Kiara foi expulsa de três escolas e roubou uma loja de conveniência. Com isso seu pai ficou furioso e mandou Kie para morar com sua mãe em Shorehaven.
No começo ela odiou a ideia, mas quando descobriu que era uma cidade perto da praia, ela mudou co...
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ACORDEI COM A LUZ do sol batendo no meu rosto. Abri os olhos com dificuldade e me levantei da cama. Fiz minhas higienes e coloquei uma calça de moletom, um top e fiz um rabo de cavalo.
— Bom dia — Meu pai falou assim que me viu descendo as escadas com minhas malas
— Bom dia pai — Falei sorrindo
— Ansiosa para voltar para shorehaven?— Ele perguntou
— Muito, não vejo a hora de ver os meus amigos— Falei animada enquanto pegava uma maçã na cozinha
— Que bom que está feliz — Ele falou enquanto mexia em seu computador
Ele disse com a atenção no computador em cima da mesa. Meu pai era obcecado por trabalho, e isso não é ruim porque ele nos proporciona uma vida boa, com boas condições financeira. O problema é que as vezes ele até esquece que eu existo, o trabalho é sempre prioridade.
— Se prepara porque já vamos sair — Ele falou sem nem me olhar e eu revirei os olhos e sai de casa
Eu estava indo participar das seletivas para o campeonato estadual, que vão ser em Shorehaven.
Sou campeã de 3 estaduais e 1 nacional. Desde que tudo aconteceu, meu foco tem sido o surf. Estou me dedicando muito nesse esporte. Quero ser uma grande surfista no futuro.
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Não mudou nadinha. Desde que eu saí daqui o lugar continua o mesmo. Meu pai estacionou na nossa antiga casa. Na verdade, onde eu e minha mãe morávamos.
Comecei a descarregar as malas do carro e caminhei em direção a entrada. Destranquei a porta e assim que eu pisei no cômodo me deu uma vontade imensa de chorar.
— Vai ficar tudo bem — Ele disse colocando a mão nas minhas costas e entrando em casa
Respirei fundo e caminhei em direção ao meu quarto. Assim que abri a porta me deu a maior nostalgia.
Olhei todo o cômodo com cuidado, e caminhei em direção ao armário, que em cima dele havia milhões de fotos de mim, da mamãe e dos meus amigos. Tinham vários adesivos, quadros e fotos sobre surf espalhados pelo quarto. Mas meus olhos pararam em um lugar, na prancha pendurada em cima da cama. A prancha que eu e a mamãe fizemos juntas, mas nunca conseguimos acabar porque fomos embora. Ela estava cheia de pó, e só faltava pintar.
