21º: Gêné et confus

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>Horas antes<

Eu vi Sasuke sair, ele parecia apreensivo, mas ao mesmo tempo parecia muito desanimado. Além disso, eu não entendia o porquê meu coração estar tão aflito, eu me sentia horrivelmente atônito, nem parecia que há apenas alguns segundos atrás eu estava amaldiçoando ele!

Gaara percebeu minha aflição, e fez questão de grudar em mim o resto do passeio. Antes de ir para casa, passamos numa lanchonete, mas eu estava muito nervoso prar conseguir comer tudo. 

Naquela hora, quando Itachi apareceu, eu percebi seu medo, dele e do seu irmão mais velho, e quando Itachi sussurrou algo no ouvido de Sasuke foi aí que ele empalideceu mais. Então, quando ele tentou disfarçar seu nervosismo com suas palhaçadas foi aí que eu percebi que a coisa estava séria. Além do mais, suas mãos estavam suando contra as minhas, e ele parecia que a qualquer momento iria desmaiar. 

Eram oito e meia, nós voltamos para casa, até porque tio Deidara também estava estranho, agindo nervosamente e sempre tentanto estalar os dedos, mesmo depois de já estarem estalados.

─ Teve notícias do Sasuke?? ─ Gaara pergunta, encostado na batente da porta do meu quarto, com uma feição preocupada. Com um aceno negativo ele se aproxima de mim, se sentando do meu lado na cama que eu não parava de pensar coisas ruins. ─ Ele vai ficar bem, não se preocupe. ─ Uma pontada de culpa me perfurou pelo coração, e me senti pesado com a minha consciência quando Gaara me tranquilizava, ou tentava.

Pelo menos o Gaara merece saber, já que eu sei de tantos segredos bárbaros e trucidos que talvez até é criminoso esconder. Ele merece saber, afinal, foi meu amigo mesmo depois de eu fui forçado a sair do armário na frente da escola toda na sexta série por um canalha que havia descoberto.

─ Vamos sair? Conheço um lugar que talvez relaxe. ─ Ele se levantou sugerindo, me puxando pelo braço. Eu vesti uma jaqueta, e nós dois descemos as escadas até a cozinha, onde nossos pais estavam conversando. Quando chegamos eles nos encaram automaticamente, e cessaram o assunto. 

─ Notícias dele? ─ Perguntou meu pai, com uma feição cuidadosa de preocupação. 

─ Ainda não, pai. Eu e Gaara pensamos em sair agora, podemos? ─ Perguntei, desviando do assunto rapidamente. Ele assentiu e tio Deidara também, olhando-me com um olhar estranho. Lhe abraçei depois do meu pai, e seu abraço estava tenso, estranhei, mas apenas fingi não ter percebido. 

Nós saímos, e aos poucos fui percebendo que o caminho estava familiar e perceber enfim que estavamos na boate que fui com Sasuke pela primeira vez. A nostalgia daquele dia surgiu suavemente, mas a raiva veio logo depois, afinal, tive que cuidar de Sasuke bêbado e insuportável pelo resto daquela noite.    

Nós entramos, e o segurança da boate logo reconheceu meu rosto, porém, não disse nada. Contive uma risada, e se ele pensar que eu estou traindo Sasuke? Se eu fosse ele, eu gostaria de espalhar essa informação...

O cheiro ácido de suor e bebidas alcoólicas já tomava contar do lugar, me fazendo franzir o nariz com nojo do cheiro. Fomos ao balcão, pedir nossas bebidas, e a única que eu conhecia era aquela que Sasuke havia me dado, então pedi justamente ela.

─ Então, me diz seu segredo pra conseguir caras tão bonitos! Porque, meu Deus, aquele garoto é tão bonito que parece que ele saiu de um filme!! ─ Gaara puxou o assunto da pior forma possível, e o pior de tudo é que eu não sabia como inventar histórias convincentes como Sasuke faz.

Talvez, se ele estivesse aqui, ele com certeza já teria acabado com esse assunto em minutos. Usando aquele charme dele e encantando mais um membro da minha família.

✨𝑺𝑻𝑨𝑹𝑺✨( SASUNARU)Onde histórias criam vida. Descubra agora