Capítulo 1 - "Acordar"

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Acorde!

Era uma manhã fria e nublada quando João acordou, sentindo o chão de pedra sob seu corpo. Ele piscou várias vezes, tentando se acostumar com a luz fraca que vinha de uma única janela alta e estreita. Sua cabeça doía e suas roupas estavam sujas e rasgadas. A última coisa que lembrava era de estar em sua casa, se preparando para dormir.

Ao tentar se levantar, ele percebeu que estava em uma cela. As paredes eram de pedra cinza, cobertas de musgo e umidade. Havia uma porta de ferro pesado com uma pequena abertura na altura dos olhos. João se aproximou e tentou olhar para fora, mas tudo o que conseguiu ver foram corredores escuros e outras celas.

"Onde estou? O que aconteceu?", pensou ele, tentando lembrar.

De repente, ele ouviu passos se aproximando. Uma voz grave e rouca ecoou pelo corredor. "Acordou, finalmente? Bem-vindo ao Castelo das Sombras, João."

Confuso e assustado, João perguntou: "Quem é você? Por que estou aqui?"

A voz respondeu: "Em breve, tudo será revelado. Por enquanto, descanse. Sua jornada está apenas começando."

E assim, no meio daquela escuridão e incerteza, a aventura de João no Castelo das Sombras começou.

João caminhou cautelosamente na direção da voz, seus pés pisando silenciosamente nas pedras frias. Enquanto isso, seus olhos vasculhavam a cela em busca de qualquer coisa que pudesse usar como arma ou ferramenta.

No canto da cela, viu um pedaço de madeira quebrado, provavelmente um pedaço de um antigo banco ou cama. Parecia afiado o suficiente para ser usado como uma estaca ou faca improvisada. Rapidamente, ele pegou o pedaço de madeira e o escondeu atrás de si, mantendo-o pronto para qualquer situação.

Ao se aproximar da porta, João percebeu uma silhueta do outro lado da pequena abertura. Parecia ser um homem alto e encorpado, vestindo uma espécie de armadura antiga. A voz rouca e grave pertencia a ele.

"O que você quer de mim?", perguntou João, tentando soar mais corajoso do que realmente se sentia.

O homem deu uma risada curta e disse: "Você será útil para nós, João. Mas por enquanto, mantenha-se vivo."

Antes que João pudesse responder, ouviu-se o som de chaves e a porta da cela começou a se abrir lentamente. Preparando-se para o desconhecido, João apertou o pedaço de madeira em sua mão, pronto para enfrentar qualquer perigo que estivesse à espera.

Usando sua agilidade e rapidez, João se esgueirou por baixo das pernas do homem armado. O peso e o tamanho da armadura realmente restringiam os movimentos do guardião, dando a João a oportunidade perfeita para escapar.

João correu pelo corredor, seus pés batendo nas pedras úmidas, ecoando pelo silêncio opressor do castelo. Ele não sabia para onde estava indo, mas seu instinto lhe dizia para continuar se movendo, para encontrar uma saída.

O corredor parecia se estender infinitamente, com várias portas e bifurcações ao longo do caminho. Enquanto corria, ele ouviu gritos e sons abafados vindos de algumas das celas, indicando que não era o único prisioneiro ali.

O som de passos pesados e o tilintar da armadura indicavam que o guarda o estava perseguindo. Mas, ao se afastar, João percebeu uma luz fraca vindo de uma passagem à sua esquerda. Sem hesitar, ele fez uma curva acentuada e seguiu em direção à luz.

O corredor se abriu para um grande pátio interno. A luz da lua brilhava fracamente através das nuvens espessas, iluminando um antigo poço de pedra no centro. João, sem perder tempo, correu em direção a uma escada de pedra que levava às muralhas do castelo, esperando encontrar um caminho para a liberdade.

Prólogo - Fim

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