A cada segundo eu pegava o celular de Billie, e nada. Nenhuma ligação, mensagem, email, nada!
– Amélia, meu amor, se passaram apenas três horas, embora tenha muita gente atrás dele, ainda é pouco tempo. - Billie tentava me acalmar mais uma vez. Nós duas estávamos agora em nosso quarto, deitadas, com Trinity e Trixye no berço, e Adelaide entre nós na cama.
– Eu sei, Billie, mas.. é o meu pai. - Eu disse meio a um suspiro longo e ela me abraçou, deixando um beijo em minha testa.
A garota em nosso meio começou a se remexer, então nossos olhares foram direcionados a ela. Adelaide levantou-se e correu para o banheiro, que ainda tinha a porta aberta. Billie e eu levantamos atrás da menina assustadas, assim que paramos na porta, vimos Adelaide por para fora tudo que tinha em seu estômago.– Oh, pequena, acho que você acabou comendo algo que não devia. - Billie disse se aproximando de Adelaide, que tinha lágrimas em seus olhos.
Eu me aproximei da menina e a peguei no colo.– Vamos lavar sua boquinha! Você vai ficar bem. - Deixei um beijo na testa da garotinha e a levei até a pia, onde ela lavou a boca e escovou os dentes.
– Está com dor ou alguma coisa? - Perguntei deitando a garotinha na cama. Adelaide apenas negou com a cabeça. – Certo.. Descansa um pouquinho, ta bem? Vou pedir para alguém comprar um remédio. - Adelaide assentiu e se aconchegou em Billie.Sai do quarto deixando as duas lá. Eu estava caçando por um empregado, qualquer um que fosse, até que um homem passou por mim.
– Oi.. é.. desculpa.. eu preciso que alguém vá a uma farmácia e com- O homem se virou para mim com a cara mais rabugenta possível. Ele não era velho, não mesmo, cheguei a pensar que fosse um dos motoristas.
– E por que você mesma não vai? Essas namoradas da Billie vivem achando que são patroas. - Ele disse se virando novamente.
– Achando? É bom que se vire agora e peça desculpas! Mas isso só se não quiser ter seu amigo arrancado, fora isso, será um prazer arranca-lo. - A voz séria e rígida de Billie ecoou pelo corredor, só então notei a mais alta parada na porta do quarto, mesmo longe era notável seu maxilar travado, e o falso sorriso formado em seu rosto. – Anda, Brandon! Da última vez que me desafiou, as coisas não acabaram bem. - Ela disse e o homem pareceu se lembrar, ele se virou para mim com os olhos arregalados, era notável que mesmo involuntariamente, o homem tremia.
– Me.. me perdoa, senhora! - Ele disse com a voz trêmula, abaixando a cabeça.
– É bom que nunca mais trate minha mulher desta forma. E nem se quer ouse citar mais uma vez “essas namoradas da Billie”. - O tom de raiva ainda era presente na voz de Billie. O homem assentiu e passou por mim caminhando para sabe-se lá onde. – Não acabei! - Billie disse chamando a atenção dele novamente. – Vá a farmácia e compre um remédio para enjôo. Desta vez, sou eu quem estou mandando. - O homem balançou a cabeça em concordância e saiu, sumindo de nossas vistas em seguida.
Um homem que a minutos andava completamente posturado e confiante, agora havia abaixado a cabeça e sumido tão rápido quanto um raio.Eu ainda estava em completo choque. Por que diabos Brandon tinha tanto medo de Billie? O que ela já havia feito? Bem, ela nunca teve a fama de santinha, e eu sei melhor que ninguém que ela não tem dó quando está com raiva, mas nem eu tinha tanto medo assim de Billie.
Afastei-me de meus pensamentos e voltei a caminhar para o quarto, onde Billie ainda estava na porta.– O que foi, meu amor? - Ela perguntou quando passei por ela. Toda aquela expressão de raiva havia sumido, o semblante de Billie agora estava relaxado e pacífico, como se o evento de minutos atrás nunca tivesse ocorrido.
– O que foi? Eu quem pergunto! O que foi isso? O que você fez 'pra aquele homem ter tanto medo de você Billie? Eu o vi tremer. - Perguntei assustada e confusa, no entanto, Billie ainda tinha uma expressão tranquila formada em seu rosto. Ela suspirou antes de conferir se Adelaide dormia, quando viu que sim, fez sinal para que eu a seguisse e apenas saiu do quarto. Eu a segui como ela havia pedido. Billie caminhou até um escritório, eu não estava surpresa, em toda casa havia pelo menos um.
– Eu não ia falar no quarto e correr o risco de Adelaide ouvir. - Ela disse se jogando em uma poltrona de coro que havia ali. As pernas de Billie estavam para o ar, ela parecia bem confortável, mas nem um pouco comportada, mas esse era o jeito dela.
– Então me conte o que aconteceu. Quero saber de tudo! Detalhe por detalhe. - Eu disse me sentando de frente para Billie. Ela suspirou e pegou ar para começar.
– Bem, meu pai não queria que soubessem da minha condição.. sobre eu ser.. intersexual. Então, ele conheceu Brandon e o colocou em minha vida.. no começo éramos super amigos, e isso bastava para nós, ou para mim, ja que Brandon começou a me ver com outros olhos. Ele se declarou para mim, na época eu tinha uma namorada, mas meu pai não quis saber e comprou a ideia de Brandon. Então, fui obrigada a namorar com ele, durante um tempo, eu realmente me apaixonei por ele, mas ele saía e comia outras putas por ai, como eu sei? Saía em sites de fofoca, e ele apenas negava. Quando chegava em casa me obrigava a chupar o pau que ele havia enfiado em outras putas! Ainda gravava. Se me negasse, ele ameaçava a contar para todos que eu era uma aberração. Dizia que se eu não fizesse, ele não teria motivos para continuar comigo, que vazaria os vídeos sem dó, e que ninguém além dele iria me querer. - Os olhos de Billie estavam cheios de lágrimas. Eu sentia meu estômago embrulhar com a história. – A gota d'água foi quando eu o peguei na cama com Madelyn. Ele transava com a minha melhor amiga, e ainda teve a coragem de me dizer “ela tem o que você não tem! A porra de uma buceta, que por sinal, é muito gostosa.” Naquele dia toda raiva que eu guardava em mim, veio a tona. Atirei contra Brandon, mas tendo certeza de que não havia matado, eu queria aquele filho da puta vivo! - Ela disse com o nojo e a raiva notáveis em sua intonação. – Eu o amarrei e arranquei um de seus testículos. Deixei aquele filha da puta sangrar, mas meu pai apareceu e o levou para a emergência. No dia seguinte, todos os sites de fofoca sabiam que eu era intersexual, meu pai pagou uma grana preta para que nenhum artigo fosse publicado, e não foi. Tornou-se apenas rumor, já que nada havia sido provado. Madelyn partiu deixando Adelaide ainda pequena. Eu nunca mais soube dela, até o carro dela ser achado batido em uma árvore, e queimado. Depois disso, eu passei noites e noites em baladas e puteiros, eu não ligava mais que soubessem da verdade. Qualquer homem que tocasse em mim perdia sua mão ou a vida, e foi quando eu passei a vestir-me de forma masculina. - Billie disse com lágrimas agora em seu rosto, eu me levantei e sentei-me ao lado da garota, rodei meus braços por Billie e a abracei deixando um beijo em sua testa.
– Meu amor.. eu sinto muito! - Eu disse em um tom baixo e Billie apenas negou com a cabeça.
– Não é sua culpa, Amélia. É culpa do meu pai! Toda a vida ele quis me ver infelizmente, e agora está fazendo tudo isso para te afetar, porquê ele sabe que afetando você, ele estará afetando a mim. - Ela disse com mais lágrimas em seu rosto, eu apenas apertei um pouco mais Billie contra mim, enquanto ela chorava feito uma criança.
Eu não sabia o que fazer. Não sabia ao menos o que dizer. Eu poderia matar Brandon agora.OI GENTE, DESCULPA O SUMIÇO!!
to pensando em encerrar essa p começar outra👀
VOTEEMM!!! BEIJOSSSS
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Devil is Woman. - Billie Eilish | G!P
Fanfictionsinopse: Diferente de Billie Eilish, Amélia Zahan não nasceu em berço de ouro. Muito pelo contrário, Amélia precisou trabalhar duro para conquistar tudo o que tem hoje. Mas Amélia sempre foi muito doce e gentil. Billie por sua vez, sempre mal humor...