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Anttonela's pov

Mirko é um anjo, meu Deus que menino amoroso e compreensivo. Mas oque me preocupa é ir para casa, não vou conseguir ir para casa e olhar na cara dos meus pais sem cair no choro novamente, eu n tenho para onde ir.

-Ei, preciso que você pare de chorar, meu amor. -o moreno puxava meu rosto para cima- Vai ficar tudo bem, eu prometo.

-Acho que vou para casa da Ari, não posso voltar para casa.

-Mas a Ari viajou com os pais para Mônaco, mas se quiser você pode ir para minha casa.

Relutei um pouco inicialmente, mas eu não tinha outra escolha.
Ao chegar na casa dele notamos que os pais do mesmo estavam em casa, então fomos pela varanda para tentar entrar pela janela do quarto dele. Para minha sorte o irmão de Mirko recentemente ganhou um quarto para si próprio.

Depois de muita discussão eu dormi na cama e o coitado do Mirko num sofazinho no canto do quarto.
Ele foi minha salvação hj, sem ele eu teria ido para casa do meu avô e isso não teria terminado bem.

QUEBRA DE TEMPO

Sai da casa de Mirko logo cedo para que ngm me visse, fui direito atrás do meu pai, como eram 8:00 da manhã ele só poderia estar em um lugar.

Eu me sentia nervosa enquanto me preparava para confrontar meu pai, Higor, sobre a traição que ele havia cometido contra a minha mãe. Era uma conversa que eu sabia que precisava ter, mas também temia as consequências emocionais que poderia trazer.

Com o coração apertado, entrei no escritório do meu pai. Ele estava sentado à mesa, absorto em seus papéis, mas ergueu o olhar quando me viu. Seus olhos refletiam surpresa e preocupação ao me ver entrar, uma expressão que eu nunca havia visto antes nele.

Eu lutei contra as lágrimas que ameaçavam cair e tomei um fôlego profundo.

-Pai, precisamos conversar -disse com a voz trêmula-

Ele assentiu, percebendo a seriedade da situação, e fez um gesto para que eu me sentasse.

Engolindo o choro, comecei a contar como havia descoberto sua traição, como tinha visto com meus próprios olhos. A dor e a decepção estavam estampadas em meu rosto enquanto as palavras atravessavam minha garganta.

-Pai, eu não consigo entender como você pôde fazer isso com a mamãe. Ela é uma pessoa maravilhosa, e vocês tinham uma família linda. Como foi capaz de quebrar tudo isso? -perguntei, lutando para manter a voz estável.-

Higor parecia visivelmente abalado com minhas palavras, desviando o olhar para o chão. Senti uma mistura de raiva e tristeza dentro de mim, mas também uma necessidade de explicação, de entender o que o levou a agir daquela maneira.

Ele finalmente ergueu os olhos para me encarar, sua expressão carregada de remorso.
-Beija-flor, eu sei que o que fiz foi terrível e que magoei profundamente sua mãe e você. Não posso justificar meus atos, mas quero que saiba o quanto sinto muito. Sou humano, cometi um erro terrível e não sei como poderia ter sido tão idiota.

Tentei manter minha guarda levantada, mas a vulnerabilidade em sua voz me atingiu em cheio. Eu não podia negar que ainda amava meu pai, mesmo com toda a desilusão que sentia agora. Abracei-me, procurando apoio na minha própria força interior, me lembrei das palavras ditas pelo menino de olhos castanhos ontem.
Isso me deu confiança.

-Pai, acho que levará tempo para que eu possa superar essa traição. Eu estava acostumada a olhar para você com orgulho, como a minha referência de integridade. Mas agora... agora sinto que essa pessoa não existe. Precisamos dar tempo ao tempo, trabalhar na nossa relação e, principalmente, no seu relacionamento com a mamãe, já que ela não sabe né?

Enquanto terminava minhas palavras, percebi que não esperava uma resposta imediata dele. Não podíamos resolver tudo em uma conversa, não depois de tanta dor e decepção. O perdão e uma possível reconciliação seriam um trabalho constante, para ambas as partes.

Nos olhamos por um instante, ambos cientes de que as feridas não seriam curadas rapidamente. Sabia que a conversa era apenas o primeiro passo em direção ao perdão e à cura. Eu tinha esperança de que, com tempo e esforço, poderíamos encontrar um caminho para superar essa traição e nos reconstruir como família ou criar um bom apoio mesmo estando separados.

Saí do escritório do meu pai, sentindo um misto de tristeza e esperança. Sabia que não seria fácil, mas também entendia que somos todos seres humanos falíveis, sujeitos a erros e dores. Eu tinha fé de que, no final das contas, o amor e o respeito prevaleceriam, nos guiando em nossa jornada de perdão e reconciliação.

Não sei como minha mãe vai reagir e isso me preocupa muito, ela já perdeu a mãe esse ano e para completar meu pai fez a pior merda da vida dele.

Com amor antto... - mirko d1ar10sOnde histórias criam vida. Descubra agora