Aviso de gatilho (início de uma crise de pânico)
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Em duas semanas eu passei por todo o tipo de situação que eu sequer imaginava que pudesse ocorrer algum dia comigo. E estar no banheiro do marmanjo metido a italiano junto com o dito cujo e esse mesmo sujeito estar sentado na bancada da pia comigo entre suas pernas era uma dessas situações.
A espuma branca do barbeador cobria, excessivamente, apenas um lado de seu rosto branquelo. – Fica quieto, caralho.
– Se você cortar o meu rosto eu vou gritar porque vai doer pra porra – argumentou, choramingando.
– Como você sabe se é a primeira vez que está fazendo isso?
– Fazendo na cara! Eu já fiz na perna uma vez por pura curiosidade de como um gilete funciona – expôs.
– Tá ligado que isso aqui é só umas pelugem, né? Uns fiapo – era ridiculamente engraçado, por isso comentei segurando um riso.
– Mas me incomoda!
– E você pede pra eu raspar?! Eu nunca tive esse algodão na cara – deveria ser vergonhoso, mas eu realmente me sentia grato. A ideia de ter pelos nunca me agradou, sorte a minha que não tenho muitos.
– Eu confio mais em você do que em mim – ele tem um ponto. Contra fotos não há argumentos, certo? – E respeite meus pelos de macho alfa!
– Não é muito difícil de compreender seu raciocínio – resolvo ignorar seu último comentário.
– Não mesmo, já que você tem mãos menores e mais delicadas.
Já deu de humilhação por hoje. Paro por aqui.
– Parei, parei! – me prendeu ao circular as pernas em minha cintura quando fiz menção de me afastar.
– Eu sou mais cuidadoso – resmungo, voltando a me concentrar em passar o gilete em seu rosto com cuidado. Não era só Jungkook que estava receoso em machuca-lo com o gilete.
– Com certeza, fiore, confio em você! – abriu um sorriso.
– Tá tá… fica quieto que-
– AÍ!
– Eu nem comecei! – digo irritado após me assustar com o grito desnecessário.
– Eu me assustei! – quase choramingou novamente.
E essa foi a minha primeira vez raspando a “barba” – que, curiosamente, não era a minha – e a primeira vez de Jungkook raspando a “barba” e nem era ele quem o estava fazendo. As vezes penso que, se não fosse por mim, esse garoto estava perdido. Como é que pode?
Um outro evento atípico para o Park Jimin do passado, que não estava inserido em um contexto conjunto a Jungkook Rossi, ocorreu quando este último citado teve a honrosa ideia – notem a ironia na frase – de me levar para jantar, simplesmente do nada, dentro de um barco.
Sim. Isso mesmo.
Porque? Eu, sinceramente, parei de tentar entender a mente bugada do rapaz. E com certeza a minha era mais ainda porque eu aceitei o convite. Sério, eu vou perguntar de novo, como é que pode?
A resposta é: não pode.
Mas lá estava eu prontíssimo para um jantar dentro de um barco. Que eu nem chamaria assim, era mais uma canoa caindo aos pedaços.
– Fui eu que construí.
Esse foi o exato momento em que eu senti toda a cor do meu rosto sumir.
Estávamos consideravelmente longe da costa e com uma cesta de frutas – sim, esse era o jantar – nos fazendo companhia.
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• O Que Aconteceu Em Genova? • Jikook
FanficPark Jimin poderia dizer que Jeon Jungkook Rossi tinha a chave de seu coração, entretanto ele nunca precisou dela. Não importava quanto tempo se passasse. Gelato, miçangas, lavandas e Genova nunca ligaram tanto duas pessoas quanto naquele ano de 19...