• Sexta-feira 13 em Genova •

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ೃ★°•

• HEATHER - 1° FASE •


"Por que você me beijaria?
Eu não tenho nem metade da beleza dela
Você deu seu suéter para ela, é apenas poliéster
Mas você gosta mais dela
(Eu queria ser a Heather)"

- Conan Gray, Heather.


Minha avó disse que será por apenas algum tempo. Apenas as férias de verão. E foi dessa forma que minha pessoa veio parar em Genova, na Itália. Eu nem sabia que essa cidade litorânea existia, mas realmente me agradou saber que essa pequena região colorida é cercada por água.

Eu definitivamente não gosto de mar. Mais especificamente, entrar nele. Seja mar ou rio. Mas admira-lo era incrível aos meus olhos, até parecia inofensivo, sem nenhum risco de animais marinhos gigantes, predadores ou afogamento.

Genova me surpreendeu em alguns aspectos. Primeiro, é muito diferente da Coreia; o ar é extremamente limpo, com um litoral de tirar o fôlego, cores por todas as casas e qualquer coisa era motivo para tocar músicas. Segundo, aqui tem muito macarrão, sinto que vou voltar para casa muito acima do meu peso porque não tenho a menor intensão de não tirar proveito disso. E terceiro, italianos falam muito alto, simplesmente; Não tenho mais o que dizer sobre.

Durante o dia, calor rodeou por toda a cidade, sol escaldante, som de águas, pássaros... E uma mudança para a pequena casa amarela espremida entre outras duas também coloridas. Embaixo é o café do Sr. Moretti, e logo acima é onde iremos passar as próximas semanas. Ao lado do café tem uma pizzaria que me parece muito atrativa somente pelo cheiro, com mesas daquelas que pareciam de filme. Precisava ir ali depois.

Após o dia cansativo de "limpa aqui e arruma ali", eu me encontro sentado em uma escadinha que leva para o cais, onde consigo ver alguns barcos pequenos e grandes ancorados. O sol já não esquentava mais meus neurônios e eu jogava conversa fora com a lua.

O estranho é aqui estar totalmente vazio. Tipo, totalmente mesmo. Não tem nem uma alma penada por aqui. A não ser eu, claro. Uma pobre alma penada.

Não sei se me sinto solitário ou em paz.

A questão é que não sou uma pessoa de muitas amizades. Eu converso tranquilamente com alguém, o difícil para mim é a minha parte desconfiada. Por isso, não sou muito aberto para qualquer desdobramento de assuntos, principalmente quando são sobre mim. Não é algo que consigo explicar muito bem, apenas sou assim. Conversar comigo pode ser um tédio.

Eu já estou aqui há um pouco mais de trinta minutos, eu acho, e, sinceramente, eu não estou nem um pouco disposto a sair daqui. Mas ficar sozinho em uma cidade nova não é muito aconselhável e... Meu Deus, um gatinho! Que fofo!

- Ei peludinho... - amo gatos. - Veio me fazer companhia? - o gatinho de pelos escuros se aproximou, me deixando acaricia-lo ao reagir de forma manhosa. - Obrigado - sorri.

No final, eu já estava com o felino em meus braços, brincando com os pelos macios e batendo um papo.

- Merda! È arrivato per primo, eh? - Do nada. Simplesmente do nada, uma voz atingiu meus ouvidos, me assustando pelas palavras italianas repentinas. - Sono corso a prendere del gelato per farti compagnia ma Pelota è stato più veloce...

Tenho certeza de meu rosto expressava inteiramente toda a confusão que eu sentia, porque era confusão demais para conseguir disfarçar. O carinha brotou de repente, falando coisa com coisa e o pior é que eu não fazia ideia do que era.

• O Que Aconteceu Em Genova? • JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora