Antes de sair do bar, lembrei que estava sem blusa e colete, por isso deixei Castiel apoiado na porta e aproveitei para desligar a música.
A ansiedade estava me corroendo por dentro, precisei tomar alguns goles enquanto caminhava até o galpão onde os quartos ficavam por pura ansiedade. Não que eu precisasse de coragem para me entregar a esse homem, mas que precisava me manter equilibrada até chegar na minha humilde residência, vulgo quarto.
— Fique à vontade, porque eu estarei — falei divertida e um pouco embriagada quando abri a porta do quarto e coloquei meu convidado sentado na cama.
— Dança para mim? — ele pediu e removeu sua camiseta, cobiçando todo o meu corpo com apenas seu olhar.
— Você irá resistir? — Tomei um gole da tequila, coloquei um limão na boca e larguei a garrafa de lado, no chão, perto da porta.
Meu quarto tinha uma cama de casal, um guarda-roupas e uma estande anexada a uma mesa, onde havia livros empilhados e alguns cadernos onde fazia anotações dos livros que eu lia. Havia também uma pequena caixa de som plugada com um pen drive e foi nela que toquei para que o clima do ambiente ficasse mais erótico.
Castiel se posicionou melhor na cama e desabotoou o short. Seus músculos peitorais eram definidos, nada muito exagerado, mas muito lambível. Ao som de Beyonce e suas músicas mais do que sensuais, virei de costas, removi meu colete, minha blusa e dessa vez, meu tope esportivo também. Coloquei o limão chupado em um canto do pote que trouxe e fechei os olhos, fazendo contagem regressiva para finalmente começarmos.
"I look and stare so deep in your eyes" (Eu olho tão profundamente em seus olhos)
Cantei a música sem emitir nenhum som e quando virei para encará-lo, não tive vergonha de me exibir. Fazendo movimentos sensuais, removendo o resto da minha roupa e ficando completamente nua na sua frente, eu estava pronta para a loucura do momento.
Removi seus tênis, depois removi com cuidado seu short e cueba boxer, nos deixando iguais perante nossos sentimentos e ações.
Quando a música acabou, peguei a garrafa de tequila e joguei um pouco do líquido da minha boca, sem engolir. Subi em cima da cama e uni nossos lábios, compartilhando não só o líquido excitante, como também a união de nossos corpos.
Senti sua pele quente contra a minha, seu membro muito ereto e rígido clamava por minha intimidade.
— Uma última degustação... — sussurrei, joguei um pouco de tequila no seu peito e deixei a garrafa no chão, depois comecei a chupar seu peitoral, sua barriga e cheguei onde seu corpo mais necessitava.
Peguei em minha mão sua masculinidade e o escutei gemer extasiado antes de colocá-lo na boca e mostrar o quanto o queria. Ele me acompanhou, segurou minha cabeça com carinho e movimentou seu quadril para intensificar os movimentos.
— Tudo bem, tudo bem... agora venha.
Ainda ao lado dele, estiquei meu corpo até a cômoda que ficava ao lado da cama e abri a primeira gaveta onde tinha meu kit de primeiros socorros e... camisinha.
— Ainda não! — Ele tomou a camisinha da minha mão, me fez aproximar meu corpo da sua boca e devorou um seio sem pudor.
Montei seu quadril e me esfreguei enquanto ele me levava aos céus com esse toque maravilhoso. Aos poucos ele me fez subir, subir, até que percebi que ele me queria na sua boca.
— Quero sentir seu gosto...
Não iria escutar objeção do meu lado, por isso não protestei e apesar sentei em sua boca, sentindo o poder suave da sua língua em meu monte de nervos. Joguei minha cabeça para trás e me esfreguei nele até encontrar meu clímax.
Precisei colocar minhas mãos na parede para me apoiar depois disso, a intensidade foi tanta que quase pedi um tempo para recuperar o fôlego.
Escutei a embalagem ser rasgada, olhei para trás e vi sem membro encapado, então, o convite estava mais do que feito e por isso recuei um pouco e me encaixei.
— Oh, Daia...
— Castiel...
Não precisávamos falar nada além de nossos nomes, um clamor para nossos corpos e sensações. Subi e desci em seu membro no início e quando estava chegando perto de gozar, deitei meu corpo sobre o dele, tomei seus lábios nos meus e finalizei tudo o que precisávamos apenas com os movimentos dos meus quadris.
Ele ainda foi mais ousado, nos virou de lado, puxou uma perna minha para cima e concluiu o serviço com desespero. Seus dentes encontraram meus lábios quando ele chegou ao ápice e o acompanhei, feliz e saciada de que tudo tinha ido muito bem.
Com carinho e distribuindo beijos por todo o meu rosto, Castiel saiu de dentro de mim, removeu o preservativo e suspirou cansado.
— Porra...
— Sim, deve ter saído muita — brinquei e deitei em seu peito, já que ele tinha ficado com as costas na cama.
— Você cuida desse Moto Clube?
— Eu sou a presidente junto com minha amiga Jhenny — falei orgulhosa. — Velho Quin nos deixou seu bem mais precioso e estou tentando desvendar esse mistério desde então.
— Velho Quin? — Fez carinho nas minhas costas.
— Sim, quem construiu esse lugar e praticamente nos deu para manter.
— Pretende recrutar mais pessoas? Transformar isso em algo mais do que um lugar para morar?
Coloquei minhas mãos em cima do seu tórax, encarei-o feliz e pensei no que ele disse. Havia pensando nisso, mas nunca numa justificativa para tal coisa.
— O que um Moto Clube faria?
— Além de unir pessoas, se divertir e acolher?
— Sim, isso é motivo suficiente para transformar os Destinados em um Moto Clube memorável. Quem sabe alguns projetos de caridade não entram no negócio?
— Incentivar algumas campanhas, promover passeios sociais...
— Promover o poder feminino! — Levei um tapa na bunda de leve e sorrimos.
— Amo esse poder feminino — ele falou e beijou minha testa, envolvendo seus braços em mim com força. — Mal encerramos e já estou pensando no dia de amanhã.
— Temos sessão marcada amanhã, não falte. — Beijei seu tórax.
— Terá terapia de campo como hoje? Acho que vou ocupar seu horário todos os dias.
— Não — bati no seu peito de leve —, mas podemos repetir a dose quando meu turno acabar. — Sentei, me posicionei perto de sua perna e fiz um movimento para flexioná-la e então, nosso sexo se aproximou. A luxúria ainda comandava nosso momento.
— Prefiro fazer as aulas na cama com você.
— Não, você irá fazer aula de reforço comigo, na cama, na moto... — Larguei sua perna, cobri seu corpo e encontrei seus lábios. — Você está bem logo e poderemos nos divertir de todas as formas.
— E sem limitações — complementou e segurou meu rosto com carinho. Olhou de um olho para o outro e suspirou. — Eu vou te dar trabalho.
— Quem disse que a recíproca não será verdadeira? — Beijei seus lábios, saí da cama e estendi minha mão. — Vamos, bonitão, porque temos o segundo round na banheira.
Ele abriu um grande sorriso para mim e se levantou, a vergonha de se apoiar em mim parecia ter sumido, ou seja, não mais restrições para o momento, não mais limites.
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Para o Amor Não Há Limites - Completo
ChickLitUma fisioterapeuta integrante do Destinados Moto Clube. Um homem amargurado por estar com os movimentos limitados por conta de um acidente. Um amor inusitado.