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Ainda naquela quinta feira.

Catalina estava combinando de encontrar uma amiga, mas ela quis consolar o argentino, por mais que esse tentasse se fazer de "durão" falando que estava bem.

Eles moravam no mesmo prédio. Na verdade muitas pessoas que trabalhavam naquela empresa moravam naquele prédio. Era perto do serviço, fazendo com que eles não tivessem que gastar muito com locomoção.

Eles estavam sentados no sofá comendo doces enquanto assistiam "Mamma Mia". Martín continuava a dizer que não era pra tanto, mas qualquer desculpa pra curtir um tempo com a amiga era suficiente.

Eles estavam prestando atenção no filme até que o celular de Catalina vibrou. Ela começou a sorrir pro celular enquanto respondia, o que intrigou o loiro ao seu lado.

–Lina?

–Oi? Quê? – Ela o olhou confusa, como se tivesse acordado de uma realidade onde só existia ela e a pessoa do outro lado daquele telefone.

–Nada, nada. É só que nessa parte do filme você normalmente canta junto.

–Ah eu não percebi em que parte tava. Eu tava aqui conversando com uma amiga, acho que me distrai.

–Uma amiga é? – Ele deu um sorriso insinuante, que foi respondido por uma revirada de olhos.

–Sim, uma amiga.

–É que pelo jeito que você tava sorrindo pro celular parecia que era mais que uma amiga.

Ela jogou uma almofada nele em resposta, sorrindo ao ver que o amigo sorria também. Ela tinha ficado preocupada.

Ele tinha contado essa história desse namoro com o Heitor. Ela o ajudou a superar quando eles separaram, mas por ser alguém da empresa ele não quis falar quem era na época.
Ela também não forçou saber, não fazia diferença saber quem era, só era importante ajudar o amigo.
Vê-lo novamente nessa situação foi horrível.

–O foco hoje não era pra ser eu e sim você. Como você tá? – Ela perguntou mudando o assunto.

–Eu estou bem. Aquela hora foi só o choque que me fez agir daquele jeito. Não vamos ficar falando sobre isso. Se você quiser me "ajudar", me distrai com essa sua amiga misteriosa.

–Você não deixa passar nada, não é? – Ele apenas balançou a cabeça negativamente em resposta. – É a Vene, eu já devo ter falado sobre ela. A gente se conheceu numa festa da faculdade e ficamos amigas instantaneamente. Ela teve que seguir com a vida dela em outro país e eu fiquei por aqui, mas nos sempre mantemos contato. Agora por algum motivo familiar ela voltou pra cidade. – Ela disse a última parte com um sorriso no rosto.

Martín se lembrou da história que a amiga já havia contado sobre essa tal de Vene.

–Era essa que tinha te beijado?

A Colombiana corou e sorriu mais ainda. A resposta foi apenas um balançar de cabeça em afirmativa.

Um detalhe importante, que ela omitiu quando contava a história dessa vez, é que antes de se distanciarem, elas se aproximaram bastante.

–Tem alguma coisa te preocupando, o que é? – O argentino percebeu uma mudança expressão da amiga, então questionou.

–Essa amizade entre eu e ela poderia ter virado alguma outra coisa, mas como tínhamos pouco tempo, optamos por manter na amizade. Um relacionamento a distância parecia muito complicado.

– E agora que ela está de volta...?

–Eu tô tão nervosa com o que pode acontecer.

–Você quer ter alguma coisa além da amizade com ela?

Um Casamento, Várias MentirasOnde histórias criam vida. Descubra agora