05- Por que "não"?

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Cassie P.O.V

     Meus namoros nunca foram bons. Eu sempre fui muito emocionada, muito apegada e muito grudenta com todos os caras ou garotas que namorei. Foram só 3, mas sempre fui.

     Com a Amy não. Com ela era diferente. Parecia que eu poderia ser quem eu realmente era e que ela iria continuar me amando. Foi até estranho quando ela me pediu em namoro.

     Pelo o que a Alexa me contou, a Amy era um pessoa bem fechada e muito fria. Nunca saía de casa, ou quase nunca. Se não fosse pela Alexa acho que nunca teríamos nos conhecido.

      Era fofo o jeito que ela me tratava, de se preocupar sempre, me ligar as vezes do nada pra falar que me amava. Era estranho ter alguém como eu, mas era bom. E eu espero que não perca ela nunca.

    Amy P.O.V

     O incio da semana foi tranquilo, tirando o susto com a Alexa. A Cassie achou melhor ela passar uns dias na casa dela, pelo menos ali teria a Emma e eu por perto.

      A Michelle e eu nos aproximamos bastante depois, ela me chamava pra ir em alguns passeios com o Tyler, mas eu prefiro ficar em casa, ainda mais quando chove.

       Era quinta-feira, chovia muito lá fora e eu estava tão aconchegada no meu sofá vendo American Horror Story pela milessima vez que nem vi meu celular pelas últimas 5 horas. Isso já era 16:46 da tarde.

      Ouvi batidas na porta e fui abrir.

—Você é louca?! —Cassie aparece entrando que nem um furacão no meu apartamento e acendendo todas as luzes possíveis que ela via pela frente.

O que me fez ter uma dor nos olhos e na cabeça horríveis mais tarde.

—Ei calma! Eu tô bem! —Falo semicerrando os olhos e colocando a mão em cima deles.

— Cinco horas, Amy Freeman! —Ela grita me olhando. Parecia que tinha sido um crime.

—Ei calma! Eu tô bem! —Repeti e fui até ela abraçando ela. Ela tinha acabado de sair do banho só pelo cheiro do shampoo.

—A Alexa foi atacada no início da semana e você some do nada!

—Eu não sei onde eu enviei o celular. Eu fiquei vendo série a tarde toda. Desculpa, gatinha!

—Não. —Solto ela e olho pra ela que não sabia nem como segurar a risada.

— Ridícula.

—Também te amo! —Ela me dá um selinho. Nem parece que tava gritando agora pouco. —Que série você estava vendo? —Ela caminha até a sala— Que zona é essa?

—Ai... Cass, deixa assim... —Tinha um monte de copo e prato na mesinha de vidro de centro, almofada no chão, salgadinho, pipoca, pote. Tudo espalhado na frente do sofá.

—Que horror! O que você se torna em um dia sem mim? —Ela me ignora e começa a arrumar tudo.

     Eu pausei a série e ajudei ela. Ela tem uma mania com arrumação que me deixa doida. Mas amo cada detalhe nela.

—Então... —Começo e ela me olha enquanto eu dava nó no saco de lixo.— À que devo o prazer da vossa visita?

—Vim ver se minha namorada ainda estava viva. Não estou afim de ficar viúva, mesmo por namoro.

—Uhum sei. Você daria graças a Deus, Cass! —Jogo o saco de lixo dentro do cesto. Amanhã eu levo lá pra fora.

—Claro que não! Quem é que ia me entender?

Its Scream, baby (Scream 7)Onde histórias criam vida. Descubra agora