Its Scream, baby (Scream 7)

06- Eu?

Tara P.O.V

   Optamos por ficar assistindo à um filme que estava passado e Killie acabou dormindo no sofá. Fui até o quarto pegar uma coberta e coloquei em cima dela. Desliguei a TV e fui para o meu quarto, onde finalmente recebi a ligação da Sam.

– Até que enfim! E ai ele vai ficar bem?

– Sim. Vai precisar ficar uns dias aqui ainda, mas vai ficar bem.

– Eu recebi uma ligação...

– Dele?

– É... E tive que contar para a Killie. Ela estava sem entender nada e... A Jade morreu, Sam. – Sinto meus olhos lacrimejar.

– Pera, o quê? Ela não estava na casa dela, com você mais cedo?

– Sim, mas assim que eu voltei para casa, ela foi para a dela e lá aconteceu tudo. A colega de quarto que encontrou ela.

– Que horrível...– Ficou um silêncio

– Eu estava indo dormir. Mas se quiser conversar.

– Ah não, tudo bem, pode ir. Boa noite, Tara. Te amo.

– Também amo você. Beijos. – Desligo e coloco o celular pra carregar logo depois adormecendo.

Sam P.O.V

    A terapia agora estava finalmente fazendo resultado. Eu não ouvia mais a voz do meu pai e nem via ele. Estava melhorando muito. Mas com o que aconteceu com o Danny me deixou um pouco abalada.

   No hospital, depois da cirurgia e depois de uma hora, ele finalmente acordou.

   Conversamos um pouco e depois fui comer algo. E ai tudo da terapia desandou.

   Via ele em quase toda pessoa que passava por mim, em espelhos, fotos, TV, tudo, resolvi ficar um tempo no banheiro tentando ne recuperar, mas não consegui.

    Liguei para a Tara e conversei com ela, escutar que a Jade tinha morrido não foi bom, mas por algum motivo eu fiquei aliviada. Acho que pelo motivo de não ter sido a Tara, ou a Killie.

   Estava voltando para o quarto quando eu vejo ele mo vidro novamente.

_Sam....– Resolvo ignorar.– Sam, você quer fazer isso não quer?

– Isso o quê?– Me fiz de sonsa.

– Acabar com tudo, matar todo mundo, enfiar uma faca em cada um deles...

– Não. Obrigada.

– Você pode, Sam. Você é minha filha. Você sabe o que fazer...

    Resolvi sair dali e ir logo pra casa. Não era bom eu ficar ali. Chamei um taxi e fui embora. Entrei com cuidado no apartamento e fui tomar um banho, coloquei uma roupa confortável e deitei.

Killie P.O.V

    Acordei depois de um tempo, última coisa que eu lembro é de estar vendo um filme com a Tara. Eu estava morrendo de sede e precisava ir no banheiro, eu ainda estava com a roupa da festa, provavelmente eu estava com o olho todo borrado pra completar.

   Levantei e fiquei raciocinando um pouco, peguei meu celular que estava no apoio de braço e vi que eram 03:47 AM. Fui no quarto da Tara pegar minha mochila, fui no banheiro e vi que o box estava molhado. Me troquei e deixei minha mochila na sala mesmo. Fui beber minha água e resolvi comer novamente. Enquanto esquentava meu macarrão ouvi uma porta abrir. Não dei muita importância até ouvir alguém andando, olhei para trás e era a Sam.

– Boa noite! Eu só quis comer de novo e já vou dormir. Fiz espaguete para mim e para a Tara, se você quiser eu esquento para você.

– Não...Tá de boa...– Ela fala meio sonolenta.

– Como foi no hospital? Seu namorado tá bem? – Ela apenas assentiu e ficou apoiada no armário ao lado do fogão.

   Era uma cozinha americana. Tinha uns armários na parede e outros no chão com o fogão e a pia, só a geladeira que era separada. Tinha uma ilha também e alguns banquinhos.

– Sim, ele vai precisar ficar mais um tempo lá, mas ocorreu tudo bem. – Ela fica olhando fixamente pro nada.

– Que bom! – Sorrio sem mostrar os dentes e volto a prestar atenção no meu macarrão. Desligo o fogo e pego um prato.

– Você nunca falou pra gente sobre a sua irmã...

– O que que tem? – Pergunto um pouco assustada.

– Nada é que... – Ela se aproxima aos poucos – A gente sempre se abriu com você, pelo menos a Tara. Mas você nunca contou da sua vida antes de vir para cá.

– Ah, eu não gosto muito de lembrar. O jeito que ela morreu, a forma que a minha mãe me tratava, depois o suicídio... Não gosto de lembrar de experiências traumáticas! Acho que nenhum ser humano de verdade gosta. – Ela assenti e eu fico parada na frente da pia.

– Sabe Beckman... Você me lembra muito uma amiga da Tara... O cabelo escuro... A pele branquinha, a boca rosa, estilo, voz.

– Deixa eu adivinhar, a Amber?

– Essa mesmo. – Ela chega a ficar grudada em mim– Eu não sei se você é o Ghostface... Mas ela era. E se você for tão igual a ela você...– Sinto algo entrar na minha barriga. Era uma faca?– ... Provavelmente seria a assassina da vez.

–Eu... – Ela gira a faca e tira e me esfaqueia várias vezes no mesmo local. Fui escorregando e tudo fica escuro.

   Acordei assustada. Suada. Respiração acelerada. Foi um sonho. Um pesadelo, na verdade. Já estava amanhecendo e aparentemente eu só tinha trocado de roupa, voltado pro sofá e deitado ao invés de ter ido pra cozinha. Olhei no celular e era 05:00, resolvi levantar. Queria entender que pesadelo foi esse...