Hwa Máfia | HyunLix

cp 8

Lee Felix

A gente estava no escritório do Hyunjin, vendo como a gente poderia entrar na sede da máfia da Tailândia.

Eu estava pensando em uma estratégia para a gente entrar sem ser percebido, quando tive uma ideia.

— E se a gente for primeiro ao prédio principal deles? Lá deve ter coisas importantes, e lá também eu posso ter acesso às câmeras de segurança da sede — falo, olhando para o Hyunjin.

— Eu não sei, a segurança deve ser boa — Hyunjin fala, olhando pra mim.

— Exatamente, é boa, mas não reforçada.

— Vamos ver, mas... — sua fala é cortada pelo meu celular tocando.

Pego o celular e vejo que era minha mãe.

— Oi, mãe.

— Oi, querido, como você está?

— Eu tô bem.

— Você lembra que dia é hoje, né?

— Como assim?

— Hoje seria o aniversário da sua tia. A gente tá indo lá pra casa da sua avó.

— Ah, tá. E o que eu tenho a ver com isso?

— Filho, eu sei que você não gosta de lembrar dela. Eu sei que ela sim foi sua mãe e não eu, mas você tem que parar com isso.

— Era só isso?

— Era. Tchau, se cuida.

— Tá.

Desligo a ligação, saindo da sala sem falar nada.

Han Jisung

— Que dia é hoje? — pergunto, olhando pros meninos.

— Dia 20, por quê? — Minho fala.

— Eu já volto — falo, saindo da sala.

Vou até o quarto do Felix, batendo na porta.

— Lix, posso entrar? — espero ele responder.

— Pode — escuto a voz dele.

Entro no quarto, vendo ele triste. Eu conheço o Felix há muito tempo e sei por tudo que ele passou.

— Não fica assim — falo, sentando ao seu lado.

— Ela sabe que eu odeio lembrar o dia do aniversário da minha mãe.

— É, eu sei. Eu sei que você não confia na Rachel, eu sei como foi complicado perder sua mãe, mas eu sempre vou estar aqui nos momentos ruins e bons, e ninguém nunca vai mudar isso.

— Eu te amo, você é a melhor pessoa — ele fala, me abraçando.

— Faz o seguinte: aproveita que a gente tá aqui na Tailândia e vai naquela praia. Não é tão longe daqui.

— Não seria ruim.

Lee Felix

— Hyunjin!! — desço as escadas, gritando.

— Eu!! O que aconteceu? — ele fala, se levantando do sofá.

— Me empresta o carro.

— Tá louco? Tu nem tem carteira.

— Eu tenho carteira. Por favor, eu não vou longe.

— Tá, mas é pra tomar cuidado com meu carro.

Ele me entrega a chave do carro. Começo a dirigir, indo até a praia.

Sento na areia, vendo as ondas, lembrando da minha mãe.

Quando a Rachel descobriu que tava grávida de mim, a primeira coisa que ela quis fazer foi abortar, mas a irmã dela não deixou. Minha mãe falou que cuidaria de mim. Quando eu nasci, ela nem quis me olhar. Quando eu tinha 14 anos, a Rachel descobriu que estava grávida da minha irmã. Com minha irmã, aconteceu a mesma coisa.

Quando minha mãe morreu, fomos morar com nossos pais verdadeiros. Eles não ligavam pra gente. Eu sempre cuidava da Lily sozinha. Depois de um tempo, eles começaram a nos ver.

Mas eu sei que todo esse amor é uma máscara, que a qualquer momento pode cair.