capítulo 31

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A mulher saiu completamente possessa de raiva, de dentro de minha casa. E eu não fui atrás, eu estava tranquila e ate um pouco aliviada com a minha decisão.

Filho, pode me deixar sozinha com sua mãe. So por uns minutinhos?

Freen perguntou, ele concordou e saiu do quarto puxando e fechando a porta. -Rebecca, eu..

-Esta tudo bem Freen. Não se preocupe.-Falei me sentando na cama.

-De manhã cedo eu senti você me abraçando.. eu deveria ter ido embora.-Ela disse, cortada pela ligação em seu celular. Era seu noivo. Ela ignorou a ligação e colocou seu sapato para ir embora. Se aproximou de mim e passou a mão em meu rosto. -Me perdoe.

Sentia que o perdão ia muito além..

Eu estava trabalhando e Lucca que graças a Deus ja melhor, estava na escola. Hoje a tarde teria um campeonato de futebol na escola do mesmo e eu e Freen iríamos para assistir, ja que Austin inventou desculpas para faltar.

Inútil

Tentei focar minha mente a manhã toda no trabalho, distrair minha mente. As vezes olhava ao redor e me lembrava dos bons momentos que eu tinha com Freen aqui. Chegava as vezes a entrar no quarto em que era seu e aspirar o cheiro pra que eu tentasse ainda sentir algum rastro de seu perfume.

Quando caiu a parte da tarde, eu ja estava na escola de Lucca as 15:00 em ponto, vi meu filho animado chegar perto de mim, estava todo trajado e lindo. Irin acabou por vir também junto a Normani e quando vi Freen, acabei por abrir um sorriso. Que morreu foi rápido quando vi Liam atrás dela.

-Esse carrapato não desgruda não?-Ouvi Normani murmurar. Acabei sorrindo, mantendo minha postura e vendo que ele falou com todos, menos comigo.

Como se eu me importasse.

Quando Freen me deu um rápido abraço, senti o cheiro gostoso que vinha dela e fechei os olhos aproveitando o momento que se foi tão rápido.

Quando o jogo de futebol começou, eu vi Freen praticamente surtar. Ela pulava na grade da quadra, fazia torcida e ate mesmo gritava o nome do nosso filho que estava abobalhado e envergonhado.

Ele nunca teve uma segunda presença assim em sua vida...

Acabei por sorrir admirada com a animação real e amorosa de Freen, por Lucca. A mulher praticamente entrou dentro da quadra de tanta animação. Pensei que iria infartar, quando Lucca fez um gol.

Freen foi ao banheiro quando o jogo acabou e eu vi Irin me cutucar.

-Uma professora pediu que falasse com ela sobre Lucca. Irin falou apenas pra mim, franzi o cenho

-Agora?

Irin me direcionou aonde era a sala e me ajudou a encontrar, quando entrei na sala. Vi Freen ali sentada, que me olhava confusa também. Quando eu fui olhar para trás e questionar Irin, a mesma havia me trancado ali com a Freen.

-O que tá acontecendo?-Freen perguntou confusa. Vi uma mensagem no meu celular chegar.

Irin

Um dia, ira me agradecer. Cuidarei de Lucca.

Irin bloqueou você.

Filha da puta. Encarei Freen meio envergonhada e mostrei a conversa pra que ela olhasse. A mesma suspirou e se sentou novamente, estava quente. A sala completamente abafada e o ar-condicionado desligado. Estava escura e entrava apenas traços de luz pela persiana. Completamente reservada

Não acredito nisso.

-Desculpe por isso Freen, tenho certeza que ja ja ela vem nos soltar. -Falei meio envergonhada sentando em uma cadeira ao seu lado.

-Tudo bem.-Ela disse, ficamos um bom tempo caladas, ate que Freen se pronunciou novamente. -Desculpe pela situação com Megan, espero que esteja melhor.

-Freen, eu acordei também um pouco mais cedo.. eu poderia ter saido da cama também, mais quis aproveitar a situação e eu te peço desculpas por isso. -Falei, the encarando.

-Foi erro nosso..tá tudo bem. -Ela disse, concordei olhando em seus olhos.

-Você esta linda Freen. Fico admirada a cada dia mais com sua beleza.-Falei, ela sorriu meio admirada com meu elogio.

-Rebecca, se eu fizer uma loucura agora.. poderemos esquecer depois e fingir que nada aconteceu?-Ela falou olhando em meus olhos.-Eu preciso.

-Depende do que seja. -Falei engolindo em seco, a mulher beijou minha boca e eu suspirei passando a minha mão em seu cabelo. Aliviada.

Ela encarou meus olhos quando eu afastei minha boca da sua e eu consegui compreender. Peguei em sua cintura e beijei novamente sua boca, aproveitando o momento e os seus lábios, meu coração faltava explodir no peito. Descontrolado.

A mulher se levantou e sentou em meu colo, passei meu nariz pelo seu pescoço e senti seu cheiro. Beijei seu ombro e passei a ponta do dedo pela sua coluna, por baixo de sua camisa.

-Eu quero.. Ela falava agoniada. Parecia tentar dispensar qualquer pensamento que a faria recuar.-Quero você Rebecca.. eu preciso de você.

Parecia que um choque caiu sobre mim

Suspirei e me levantel, a colocando em pé e ajeitando sua roupa que estava praticamente fora do local certo. Vi Freen franzir o cenho.

-Eu queria. Eu quero tanto.. tanto você Freen. -Falei suspirando.-Não tem noção do quanto eu sinto a sua falta, mais não quero que depois vá embora e vá para os braços daquele homem, e aja como se eu nem existisse.. de novo.. não sou mulher feita pra ser boneca, eu estou sofrendo a muito tempo Freen.. e eu não quero sofrer mais por um amor que nunca mais será meu novamente.

-Meu amor sempre foi seu. -Ela disse baixo, seus olhos lacrimejando,

-Não parece.-Falei baixo, respirando fundo. Ela negou tocando em meu rosto, fazendo eu a encarar.

-Eu te amo Rebecca.. eu so..-Ela procurava palavras.-Eu tenho medo de sofrer novamente.

-E por isso escolheu o lado mais fácil e infeliz pra você?-Perguntei, ela olhou pra baixo.-As pessoas mudam, Freen.

-Eu irei me casar, Rebecca. Não posso fazer isso com ele. -Ela disse, concordei suspirando.

-Então não me beije novamente.. seja feliz Freen.-Falei passando por ela e tentando encontrar uma forma de ir embora.

O que não foi difícil, a chave da sala estava no chão, provavelmente Irin teria a jogado por baixo da porta um tempo depois.

Abri a porta e sai da sala, dando de cara com Liam, que nem soube me dizer nada. Não dei espaço pra isso, mesmo me afastando pude ouvir ele questionando Freen, bravo.

Quando entrei em meu carro, acabei por chorar e praticamente socar o volante à minha frente.

A agonia em meu peito me dava desespero.

Dirigi de volta pra minha casa e eu sentia minha visão turva por conta das lágrimas. Estava agoniada e pressentimento ruim começando a invadir meu peito.

Quando estacionei o carro em minha garagem. Vi que tinha gente na casa ao lado pela primeira vez em muito tempo. E consegui enxergar a imagem do rapaz parado a porta me encarando com um sorriso.

Zayn.

Do Nada, Você!Onde histórias criam vida. Descubra agora