CAP 11

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4 dias depois.

Eu e a Freen tivemos uma viagem tranquila,

aproveitamos os dias da melhor forma possível. Às vezes precisava trabalhar e não conseguia lhe dar atenção, mas nunca vi uma pessoa mais compreensiva e companheira do que ela.

Eu não havia deixado o assunto "Joe" para trás, pesquisei algumas coisas em meu notebook sobre o assunto da morte do pai de Freen, descobri algumas coisas que talvez nem ela tenha reparado ou percebido.

Eu não iria deixar aquilo passar.

Freen dormia toda vez que eu estava ao seu lado pesquisando e vendo histórico do assunto. Ela pediu que eu deixasse o assunto quando chegarmos no nosso quarto naquela noite. Eu não consegui.

Sei que eu deveria fazer o que ela havia me pedido, mais o quanto seria injusto deixar o legado da familia de Freen na mão de um mal caráter, caso essa realmente seja a verdade.

Nunca.

Agora eu estava no telefone com Mariele, que é advogada e expliquei algumas coisas a ela. A mesma ficou me mandar imagens arquivadas do tal contrato onde a empresa foi passada para Joe. Me explicou um pouco sobre o acidente de Mike e Clara, o que me deixou com uma pulga atrás da orelha.

O carro do pai da Freen tinha sido revisado antes deles partirem para viagem, algumas horas antes pra ser mais exata. Ele tinha levado na oficina de seu amigo que sempre ia e estava tudo certo para saírem de tarde. E de repente o carro capotou? O caso não contava muita coisa, foi encerrado sem nem mesmo uma investigação básica.

-Atrapalho?-Ouvi Irin dizer, olhei para frente vendo ela entrando na sala, fiz sinal que ela se sentasse e aguardasse.

-Tudo bem, me liga se souber de mais alguma coisa.- Falei e logo me despedi de Mariele, agradecendo.

Comecei a explicar a situação a Irin e vi a mulher surpresa com tudo, estava de boca aberta. A mesma começou a supor as mesmas coisas que eu.

-Acha que talvez o acidente foi culpa de alguém e que esse mesmo alguém passou a perna em Freen?- Irin disse, concordei devagar.

-Sei que não posso acusar ninguém. Que não tenho
provas de nada, mas Irin. São muitos furos, se isso
for verdade, esse cara fez tudo como um burro e
Freen.. meu deus.. Freen teria passado por tudo
aquilo em vão, o pai dela era apaixonado por ela, ela
mesma me disse que ele nunca foi viciado em nada e que ela tinha certeza. Não faz sentido Irin. -Falei
sorrindo em desdém.-Ele não esperou nem 3 dias dada a morte dos pais dela, para a colocar na rua... um absurdo para alguém que dizia ser seu melhor amigo.

-Se for verdade...Freen seria tão cheia do dinheiro quanto você.-Irin disse levantando e rodopiando pela sala pensativa.

Ouvi a porta abrir e vi Freen entrar, fazendo eu rapidamente fechar as pastas em cima da minha mesa. A mesma se assustou com meu susto e me olhou desconfiada.

-Desculpa por não ter batido.-Ela falou me encarando.-Eu posso voltar outra hora.

-Pode ficar, não atrapalha. -Falei dando a volta pela mesa e indo ate ela. Dei um selinho em sua boca e fechei a porta por ela. Sentindo que ela ainda me olhava desconfiada.

Ela sabia que eu estava escondendo algo.

-Vamos almoçar?-Irin falou mudando de assunto e me salvando de milhares de perguntas. Concordei rapidamente.

-Vamos.-Falei puxando a mão da mulher ainda intrigada.

Fomos almoçar e quando sentei na mesa, primeira coisa que fiz foi ligar para meu menino. Que estava na casa do estrupício do pai.

Do Nada, Você!Onde histórias criam vida. Descubra agora