it's only love, nobody dies.

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eu tenho gostado da lydia desde o 5° ano, dos seus cabelos loiros acobreados, quase ruivos, do seu sorriso encantador, dos seus olhos meio esverdeados, da profundeza como eles brilham e se iluminam com coisas simples como um cachorrinho correndo ou o som dos pássaros no fim do dia, porque ela ama cada uma das coisas vivas. pra mim ela é a representação da perfeição, até mesmo o ato mais mundano parece diferente nela, como eu poderia não me apaixonar?

mas ela não me notou durante todo o ensino fundamental, talvez porque eu estivesse preso em minha timidez e medo de me aproximar de algo tão belo, mas durante o colegial as coisas mudaram, por um acaso, eu e ela acabamos virando amigos. talvez fosse destino, ou pelo menos foi o que tentei acreditar, apesar de ter sido uma situação ruim. lydia havia encontrado minha gatinha fujona, salvado ela de ser atropelada e se machucado no ato mas ela havia se apaixonado por minha gatinha atentada e apesar de não ter sido a melhor situação, agora éramos amigos e ela amava vim a minha casa brincar com lily. depois desse incidente, nos tornamos cada vez mais próximos, até eu abrir meu coração e ela dizer que sentia o mesmo, então, agora eu era seu namorado.

eu gostava tanto dela, tudo estava perfeito e no lugar e eu não poderia estar mais feliz.

então, a malia apareceu, ela era nova na escola e lydia me obrigou a ajudá-la a conhecer o local, lidar com seus horários, ela era diferente de qualquer menina que eu já tivesse conhecido, parecia perdida naquele mundo, lydia me disse que ela nunca esteve numa escola mas parecia que ela nunca havia vivido nada e havia certa tristeza naquele olhar e ela era tímida e isso era algo que eu compreendia. malia me agradeceu pela ajuda com um beijo na bochecha e eu pude ver suas bochechas se tornarem vermelhas quando ela se afastou, foi nesse momento, que percebi o quão linda e preciosa ela era e me senti traindo lydia por isso.

malia estava com dificuldade nas matérias de exatas, lydia deveria ajudá-la porque sua mãe pediu mas ela tinha milhões de coisas pra fazer porque estava sempre ocupada com uma coisa ou outra, ela gostava de se ocupar com atividades extracurriculares e de se voluntariar em projetos para ajudar animais ou o meio ambiente, então, acabou que eu tive ajudar malia com essas coisas, não estava em meus planos continuar tão próximo dela mas ela precisava de muita ajuda e eu me surpreendi o quão bom professor eu poderia ser pois suas notas começaram a subir o suficiente para ela não precisar mais de reforço.

havia uma preocupação crescente e irritante em lydia sobre seu futuro que a deixa estressada e sempre ocupada estudando ou melhorando seu currículo para uma boa vaga na faculdade que aumentava a cada semestre, sua ausência me fez mais próximo da malia, eu não tinha feito amigos desde que meu melhor amigo se mudou pra outro estado no fim do ensino fundamental porque estava sempre com lydia, saindo com seus amigos, vivendo no nosso próprio mundo e isso tinha sido suficiente até eu me sentir sozinho demais porque ela era tudo que eu tinha, bem, até a malia aparecer, nos tínhamos muito em comum, hobbies parecidos, desejos e medos para compartilhar e minha namorado que no início ficou feliz por eu estar me aproximando de outras pessoas começou a sentir ciúmes e então brigamos.

foi minha primeira briga com lydia e foi assustador pensar que nosso relacionamento poderia acabar, ideia que nunca sequer passou pela minha cabeça. ficamos um fim de semana inteiro sem se falar e ela não foi em minha casa ver lily mas eu sai com malia, ela era minha dupla em artes e tinha um trabalho por isso fui em sua casa naquele fim de tarde de domingo. nós moramos na mesma rua e eu não sabia, naquele dia eu descobri que malia era adotada, adoção tardia foi como ela chamou, ela disse que já tinha perdido as esperanças e que tudo que podia esperar era envelhecer o suficiente para ser abandonada pelo sistema e viver sozinha para sempre. foi aí que entendi porque ela parecia tão perdida na escola ela nunca havia ido em uma e sua educação não tinha sido a melhor até finalmente ter uma família.

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