1 ano após a morte misteriosa de seus pais, Calissa Blaire Lancaster retorna para a escola de magia e bruxaria de Hogwarts, trazendo com sigo muitas dores e segredos. Afinal de contas uma das famílias mais poderosas e influentes na área das trevas...
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Na manhã seguinte, eu estava pronta. Tinha passado a noite revisando cada detalhe dos convites e panfletos para a festa, escolhendo com cuidado as palavras e o estilo. Como de costume, só os mais dignos estariam na minha lista. Ser convidado para uma festa da Sonserina, ainda mais uma organizada por mim, era um privilégio raro. Todos da nossa casa eram automaticamente incluídos, claro, mas para quem vinha das outras casas... era necessário um bom motivo.
Essa festa, como de costume, era para ser um segredo absoluto. Nenhum professor podia desconfiar — afinal, "que não sabe não estraga". E mesmo com o nosso esforço para manter o sigilo, os rumores sempre corriam mais rápido que os próprios convites. Até hoje, todas as edições tinham sido um sucesso... exceto a do ano passado, mas prefiro não lembrar disso. Agora, essa festa precisava superar todas as outras.
Saí da comunal com alguns convites guardados na minha bolsa, sabendo exatamente onde queria encontrar minha primeira "convidada" especial. Aquela festa ia ser um palco de manipulações, e cada pessoa ali estaria jogando sem saber.
Vi Abner caminhando pelo corredor e apressei meus passos para alcançá-la.
— Albner! Espera! — chamei, enquanto acelerava para alcançá-la.
Ela se virou e, com uma expressão levemente irritada, corrigiu:
— É Abner. Pode me chamar pelo nome certo?
Ignorei o tom dela e continuei, focada no meu objetivo.
— Tanto faz! Vim te fazer um convite irrecusável — falei, segurando o meu melhor sorriso.
— E quem é você, mesmo? — Ela ergueu uma sobrancelha, tentando me desarmar com a pergunta.
Respirei fundo e sorri com um toque de ironia.
— Quem sou eu? Bom, a pessoa que está te chamando para a festa mais esperada de Hogwarts. Você sabe qual é, todos sabem.
— É, ouvi falar... — Ela disse, tentando parecer indiferente. — Vou pensar no caso.
Eu sorri, inclinando um pouco a cabeça.
— Vai "pensar"? Me escuta, Abner, isso é uma chance única. Você vai estar na minha festa. E, ah, seu querido Theodore estará lá. Ele sozinho, rodeado de gente interessante... mas ninguém vai notar vocês dois.
— O quê? Me dá isso aqui! — Ela arrancou o convite da minha mão, visivelmente irritada. — E Theo e eu não somos um casal, que fique claro!
Eu ri baixinho e respondi, ainda com o mesmo tom irônico:
— Claro, claro... não são um casal. Vocês são o quê, então? "Companheiros de estudo"? Vocês fazem um tipo peculiar.
Ela respirou fundo, segurando o impulso de responder mais algo, e virou as costas para sair. Eu sabia que ela iria à festa, e com isso, a primeira parte do meu plano estava completa.
