41 - o reencontro

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Surya

A nossa viagem até as ruínas do antigo reino de Cortelbrack foi bem mais rápida do que eu imaginei. No entanto, cada segundo que passamos no barco pareciam uma eternidade devido a minha ansiedade.

Passei a semana inteira estudando e praticando secretamente a beira da amurada os meus poderes, e novas formas de controlá-los. Mas todas as técnicas lidas no antigo livro da minha avó, eram falhas.

Como se não funcionasse comigo.

Entre uma frustração e outra, fiz a minha magia circular viva em meu corpo mais uma vez com a força dos meus pensamentos. Igual eu fiz em Harian.

Mas no reino dos bárbaros, eu quase matei os meus amigos por não saber como controlar os meus poderes. E eu precisava aprender se quisesse vencer essa batalha.

Quando o capitão atracou o barco na beira da praia afim de nos esperar, nós descemos logo após termos nos equipado muito bem com as nossas armas. Sem perder mais um segundo sequer do momento pelo qual buscamos a meses atrás.

Pelo momento em que saberíamos se viveríamos a vitória ou morreríamos pela destruição.

O ar nas ruínas era denso, como se ainda houvesse fumaça mesmo depois de vinte anos após a queimada que exterminou milhares de inocentes em uma guerra da destruição. O silêncio do antigo reino de Cortelbrack era sombrio, e o único ruído que ouvíamos eram os nossos passos inseguros e assustado enquanto adentrávamos ainda mais a floresta sombria.

— Onde será que esse templo foi montado? — perguntou o bárbaro. — Vamos encontrar logo e sair daqui o quanto antes. Detestei esse lugar!

Eu concordava com o hariano a respeito das ruínas. Eu também não havia gostado do clima mórbido e sombrio que o antigo reino de Cortelbrack transmitia, mas precisávamos encontrar o templo para colocar um fim completo na maluquice que a minha mãe criou.

— Não sei ao certo. Mas eu tenho certeza que estamos no lugar certo.

A leitora disse ao analisar o lugar, e o bárbaro riu atraindo a nossa atenção.

— Claro, é tudo a mesma coisa. — ele disse estranhamente irritado. — Qual é o seu ponto de referência, leitora? Troncos de antigas árvores tostadas ou casas queimadas?

Encarei a leitora afim de ouvir uma resposta da mesma, mas ela apenas cerrou o seu maxilar e continuou o seu caminho enquanto tentava ignorar o comentário irônico do hariano.

— Não seja idiota, bárbaro! A leitora sabe o que faz.

A contrabandista comentou em apoio a Stella que sorria em agradecimento a mesma.

Permanecemos caminhando enquanto notei as nuvens escuras e carregadas se fechando no céu acima de nós, e sabia que logo uma chuva cairia com trovões e até raios.

Uma tempestade se aproximava como se os deuses do tempo soubesse a batalha que se iniciaria logo mais.

Enquanto caminhávamos, notei que as casas queimadas haviam sumido a tempo. Agora só nos restava os troncos queimados das árvores que já foram um dia. O que apenas nos frustava e nos cansava.

— Chega! Eu não aguento mais caminhar!

O bárbaro reclamou enquanto parava cansado.

— Todos nós estamos cansados, Kiran. Mas temos que continuar.

Falei tranquila afim de convencer o mesmo a insistir.

— Eu não aguento mais! Estou cansado de caminhar por aí vendo a mesma paisagem e sem sinal de templo!

Between Two WorldsOnde histórias criam vida. Descubra agora