A step closer

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Inúmeras noites foram perdidas na investigação. Junmyeon trabalhou horas e horas depois de seu turno revisando os arquivos e revendo qualquer filmagem que tinham enquanto ainda podia. Sehun agora o considerava um suspeito e com isso rapidamente perderia todos os seus privilégios ali, na pior das hipóteses seria preso por algo que não fez. Não mais falava com ninguém, não ajudava, não aceitava novos casos, ficou com os que tinha para poder analisá-los rapidamente e concentrar em si mesmo. Uma pessoa completamente diferente do policial que todos amavam.

Caminhando pela grama úmida ao redor do leito do rio, Junmyeon analisou o local com sua lanterna. Já se passaram duas semanas desde que o corpo foi encontrado e todas as evidências foram retiradas do local, mas agora estava desesperado por algo que pudesse provar sua inocência. Junmyeon tinha um ótimo advogado e provas de que estava trabalhando até tarde quando o assassinato aconteceu, mas mesmo com tudo isso não parecia certo. Ele precisava, queria provar a Sehun que não era ele da melhor maneira possível: Resolvendo o caso.

Um som diferente em seus passos o fez olhar para baixo, percebendo que havia pisado em alguma coisa. Ajoelhando-se, Junmyeon rapidamente colocou uma luva e pegou o que parecia ser um velho pedaço de pano carbonizado. Talvez parte de uma camisa? Suspirou, frustrado que a equipe de busca não percebeu algo assim e não estava muito longe do rio. Olhando melhor  reconheceu através do algodão queimado o logotipo de uma empresa antiga e fora de linha. A vítima estava usando um vestido, então devia ser a camisa do assassino.

Tinha que ser alguém com idade suficiente para ter uma camisa de uma empresa que declarou falência há dez anos, e um homem, já que trabalhavam com moda masculino. Da atual lista de suspeitos, ninguém corresponde. Junmyeon pensou em Minseok, mas embora tivesse idade suficiente para ter camisas como essas, ele também parecia inocente demais para ser culpado. Porém, manteria isso em mente. Guardando cuidadosamente a nova pista que tinha, Junmyeon deu outra olhada ao redor antes de decidir ir para casa.

ㅡ Ainda não entendo como você e aquele esquisito fizeram as pazes tão rápido que ele vem para cá. ㅡ Baekhyun murmurou, ajudando Jongdae a dobrar algumas roupas.

ㅡ Muita coisa aconteceu, algumas que não tenho certeza se posso te contar, mas ele se abriu comigo e agora posso entender o que tá acontecendo na cabeça dele. ㅡ Chen respondeu, focado no que estava fazendo.

ㅡ Não sei, tenho um mau pressentimento sobre tudo isso, mas se ele te faz feliz então está tudo bem... Na real, não tá nada bom! Algo grande aconteceu e você não me contou nada! Sou seu melhor amigo, não sou?!

ㅡ Você é! Eu só... É muito íntimo, não sei se ele concordaria em te contar. E já tô muito envolvido nisso pra desistir, então prefiro manter em segredo.

ㅡ Ah, vai! Você sabe que eu guardo segredo. O que tem de tão ruim que você não pode me contar?! O que? Você vai dizer que ele matou alguém?

Jongdae congelou por um segundo, sabendo que Baekhyun estava sendo sarcástico por sua voz e como ele riu depois de dizer aquilo, mas ainda o deixou tão nervoso que acidentalmente queimou o dedo com o ferro quente. “Apenas mantenha a calma” ele pensou enquanto olhava para a marca vermelha: ㅡ Você brinca demais com coisas sérias...

ㅡ A gente brincava demais com coisas sérias, ele te deixa chato! A gente saía às sextas e ficava nas festas até o sol nascer, bebia, ria pela casa e tudo mais! Mas agora você ficou sem graça. ㅡ Baekhyun choramingou. ㅡ Agora estamos dobrando roupas quase 1 da manhã porque amanhã aquele cara vem almoçar.

ㅡ Temos 30 anos, Baekhyun... Talvez seja hora de parar, foi legal festejar e fazer bagunça, mas a gente tá ficando velho. Você tem namorado e eu também quero um, tenho coisas maiores em mente.

Smiles. (precisando de capa)Onde histórias criam vida. Descubra agora