem ao caso. Vamos logo acabe com isso, não quero perder meu horário de almoço.

Hyeri se levantou da cadeira e andou até a porta da sala, o barulho das suas botas fazendo um barulho seco contra o chão.

Acho que estava nervosos demais, eu conseguia ouvir meticulosamente o som da borracha da sola contra o chão.

— Ele vai precisar de mais alguma coisa ou o emprego é dele? – Jungkook perguntou ansioso.

— Eu não disse que o emprego é dele. Quero analisá-lo de perto, ver como ele se sai. – Ela respondeu direta e seca. — Quero os dois aqui no seu turno, Jeon. Assim que chegarem entregue um uniforme pra ele e o ajude a começar. Vou chegar um pouco depois, então você abre a loja.

— Beleza, faremos tudo perfeitamente.

— Não puxe meu saco. – A ruiva revirou os olhos ao mesmo tempo que abria a porta e nos indicava pra sair. — Quero no horário certinho, ok? Não o acostume mal assim como eu te acostumei.

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