Como tudo no Recanto das Nuvens era discreto, com ordem e horários, a comemoração do casamento dos WangXian não poderia ser da mesma forma. Após o banquete, se é que se podia chamar assim com aquela comida servida na seita Lan, o casal foi para a antiga casa da senhora Lan que era o lugar mais afastado de tudo e todos na seita. Wei Wuxian estava mais do que serelepe, repassando mentalmente todos os livros pornôs que ele já havia lido na adolescência. Ele jurava que tinha experiência do que fazer e como fazer e com certeza provocaria o recatado, santinho, puro e casto Hanguang-Jun.Wei Wuxian foi conduzido por todo o caminho de tábuas tendo sua mão esquerda segurada de forma delicada por Lan Wangji que o olhava com uma mescla de orgulho e alegria e um leve esboço de sorriso nos lábios. Wei Ying não o viu sorrir para ninguém. Nem mesmo para o irmão. Ele era sempre neutro, sério, compenetrado, mas com ele, Hanguang-Jun era diferente. A sua fala era gentil, um tom mais baixo do que ele costumeiramente falava e sempre havia aquele leve sorriso e nas raríssima vezes em que o outro sorria de fato, o coração de Wei quase parava e ele travava por uns segundos apenas para o admirar. Ele passou a caminhada inteira dizendo para si mesmo: “Meu marido é lindo.” Sem que ele soubesse que Lan WangJi o achava a própria beleza encarnada. O amava e admirava de tantas maneiras, em todos os sentidos e segurou a mão de Wei um pouco mais forte apenas para ter absoluta certeza de que era ele ali, que aquilo era real e sentiu dedos se entrelaçando aos seus e contemplou um par de olhos ametistas claros o olhando de forma travessa.
Os dois estavam diante da porta agora, que foi aberta por Lan Zhan e eles entraram e o Lan tratou de fechar a porta enquanto Wei Wuxian seguiu reto e se sentou na cama. As mãos sobre as coxas, postura impecável, como ele via as mocinhas obedientes retratadas em alguns livros que ele lia. Elas eram a imagem da pureza, até seus maridos lhe darem permissão para que elas fizessem e fossem o que bem entendessem. Com certeza ele iria usar aquela tática. Seria divertido.
Lan Zhan veio até Wei Wuxian arrastando suas roupas vermelhas. Ele tinha algo na mão, um pente de jade com uma flor de lótus esculpida nele. O Lan se sentou ao lado de Wei Ying, que intuitivamente lhe deu as costas e sentiu o enfeite de seus cabelos ser retirado com cuidado e depois, dedos carinhosos passando por seus cabelos juntamente com o pente. A sensação era boa, relaxante e ela se foi quando a fita branca com padrões de nuvens em sua testa se afrouxou e caiu no colo dele, que a segurou com carinho e sorriu, um sorriso de quem iria aprontar.
Ah, ele iria!
_Lan Zhan...
_Hm?
Wei Wuxian se virou.
_Pode me mostrar seus pulsos?
Lan Zhan puxou as mangas vermelhas do hanfu e exibiu o braços de pele alva.
_Juntinhos.
O Lan deu de ombros e obedeceu e Wei Wuxian com muita habilidade, deu três laçadas nos pulsos de Wangji com sua fita de testa e o empurrou na cama, rindo de forma mais que travessa.
_Wei Ying.
Ele pousou o dedo indicador nos lábios de Wangji, um pedido para que ele silenciasse e soltou a sua risadinha quase infantil de quem iria aprontar algo.
_Se aquiete sim? Me deixe fazer algo por você como “uma boa esposa”
Wei Wuxian sentou na cintura de Lan Zhan e começou a beijá-lo enquanto lhe abria o hanfu com uma das mãos e segurava as mãos dele amarradas com a outra, como se precisasse. Lan Zhan não estava oferecendo resistência alguma para isso, pelo contrário, correspondia aos beijos de maneira mais que ousada e quando Wei Wuxian sentiu algo duro bem embaixo de onde ele estava sentado, fez uma trilha de beijos pelo peito de Lan Zhan até a calça dele e a baixou sem cerimônia alguma, exibindo o membro dele.
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Barganhando com a Morte... (Concluída)
Fiksi PenggemarWei Ying depois de muitas escolhas certas e altruístas, acabou tendo um destino que ele não merecia: Um desvio de Qi e sua morte, como todos sabem... Porém, e se a própria Morte lhe desse a escolha de voltar no tempo e fazer diferente? Três escolhas...