Centro Histórico de Génova que nos aguarde.
Estamos indo a todo vapor e estilo. Note a seguinte situação: Jungkook todo desajuizado andando de bicicleta pelas ruas infestadas de buracos e pedras da cidade italiana; E eu, mais desajuizado ainda – o que vem se tornando cada vez mais recorrente – por ter concordado em ir na garupa da bicicleta.
– Vai devagar! Toda vez que você passa desse jeito em um buraco eu quase voo! – um tapa. Eu já até mesmo perdi as contas de quantas vezes já agredi esse moleque só hoje.
– Temos que chegar logo! Se não, não vamos conseguir ver o pôr do sol, passione! – gritou de volta.
O caminho foi recheado de gritos, tapas e quase morte de Jeon Jungkook Rossi. Não muito diferente de todos os outros dias... Mas enfim! O importante é que chegamos vivos na praça lotada de pessoas, onde havia uma fonte de água enorme e a famosa Catedral de São Lourenço.
Sinceramente, né? Lugar maravilhoso demais para meus humildes olhos castanhos apreciarem.
Depois de um bom tempo apenas observando e tirando algumas fotos com a máquina fotográfica que havia levado comigo – pendurada em meu pescoço –, dou falta do miçangueiro que não estava ao meu lado.
Mas não bastou mais que algumas olhadelas para que eu encontrasse o doidão correndo atrás dos pombos que haviam por ali. Se me perguntarem, eu definitivamente o não conheço! Apenas dou meia volta, ignorando seus chamados e tirando mais fotos.
Ao longo do dia ficou ainda mais evidente a inquietude presente no ser de Jungkook. Não para quieto, não para de falar, simplesmente, não para! Sequer consegui ficar tempo o suficiente no museo porque a criança não conseguia ficar sem tocar nos monumentos. Acabou que fomos expulsos depois de quase derrubarmos uma das estátuas antigas.
Agora, estávamos em um restaurante pequeno e aconchegante, sentados na mesa mais ao fundo do lugar onde a música era baixa e as conversas altas dos italianos e turistas não agrediam tanto meu ouvido.
Não que Rossi não fale praticamente gritando, mas bastava apenas a gritaria dele para meus preciosos ouvidos.
– Mas você acredita que a Linna teve a cara de pau de aparecer com um magrelo lá em casa?!
– Mentira! E o seu pai??
– Ele nem ficou sabendo, tá doido?! Eu fui lá e meti a bicuda na bunda do safado antes que o velho chegasse.
– Mas o garoto não é praticamente um bebê ainda?
– Nove anos. Mas tava pedindo pra morrer, né? Onde já se viu aparecer na casa de uma garota segurando a mão dela?
– Será que não eram apenas amigos?
– Amigos com intenções só se for – cruzou o braços, se jogando no encosto da cadeira.
– Você assustou o garotinho, seu ogro – acuso.
– Ele supera... – parou para pensar – mas espero que não tanto a ponto de se atrever a voltar lá – concluiu.
– Eu tenho pena das suas irmãs. Não podem nem-
– Não fala!
– Quero ver sua reação quando Louise namorar – cruzei os braços, já prevendo o desastre.
– Ela é esperta. Vai escolher com sabedoria e vai demorar bastante! – as vezes, tudo o que eu consigo sentir quando olho pra ele é ansiedade em assistir quando a realidade esmagar todas as suas doces ilusões.
Mas apenas me abstive em concordar – Claro...
Jungkook contou mais algumas besteiras e, quando digo besteira, quero dizer que eu preferia não ter ouvido. Até que, enfim, chegaram nossos pedidos e, surpreendentemente – ou não – o linguarudo não parou de falar.
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• O Que Aconteceu Em Genova? • Jikook
FanfictionPark Jimin poderia dizer que Jeon Jungkook Rossi tinha a chave de seu coração, entretanto ele nunca precisou dela. Não importava quanto tempo se passasse. Gelato, miçangas, lavandas e Genova nunca ligaram tanto duas pessoas quanto naquele ano de 19...