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Eles nunca deveriam ter saído para o pântano. Se não tivessem ido, eles estariam aconchegados nos braços um do outro, trocando beijos e amassos. Suas mãos poderiam estar trocando carícias descuidadamente, o cheiro persistente de cigarro e loção pós-barba barata entre seus corpos. Eles poderiam estar com as mentes nubladas por um prazer desejado. Mas em vez disso, eles estavam sendo baleados.
Nunca fez parte do plano uma quase morte.
Haviam duas preocupações principais dentro da mente de Aurora. Primeiro, ela poderia literalmente levar um tiro. Segundo, ela poderia cair no pântano. Foi por isso que ela se agarrou com tanta força em JJ, os braços dele em volta dela, praticamente escondendo-a por inteiro. Aurora se sentia minúscula. Ele segurou o corpo trêmulo dela enquanto gritava instruções para seu melhor amigo que dirigia o barco, tentando ao máximo ignorar os murmúrios de medo vindo da mais baixa.
— Nós vamos morrer! — Gritou Pope enquanto John B dirigia o barco, serpenteando pelo pântano. Com seus olhos de mel bem fechados, Aurora respirava pesadamente, ela não podia estar passando por aquilo. Não de novo.
Outro tiro.
— Merda! Pope, mexa-se! — Kie ordenou, levantando-se no barco. Aurora estendeu a mão para agarrá-la, tentando puxá-la de volta para baixo. JJ segurou a mão pequena, puxando-a para seu peito. Kiara agarrou as redes de pesca do barco.
Outro tiro.
— Se abaixa, Kie!
Kiara se recusou a ouvir John B. Em vez disso, ela tirou as redes de pesca de cima do motor em um movimento rápido com um grunhido, observando-as rapidamente ser submersas pela água. Outro tiro. Mas desta vez não chegou nem perto do grupo de adolescentes. As redes ficaram presas no motor do barco inimigo, fazendo-o tremer e soltar um som estranho, incapaz de se mover. Os dois homens que se aproximavam rapidamente estavam agora paralisados, o motor fazendo barulho, o barco parando lentamente.
— Vamos, vamos, vamos! — Pope mandou enquanto todos se levantavam lentamente, observando com sorrisos brilhantes. Eles estavam seguros. Eles sobreviveram. Aurora ainda tremia nos braços de JJ, se erguendo lentamente. Cinco rostos estampavam descrença. Eles estavam vivos. Eles tinham fugido. Naquele momento não importava que os homens soubessem quem eles eram ou que barco tinham. Tudo o que importava era que eles estavam fugindo.
— Oh meu Deus!
— Senhor!
JJ deu um soco no ar.
— Booyeah! Pogues, cara!
— Isso foi uma loucura!
Aurora pensou que ela estava enlouquecendo. Ofegos caíam livremente de seus lábios, o alívio descendo por seus ombros. Ela praticamente desabou sobre o garoto loiro, os anéis frios dele contra sua pele quente. Mãos delicadas afastaram os cachos bagunçados de seu rosto, tentando obter uma visão clara; tentando pensar com clareza.
