o lago dos poetas mortos

o homen de cinza

o lugar era levemente úmido,era como se estivesse chovido de manhã e o chão ainda não havia secado por inteiro. sentia o vento bagunçando seus cabelos, olhou pra cima e viu uma imensidão de um ceu azul e gigante e sem nenhuma nuvem, olhou ao seu redor e viu apenas um campo vazio e uma espécie de jardim um pouco longe dela, pinturas poderiam ser feitas sobre aquele lugar, ou ate bordados, a textura da grama em sua pele a pinicava, isso logo a fez levantar e se limpar, a grama era incrivelmente verde

Janel ficou estática por algums minutos. Nunca teve um sonho como este. O som dos passarinhos era admirivel, a música que eles cantavam era como se fosse ensaiada, nunca tinha ouvido aquela canção em sua vida. A primeira coisa que fez foi explorar o jardim. Havia uma variedade de flores, algumas ela já tinha visto, como, Mil-em-rama e esparguta,viu a imensidão colorida com olhos cheios de curiosidade e paixão, ate chegar no centro do jardim.

Havia uma mesa de madeira com duas cadeiras e um chá. Ao chegar perto da mesa, percebeu o cheiro de bawarka, chá que adorava muito. a apreciação do chá foi logo interrompida por um homen que entrava no jardim, sua primeira reação foi ficar atras de uma das cadeiras do lugar, sabia que aquilo era um sonho, mas se assustou com a presença do homem desconhecido

-janel!-o homen deu um sorriso educado para ela-E um prazer conhece-la, por favor sente-se, eu gostaria de termos mais tempo para conversar. queria muito saber o que você fez de manhã, as vezes eu acordo mais cedo para fazer bolo e pão- ele deu uma risada, foi como se ele fosse íntimo de janel

O homem gargalhou depois de sua ultima fala. Ele usava roupas comuns, todas em tom de branco e cinza, usava óculos redondos e tinha um cabelo grisalho que ia até seus ombros, e uma barba média, no olho direito uma cicatriz, mesmo retulante janel se sentou na cadeira, ele serviu cha para ela e depois se sentou a sua frente

- que tipo de sonho seria este?- ela indagou fazendo uma careta, estava claramente estranhando tudo-um lugar lindo, flores lindas e meu cha preferido, e quem seria você?

- ainda não percebeu poeta, sou eu, sou o destino e tenho coisas a falar para você. Eu, igual a muito de vocês, não sei o porquê estou vivo, não sei quem me criou ou quem criou o meu irmão, sei que meu propósito é cuidar de cada humano e observar ele escolher o seu destino, normalmente eu não intervento na humanidade e suas ações, mas a muito tempo atrás, alguns humanos apareceram. antes de nascerem ou durante a sua vida eles criavam grandes bagunças nas lei do universo, isso causava grandes problemas, então, nós tínhamos que eliminar a existência desses seres, esses humanos nascem a séculos e eu e meu irmão não sabemos como parar isso tudo, fizemos tudo que pudemos imaginar, mas chegamos a conclusão de que a morte de um ser superior nao pode ser mudado. eles sempre vão aparecer

Janel ouvia aquilo com atenção, como se sentisse que realmente era algo de extrema importância, mas tinha certeza que aquilo também era um sonho criado totalmente de sua imaginação, se fosse assim, achava a imaginação dela muito criativa,O homen a frente dela terminou o chá e voltou a falar

-Quando esses humanos nasciam, meu irmão mandava um de seus lacaios e o matava ainda bebê, eu achava isto um ato de extrema crueldade, a criança era algo natural e castratofico, mas ainda era humano, então, passei milênios implorando meu irmão para cuidar destes humanos que nasciam e ele finalmente deixou

-o senhor me deixa ainda mais confusa, eu estou em um sonho de minha mente mas tenho certeza que você não faz parte de meu sonho,sinto que é um intruso, fale a verdade, quem é você

-sou o destino, primeira coisa a ser criada, sou aquele que decide tudo, sou aquele que controla o tempo, sou o ser que viu um anjo se matar, sou o simples amigo que viu com seus próprios olhos o melhor amigo se matar. Janel, a morte de um anjo pela suas próprias mãos desequilibrou o universo, partes desse anjo nascem em crianças, e desde que a criança viva, o universo se desequilibra, eu nunca achei justo esses humanos não viverem uma vida, então eu me responsabilidei de os dar um gostinho de sentir, amar e viver, quando eles chegam em uma certa idade, eu vou ter que ceifa-los

Janel não percebeu, mas lágrimas saiam de seu rosto, não percebeu as lágrimas que saiam do homem, janel não era desprovida de inteligência, sabia oque isso significava, bebeu o resto do chá que já estava frio, fechou os olhos e se imaginou voando pelo o lago que sempre imaginava, só pode ouvir um sussurro vindo do homen

"Janel, mas do que seu ceifador, eu virei seu fã"

Então ela acordou