Capítulo 7

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- Taesan,eu juro por tudo,que na próxima vez que você beber assim eu vou te deixar jogado no chão,independente de onde estiver.

Fazia tempo que meu pai não bebia a ponto de ficar nesse estado,sendo carregado por mim e pela minha mãe no meio da rua. Ou melhor,ele nunca havia chegado nesse estado! Foi uma tremenda dor de cabeça. Esse homem absurdamente alto,jogando todo seu peso em nós e sem querer andar direito. Mereço um aumento na mesada por ter que aguentar isso.

- Gatinha,hoje nós vamos inaugurar a casa. - Barulhos de beijos ecoam.

- Eca. - Me viro a ele,que estava beijando mesmo era o ar.

- Tá se aguentando nem em pé e vem com história de inaugurar a casa. - O empurra. - Porra Taesan,anda direito,merda.

- Eita mãe,calma aí que eu estou com o tigrinho no braço! - reclamo assim que senti o peso aumentar. Ainda bem que nossa casa não é distante.

- Dois cachorros. Seu pai e o tigrinho. - Yebin saiu debaixo do braço do marido e foi até o portão da casa,o abrindo em seguida. - Vai Taesan,passa! - apontou para dentro.

Taesan entra sozinho,costurando todo o caminhos. Yebin ia logo atrás,o dando leves empurrões para que andasse enquanto soltava alguns: "Aigo,Tae,anda logo!" , " Taesan,eu tô sem um pingo de paciência. Vá logo!", "Direto para o banheiro,não vou dormir com ninguém sujo" . E frases do tipo. Yuna fecha o portão,passa a chave e põe o cachorro no chão,no qual corria eufórico por toda a entrada da casa.

- Ta vendo só,mãezinha? A casa é nova mas os gritos são os mesmos. - Falo com o cachorro enquanto ando para dentro de casa.

- Ta se achando novinho para tá bebendo assim,só pode.

Yebin gritava da cozinha enquanto seu marido estava sem camisa parado no meio da sala.

- Yebin,amor,você disse que ia vim comigo! - Taesan faz manha.

- Taesan,por favor,não coma o resto do caralho do meu juízo não. - Sua voz é calma. Estranho. - Entre no banheiro logo! - Se exalta. - Porra,quê perturbação!

- Eita,nos estados unidos a senhora gritava menos. - Yuna implicou ao entrar em casa.

- Vai à merda Yuna. - Passa com a cara emburrada,empurrando o marido pra dentro do banheiro.

Yuna foi a cozinha,bebeu água,lavou seu copo,trocou a água do tigrinho por uma mais fresca e encheu seu pote com comida. Durante esse meio tempo,Yebin passou pela mesma murmurando ando na qual a filha não entendeu,e também não deu importância; Foi para o quintal da casa buscar sua toalha. Seu estresse estava tanto que acabou dando alguns gritos no tigrinho,que não parava de brincar mordendo seu pé.

- Yuyu,chame esse cachorro,por favor! - a pediu com a voz manhosa. - Meu Deus,que estresse! Tô ficando com vontade de chorar já. - desabafa. - Tigrinho deixe de ser teimoso e saia! - o empurrou com o pé. Mas foi em vão,o mesmo logo voltou para ela. - Yuna!

- Vou comer a comida do tigrinho! - gritou ao bater na porta.

Tigrinho olhou em sua direção e correu entre vários latidos. Foi até seu pote da ração e começou a come-la. Yuna pegou seu celular em cima da mesa americana e caminhou para sala. Embora estivesse escutando o barulho do chuveiro ligado desde o momento em que foi para cozinha,assim que levou sua vista em direção as escadas,onde o banheiro do andar de baixo era perto,acabou tendo o desprazer em precisar seu pai nu. Nuzinho. Pelado. 100% em seu traje de Adão. Nunca,em vinte e quatro anos de vida,achei que fosse ver meu pai nu. E sinceramente,eu preferia ficar com esse pensamento.

- Yebin,onde você guardou as toalhas? - Taesan costurava o andar,indo até a cozinha:

- Misericórdia! Mãe!!! - Yuna gritou,dando as costas para o mesmo,que resmungava palavras sem sentido. - O pai ta nu pela casa,mãe! - virou o rosto em direção a porta que dava para o quintal. - Vem fazer alguma coisa!! Por favor!!!!

Rock with you. - Hoshi  Onde histórias criam vida. Descubra agora