chegada

3 0 0
                                    

Irene não passava fome, como disse sempre aparecia caras novas na cidade e eles caiam no seu papo igual peixe em rede e ela agarrava igual anzol

Mas como disse sua vaidade não tinha limite a gula e ganancia falava muito alto ela era uma mulher soberba

Mesmo apôs aquela refeição na mesma noite ela saiu para mais uma caça com sede de sangue e vontade de se alimentar; amanhã seria sábado...
Com todo o cuidado do mundo; sua verdadeira face era um segredo, ela aparentava ser uma moradora qualquer para aqueles sem interesse em sua aparencia
Apôs devorar tudo possivel, limpar a bagunça inútil, tudo cuidadosamente sem deichar rastros, ela sai de casa as nove andando pelas ruas vazias, aquela cidade deveria ter no maximo umas sete ruas diferentes se encontrasse uns  velhos no bar e umas senhoras na praça não seria um problema
- boa noite ire -
- boa noite senhor - ela diz educadamente, com o pensamento "sera que comer velhos é bom?"

Saindo da cidadezinha adentrando a estrada de chão no completo escuro sem nenhum medo irene procura algum mato, arvore ou plantação para se amoitar a espera de algum sinal de vida inutil

E a passar alguns quarenta minutos e pouco, avista de longe um farol vindo;
Sai da plantação de milho andando até o meio da estrada para e fica vidrada no carro vindo em sua direção

{ }
- mas que carai é isso?
- ué? Tem uma doida no meio da estrada parada nessa escuridão
- atropela!! Eu to com medo
- não, vai que é só uma coitada querendo ajuda

- boa noite? - o carro para longe de irene e uma voz solta alto de lá de dentro
- olá, preciso de ajuda - ela disse andando a frente indo em direção ao carro - meu carro pifou e eu estava seguindo meu caminho apé, alguém de vocês poderia me ajudar? -
Perto do carro ela observa pela janela as pessoas com rostos confusos, um homem,duas mulheres, aparentavam ser uma familia, a segunda era mais jovem
Suspirando pesados e encarando um ao outro, eles estavam estranhando a situação
- ok, posso dar uma olhada mesmo não sendo expert em mecanica -
- vou guialos até lá -
- não precisa, deiche elas seguras dentro do carro, eu vou até lá - o rapaz de meia idade, aparentava ter trinta, diz destrancando a porta - tudo bem pra vocês? - ele pergunta as moças antes de sair totalmente do carro
As duas moças concordam que sim
O homem sai se despede e começa a seguir irene pela estrada escura e vazia, desçendo a estrada, 
Ela observava atentamente cada passo dele, mesmo de costas nada passa despercebido, ela era muito astuta e cuidadosa sabia muito bem como ler a presa

Em um pequeno trecho que parecia ser uma ponte sem paus só a estrada e em baicho um rio cercados por matagal - chegamos! - ela diz com um sorrisinho sem mostrar os dentes; em um canto com uma trilhinha para guiar no meio do mato, ela entra sem demonstrar receio
- onde está seu carro? Porque está entrando no meio da mata? - o homem se assusta, estava escuro mesmo ele usando uma lanterna e a bela moça em sua frente pareçia não temer nada
- o meu carro está lá no meio, eu cai da ponte - irene responde sem emoção
Mesmo com receio ele continua indo a tras até o momento que irene para e se vira de frente a ele sem dizer nada
- cade seu carro dona?
- até parece que está interessado no meu carro - da seu sorriso de canto denovo, e vai se aproximando do homem - porque acha que te chamei até aqui?... - ela diz proxima pousando suas mãos no peitoral do homem
- mas... nem sei quem é você... você nem me conheçe e porque no meio do mato nesse escuro?? - ele se queixa inquieto...
- está com medo? Não fique, só quero compania e cuidado -
Irene entrelassa seus braços sobre os ombros e pescoço do homem, calmamente vai se aproximando de seu maxilar, fazendo sua respiração bater com a dele
Rapidamente o homem pucha irene pra o encontro de seu corpo a enrolando em seus braços, beijando seu pescoço
- nem perguntei... e sua esposa e filha?
- hum?? Eu não tenho esposa e filha
- quem são aquelas duas?
- duas putas que contratei pra essa noite
- a jovem? Ela parece ter dezessete anos...
- hum trabalha em um bordel porque quer, alguém precisa dar o que comer essas infelizes

Em silêncio ela pega no pescoço do homem trazendo delicadamente para seu rosto e selando os labios, o beijo que dura uns dez minutos até ele sentir algo estranho na sua boca
- umh! Um... grhh!!?
Irene agarra com força a cabeça do homem encravando suas unhas no rosto que até saia sangue
Em meio a grunidos de dor tenta se afastar mas não consegue, como se suas bocas estivessem coladas
Aos poucos ele vai enfraquecendo e não conseguindo mais se manter de pê, irene o envenenou durante o beijo
Ela o solta vendo agoniar de dor no chão pronta para atacar e devorar

Mas nada é perfeito, o que Irene nunca imaginou é que um dia seu território não seria confortavel ao seu gosto

Dia seguinte; manhã

- mais um corpo destrolhado é encontrado as beiras da estrada de peek-a-boo em direção a cidade Reve festival, mais uma morte uma vitima e um assasinato sem explicação... - era o que passava no jornalzinho regional nesse horario - ninguém suportava mais essa situação, viver em local tão perigoso e macabro sem respostas...
- "suportava??" A questão que pairou na cabeça de irene apôs ouvir o trecho da cozinha, se alinhou em frente a porta que dava visão para a tv na sala - as últimas boas noticias que conseguimos é que uma detetive da capital está indo em direção a cidade de Reve festival para começar a cuidar desses casos de assassinatos fantasmas,  a moça enviada por um grande e renominado departamento de especialistas em casos criminais sem explicação provavelmente chega hoje na nossa pequena cidade; aliviante e reconfortante uma incrivel noti--
Aaaaahhhh!!
Irene joga uma faca de ponta na tela da tv de tanto ódio
- não pode ser... isso só pode ser uma invensão desse prefeito vagabundo! - ela anda de um lado para o outro no meio da casa - isso atrapalha tudo meus planos pode ir tudo por água a baicho eu posso ir pro fundo do posso... AAAAHHH
Em meio ao surto irene percebe uma movimentação na rua
Abrindo a janela e olhando disfarçadamente a fora
Ela nota um tumulto na praçinha proxima a sua casa
... Ah então é verdade....

- o que a senhorita wendy tem a dizer ao nosso povo? - a reporter do  pequeno jornalzinho entrevistava a visitante
- bem... por agora, só que eu pretendo dar o meu melhor; farei o possivel para ajudar essa cidade, dou minha palavra! - wendy diz, de cabelos repicados e meia altura; não queria deichalos muito esperansos porque não sabemos nossos destinos, mas ela estava mesmo intrigada nesse com esse caso

AaaEeee! - as pessoas em volta comemoram a chegada da famosa detetive, em sua ficha a muitos casos  resolvidos então para aquele povo  significava que a cidade deles iria voltar ao normal
Apôs a entrevista, a detetive vai saindo aos poucos da multidao em meio a aplausos e assovios dos moradores
No meio do caminho ela para ficando fixada em um ponto, ou um rosto
- olá - sem nenhuma expresão a mulher em sua frente a comprimenta
- olá... então eu acho que é você; a tal bela dama que tanto ouvi falar... você é famosa nessa cidade pela sua aparencia, isso é muito interessante
- obrigada; eu acabei de ver a noticia e vim correndo pra pracinha só para a chegada da grande detetive que pode salvar essa cidade, estamos todos esperansos apostando tudo em você - irene dizia sorrindo, em tom baicho
Fechando seus olhos lentamente durante seu sorriso
- muito obrigada, eu vou fazer o possivel e talvez... até o impossivel para salvar essa cidade - wendy responde alegre, com um abaichar de cabeça e um curto sorriso se despede seguindo seu caminho

- Se é o que quer, você tera que se dobrar em duas para conseguir salvar alguém além de si mesma, detetive wendy!

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Feb 17 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

a lenda de "veludo vermelho"Onde histórias criam vida. Descubra agora