𝓒𝗮𝗽𝗶𝘁𝘂𝗹𝗼 𝘀𝗲𝗶𝘀

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Capítulo seis: Cabine Fotográfica

OS OLHOS COR DE VINHO DE GETO combinaram com o olhar tímido do outro, lançando-lhe um de seus olhares irritados enquanto ele afastava a mão de Gojo de sua boca. Afastando o corpo do homem que se sentou ao lado dele em um pequeno restaurante fastfood construído dentro do shopping, um sorriso travesso apareceu em seu rosto bonito enquanto segurava um pedaço de batata frita.

— Não. — Geto disse mais um vez, sentindo os olhares dados a ele pelos clientes lá dentro. Ele não gosta desse tipo de atenção, mas Gojo parece pensar o contrário. O último estava se banhando dela, Geto sabia que Gojo adorava chamar atenção, estava claramente escrito em sua expressão satisfeita, como um livro aberto. Mas por que trazê-lo para isso?

— Vamos lá, Suguru. — Gojo cutucou a batata frita em sua bochecha, olhando para ele com o que parecia ser um olhar de cachorrinho. Geto teria apreciado isso se não fosse pelo fato de que Gojo estava sendo muito paquerador com ele, tão doce que ele sente que vai ser diagnosticado com diabetes em breve. Poderia muito bem adicionar arritmia a isso, ele tem tido palpitações irregulares ultimamente. Pergunto quem os causou? Quem sabe.

— Diga 'ahhh'.

Porra, Satoru, por favor, pare. — Geto olhou para ele mais uma vez, fechando os olhos e esticando o pescoço para gemer logo em seguida. Gojo achou isso extremamente excitante. Mas eles estão atualmente em um local público, que pena. — Pare de me envergonhar tanto. — Geto estalou a língua, uma forma de expressar o quão irritado ele ficou por causa do comportamento cretino e desavergonhado do homem mais alto.

— Não. — Gojo afirmou o que fez Geto querer revirar os olhos para ele por ser tão alheio.

— Além disso, eles estão olhando para nós porque parecemos piedosos. — Ele acrescentou, com um pequeno sorriso brincando em seus lábios sensuais e saturados enquanto fala. Então ele acena com a cabeça para alguma mesa aleatória, fazendo contato visual com um deles antes de abrir um pequeno sorriso. Geto queria ver a reação da pessoa, então ele se virou e olhou para a pessoa que estava corando, eles resmungaram algo para a pessoa ao lado dela com um sorriso largo, mas com a cabeça abaixada. — Ver?

— Sim. — está bem, Geto não tinha tanta certeza sobre sua aparência, no entanto. Ele era atraente, sim. Isso era um fato adquirido por genética. Mas comparado ao charme de Gojo? Ele não seria nada além de uma partícula de poeira na camisa do outro. Então ele considera a afirmação de Gojo como meio verdadeira. A única coisa 'verdadeira' sobre isso era que Gojo estava certo sobre ele parecer piedoso e Geto estava pronto para se ajoelhar e agradar o próprio deus que é Gojo Satoru. Por que ele tem que ser tão atraente?

— No que você está pensando, hm? Suguru? — O homem de cabelos brancos interrompeu de maneira muito rude Geto e seus pensamentos ridiculamente lascivo. O último ficou agradecido e descontente com o que Gojo fez. Mas, mesmo assim, ele muda seu corpo para encarar o homem com quem está ao lado e encolhe os ombros enquanto enfia uma batata frita na boca, apenas o suficiente para impedir que sua boca fique selvagem.

— Em Deus, eu acho? — Geto deu uma mordida em seu hambúrguer, os olhos voltados para o outro que tinha uma expressão divertida, mas curiosa, pintada em seu rosto. Usando uma das mãos para segurar o queixo e apoiar o cotovelo na mesa, ele perguntou; — por que você estaria pensando em Deus quando eu estou na sua frente?

— Porque você se parece com um? E jesus, pare com esses complexo de deus, isso está me matando.

Gojo piscou antes de encolher os ombros, fingindo que o elogio indireto que Geto havia feito a ele não ecoava em sua cabeça. — Você vai ter que lidar com isso, querido.

— Não me chame assim.

Os dois estavam andando em direção ao fliperama — ideia proposta por Gojo como parte do 'encontro' deles — já estava escuro lá fora, Geto percebeu porque as pessoas ficavam cada vez menores, mas ele realmente não parecia se importar. Ele ficou até satisfeito com o fato de parecer que era só ele e Gojo lá dentro, o que há de errado comigo? Ele pensou, enquanto um pequeno e leve rubor se espalhava por suas bochechas lisas.

A respiração de Geto engatou quando o outro entrelaçou as mãos com as dele, levantando as mãos e Gojo beijando as costas das mãos de Geto. — Satoru, que porra é essa. — Ele sussurrou, com os olhos arregalados e todo o seu rosto ficando otimista, mas o último apenas sorriu para ele antes de apertar ainda mais e arrastar Geto para dentro do fliperama.

— Se eu conseguir vencer você nesse jogo-

— Você não vai. É basquete, sou bom em arremessar. — Geto proferiu com um sorriso maroto.

— Veremos. — Gojo cantarolou. — Mas se eu fizer isso, terei uma coisa com você.

— E o que isso é? — Geto proferiu enquanto levantava uma das sobrancelhas, curioso para saber o que Gojo diria a ele a seguir. Espero que não seja um daqueles desafios estúpidos. Geto definitivamente não faria nada que o envergonharia.

— Uma cabine fotográfica! — Gojo exclamou com entusiasmo, apontando para a mesma coisa que foi colocada no canto do fliperama. Isso fez com que Geto murmurasse em aprovação. — Tudo bem, então — ele respondeu, realmente não se importando se perderia.

Quero dizer, o que poderia acontecer dentro de uma cabine fotográfica?

— Eu venci! — Geto suspirou exasperando com as ações exuberantes de Gojo, o homem pulando um vez e segurando o braço para o alto, usando um de seus sorrisos encantadores e lançando-os para um Geto resmungando. — Então, cabine fotográfica?

Geto só pode acenar com a cabeça e seguir o outro que mais uma vez o arrastou para dentro da pequena sala, os dois sentados próximos um do outro e de frente para onde a câmera estava colocada. Gojo estava fazendo expressões aleatórias, mas felizes, enquanto Geto tentava o seu melhor para fazer o mesmo. A visão era além de adorável. — Você é tão infantil. Estamos na faculdade, sabia?

Gojo encolheu os ombros, — Mas só sou assim com você.

Antes que o Geto percebesse, o homem colocou o dedo indicador sob o queixo, esticou a cabeça para o encarar e colocou os lábios nos de Geto para roubar o primeiro beijo que ele tanto desejava. E então o último click da cabine foi disparado.


(NA) estou fugindo depois disso, sinto muito.

*autor fugindo*

𝗔𝗥𝗧 𝗢𝗙 𝗛𝗘𝗜𝗦𝗧𝗦 Onde histórias criam vida. Descubra agora