Capítulo 2

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Com as mãos enfiadas no bolso do smoking, Preston marchou para longe do celeiro, seguindo para o chalé onde pretendia passar a noite

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Com as mãos enfiadas no bolso do smoking, Preston marchou para longe do celeiro, seguindo para o chalé onde pretendia passar a noite. A maior parte dos convidados ficaria na hospedaria principal ou em um dos chalés espalhados pela propriedade.

Cumpriu seu dever na recepção, marcando sua presença. Com sorte, poderia pegar o notbook e trabalhar algumas horas em preparação para a viagem de negócios que estava prestes a fazer. Tentaria entorpecer a mente e o corpo contra a atração. 

Estar perto de Amie no casamento, por si só, já fez o desejo se apossar de seu corpo. Precisava pensar em alguma espécie de plano para poder trabalhar com ela sem que a atração os devorasse vivos, mas não fazia a menor ideia de por onde começar. Por ora, teria de se contentar em enterrar a cara em valores e relatórios.

 A recepção ainda estava rolando a todo vapor no celeiro, com música e conversas trazidas pelo vento. A hospedaria em si tinha duas alas, uma para os aposentos da família e outra para os hóspedes. Um movimento vindo da ala da família lhe chamou a atenção. Uma figura envolta em sombras cruzando uma das varandas do primeiro andar. A silhueta salientada pelo luar era inconfundível. Amie. 

Ela se deteve no parapeito, passando os olhos pela propriedade. No segundo em que o olhar dela se fixou nele, ficou claro que ela o estava procurando. Ela empertigou os ombros, jogando os cabelos compridos por sobre eles. Com a bainha do vestido na mão, ela desceu as escadas da varanda. Pela velocidade com que estava se movendo, parecia furiosa com alguma coisa. Preston interrompeu seu avanço e ficou aguardando, tomado de expectativa.  Mesmo furiosa, Amie era uma visão e tanto. 

Ela se postou diante dele, sob a sombra de um carvalho repleto de luzes brancas. Seus seios subiam e desciam rápida e provocantemente.

– Você é responsável por isso?

Responsável pelo quê? Mal conseguia pensar com ela tão perto, os seios oscilantes quase saltando para fora do vestido. Só precisaria adiantar-se um passo.

– Terá de ser mais específica.

– Você disse na pista de dança que precisaríamos conversar em breve.

Ela o cutucou no peito com um dos dedos. Ele agarrou-lhe o dedo.

– E você disse que sua secretária precisaria marcar um almoço na semana que vem.

– Você sabia que isso não poderia acontecer? Por acaso pressionou minha avó para me fazer viajar com você pelo país esta semana?

Ele baixou a mão. Não fazia ideia do que ela estava falando. Ele passaria a semana fora para lançar uma nova linha para a empresa, mas não fez planos de levá-la junto. Ao que parecia, por algum motivo, ela pensava o contrário. Ainda assim, isso não explicava a reação zangada. Havia dois meses que trabalhavam juntos. Por que estava tão irritada com a viagem? Ele não estava sabendo de alguma coisa, mas não fazia ideia do quê. Mas pretendia descobrir.

The Heart of a Man - Livro IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora