Katsuki Bakugou, um garoto que muitos diziam que era azedo, por mais que tinha um cheiro de caramelo, seu humor era um tanto quanto cítrico. Já Eijiro Kirishima era seu completo oposto. Era um doce de pessoa, e Katsuki podia jurar que a todas as vez...
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- Eijiro! - A voz de sua mãe soou alto vindo do andar de baixo e o alertou. O garoto que estava distraído com os quadrinhos de heróis agora olhava para o lado, onde ficava a cozinha, esperando por mais. - Vem aqui, filho.
Deixou a revista de lado e se levantou do sofá, caminhando até a cozinha, onde sua mãe se encontrava preparando o almoço. A mulher de estatura mediana, tinha cabelos castanhos e curtos, usava um avental para cozinhar e parou de cantarolar quando o pequeno apareceu no cômodo.
- Eijiro, querido, sua mãe ainda não chegou. - Disse se virando para o garoto que esperava pelo comando de sua mãe. - Você poderia regar as plantas dela lá fora por mim? - Perguntou, logo em seguida mostrando a colher de madeira que usava para mexer o curry que preparava.
- Pode deixar comigo, mamãe! - Ele exclama alegremente, até porque aquela era uma das suas tarefas favoritas quando sua mãe não estava por perto.
Caminhou até a lavanderia, onde sua mãe deixava as ferramentas de jardinagem dela, lá ele encontrou o regador. Encheu o recipiente de água com um pouco de dificuldade pelo seu tamanho e pela falta de força, mas no final foi uma tarefa bem sucedida. Ao lado da lavanderia a porta de correr dava para um grande quintal, que mais para trás daria em uma floresta. A casa não era cercada, aquela era uma vizinhança confiável onde todos se conheciam e conversavam entre si.
Passava entre os vazos de plantas da mãe, regando uma por uma, tentando se lembrar ao máximo quais gostavam mais e menos de água, por sorte e experiência ele se lembrava bem da maioria. Após um tempo ele percebe uma presença que nunca havia visto por lá. Agachado, olhando para uma planta frutífera, um menino aparente da mesma idade se assustou quando ouviu Kirishima se aproximar.
Um bico surgiu nos lábios de Kirishima, irritadiço se aproximava mais e mais do menino loiro que o olhava assustado. Eijiro não pode não notar que os olhos do garoto eram iguais ao seus, avermelhados e reluzentes, tal qual cerejas maduras e polidas.
- Quem é você? - Perguntou, e deu mais um passo para frente, tentando mostrar confiança. - E o que está fazendo com as plantas da mamãe? - O confrontou, mas o menino apenas fechou a expressão e virou o rosto para as plantas, ignorando Kirishima.
- Ei! Me responde. - Eijiro não pensou muito, ele estava ficando irritado com aquela situação, então puxou o cabelo loiro do garoto rapidamente o fazendo levar as mãos para a cabeça e choramingar de dor.
Kirishima não era estressado, muito pelo contrário, Eijiro era uma das crianças mais simpáticas e atenciosas que alguém poderia ter por perto, porém ele tinha um ponto fraco e esse sempre seria suas mães. Era o que ele mais amava no mundo e as protegeria com todas as forças que ele tivesse.
O menino apenas se levantou, sem dizer uma palavra e foi embora, Kirishima apenas ficou o olhando se afastar curioso, atento para se houvesse qualquer coisa. Quem era o garoto de olhos vermelhos cereja? Ele se perguntava. Contudo apenas continuou molhando a pequena horta de sua mãe, as árvores e as flores. Assim que terminou tudo, pode respirar fundo e voltar para dentro, indo contar tudo que aconteceu para sua mãe.
