Capítulo 21

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Se a barra estava pesada lá em casa,na do Hoshi devia estar 10x pior. E quando falei com ele por telefone,só concretizou algo no qual já tinha certeza. Abandonei o estúdio sem pensar duas vezes. Sai tão rápido que nem me despedi do pessoal. Depois entro no grupo e invento uma desculpa qualquer que justifique a minha saída repentina.
Passei em uma conveniência e comprei algumas besteiras,e claro,morangos.
Peguei tanto coisas que vão animar ele quanto coisas que vão animar a tia. Era o mínimo que podia fazer naquele momento.

Pedi que deixasse o portão aberto,e felizmente ele lembrou. Entrei sem bater,como se a casa fosse minha.
Em minha defesa,não queria que a tia Ná escutasse a campainha e criasse expectativas que fosse o tio Riwoo. Não sabia o que se passava na sua cabeça,prefiro me prevenir.

- Hoshi? - o chamei,tirando os sapatos.

- Já chegou? Que rápido. - O mesmo sai da cozinha. - O que são essas sacolas,Yuyu? - olhou confuso.

- Trouxe besteirinhas para a gente,e claro... - Enfiei a mão em uma delas. - Morangos! - Balancei a bandeja. - Eu sei o quanto você os ama. Eles estavam lindos então eu quis pegar. Vai alegrar o seu dia um pouquinho. Também trouxe umas coisinhas que a tia Ná gosta. - levo minha vista as sacolas.

Hoshi soltou um sorriso bobo,com um pouquinho de timidez e a abraçou forte. Yuna ergueu um pouco o rosto e o roubou um selinho um pouco demorado.

Embora o cheiro de bebê não estivesse presente,o do seu hidratante se fez. Por mim eu passaria o dia inteiro cheirando esse homem sem reclamar um só segundo.

- Obrigado,Yuyu. De verdade! - Hoshi beijou minha testa. - Também senti muito sua falta todos esses dias. - continuou,desfazendo o abraço. - As coisas andam... - suspirou - complicadas.

- Como ela está?

- Vegetando... - disse pegando as sacolas das minhas mãos e indo em direção a cozinha. O segui. - Desde que que ele foi embora,ela não come,não toma banho,não reage... Só quer saber de chorar,dormir e ver filmes tristes.

- Ai,titia...

Meu coração dói só de imagina-la nessa situação. Receio que não consiga controlar as lágrimas caso ela decida aparecer.

- Depois vê se ela come as coisinhas que a trouxe,por favorzinho.

- Vou tentar,mas não garanto.

- E você? Comeu algo?

- Tava terminando de cozinhar um Lámen. - pôs as sacolas em cima do armário. - Quer também?

- Não,não.

Passar esse tempo com ele foi tão bom. Sinto que também acabou o fazendo bem. O ajudei a dar um grau na casa; Atualizei sobre as fofocas e os novos passos,assim ele não precisaria ter que sair da equipe. Consegui tirar bons risos,e alguns inícios de gargalhadas, o que me deixou muito contente.

- Hoshi!?

A voz da tia Ná ecoou no corredor assim que nos sentamos no sofá. Não era sua voz como de costume... Estava falha,assustada e um pouco trêmula.

- Hoje ela demorou. - Comentou baixinho. - Tô aqui,mãe. - Levantou,indo em direção ao corredor. - Precisa de algo,gatinha?

Não tive coragem de me levantar e vê-la. Só pelo jeito em que a escutei falar, apertou o meu coração e me deixou chorosa. Se fosse vê-la,não seguraria as lágrimas e pioraria a situação. Tanto para ela,como para o Hoshi.

- Não,meu príncipe. Eu achei que tinha saído... Tá tudo bem.

- A Yuyu está aqui,a senhora quer vê-la?

Rock with you. - Hoshi  Onde histórias criam vida. Descubra agora