Devil is Woman. - Billie Eilish | G!P

forty-two

Billie's Pov

– AAANNDA, BILLIE! - Amélia gritava e o desespero tomava conta de mim. – PEGUE AS BOLSAS... E A MALDITA CHAVE DO CARRO! - Eram seis da manhã e a bolsa de Amélia havia estourado. Ela tinha acabado de completar 40 semanas.

– Calma! Tenta respirar fundo, eu juro que vou pegar tudo.  - Eu disse ainda nervosa tentando pegar tudo que Amélia havia mandado.
O desespero tomava conta de mim.

– O que 'ta acontecendo? Por que toda essa gritaria? - Liam perguntou sonolento e confuso.

– A bolsa de Amélia.. ela estourou.. - Ele ainda parecia não entender. – AS MENINAS VÃO NASCER! - Gritei e garoto pareceu entender. Logo, tanto Liam quanto eu estávamos desesperados.

– Não.. não sejam.. idiotas! - Amélia disse dando pausas, acredito que por causa da dor das contrações que sentia. – Se.. acalmem. Parece até que são vocês que vão parir. - Liam e eu nos olhamos.

– Certo! Liam, desça com Amélia. Eu pego as bolsas e tudo que vai precisar. - Ele assentiu e apoiou a irmã em seu ombro saindo do quarto com ela.
Eu corri para o quarto das meninas e peguei suas bolsas, em seguida desci correndo seguindo pela sala até a porta.

– Vai, Billie. Nós pegamos o que faltar. - Drew disse ao lado de Cláudia quando passei por elas rápido. Apenas assenti e corri para o carro, onde Amélia já estava.
Eu dirigi feito louca pelas ruas de Los Angeles. Os gritos de dor de Amélia me causavam desespero e ansiedade. Pareci estar cega, sem que eu percebesse, chegamos ao hospital, e eu agradeci mentalmente por não ter batido em nenhum carro.

Assim que sai do carro bati a porta e corri gritando por ajuda. No mesmo instante dois maqueiros correram em direção ao quarto e pegaram Amélia.
Eles seguiram para dentro de uma sala e eu fui atrás, sendo parada na porta.

– Você precisa fazer crachá de acompanhante, senhora! - Uma mulher me parou não deixando que eu passasse.

– Eu não preciso. - A mulher tinha o semblante fechado e me olhava com dúvida. – Eu não vou fazer a porra de um crachá enquanto minha mulher está dando a luz a minhas filhas! Eu vou entrar nessa porra agora e você vai sair da minha frente. - A mulher permaneceu da mesma forma. – AGORA! - Ela se estremeceu com meu grito e me deu passagem. – Obrigada pela compreensão! - Falei empurrando a mulher e entrando direto.
Vi Amélia deitada em uma outra maca, médicos estavam ao seu redor. Eles gritavam para Amélia fazer força, enquanto ela gritava, acredito que de dor.

Longos minutos se passaram. Agora ja se passava das 10h da manhã, quando eu finalmente ouvir o choro de uma das gêmeas, soltei a mão de Amélia correndo e então vi Trixye no colo de uma enfermeira. A pequena garota chorava alto enquanto a enfermeira limpava ela.
Eu sorri ao ver a menina.

– Ela não chora, sua respiração está muito fraca, rápido! - Foi o que eu ouvi um médico dizer, só então notei Trinity desacordada em seu colo. Senti meu corpo congelar de pânico, mas saindo rapidamente quando vi duas das enfermeiras saírem com Trinity em seus braços.

– Aguenta firme! - Beijei a testa de Amélia e sai atrás de Trinity. – Preste atenção em Trixye. - Disse a Drew e Zoe que esperavam no corredor no lado de fora. Antes que elas pudessem perguntar qualquer coisa, corri atrás das enfermeiras com minha filha.

– Você não pode entrar aqui. - Uma delas me disse quando a outra entrou em uma sala com Trinity.

– Mais uma vez isso? Eu sou a mãe! Eu entro onde minha filha estiver. - Tirei a mulher da minha frente sem muita paciência e invadi a sala.
Os batimentos de Trinity simplesmente não existiam, o coração dela não estava batendo. Eles faziam de tudo para reanima-la, e eu que nunca fui religiosa, pedi a qualquer força que pudesse salvar minha filha para que isso fosse feito. Meu rosto estava tomado por lágrimas. O desespero se vez presente em mim mais uma vez naquele dia. Eu pedia. Implorava. Suplicava pela vida de Trinity, e em algum momento fui ouvida. Os batimentos da garotinha voltaram, seu coração estava batendo.