Capítulo três.

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                                Fênix 🦅

● Istambul, Turquia.

— Porra, manda ele se virar lá com os caras. Maluco parece que não sabe viver sem tá colado no meu pescoço! — Exclamei já puto. — Tenho leitei no saco não, parceiro. A mamadeira só jorra pro outro lado. — Com um baseado entre os dedos e o celular sendo segurado perto da orelha, eu observava a loira se vestindo na minha frente.

Saí pelado da jacuzzi e coloquei o celular no vivo a voz, apoiando ele em cima da pia de mármore e enrolando uma toalha na cintura. Terminei de fumar minha maconha e o mano Russo tava do outro lado da linha me passando a visão da fanfarronagem que aquilo virou na minha ausência.

Não via a hora de voltar pro Rio logo, sujeito só tem paz quando morre mermo, e acho que nem assim. Capaz de eu morrer e nego ir lá atentar minha mente. Desliguei a chamada sabendo que quando eu voltasse, o que ia ter de caô pra resolver era até putaria. Deslizei minha mão pela tela e admirei a foto da Laura com o Lucas. Meus filhos.

Não sou bom como marido, mas como pai eu pingo meu sangue.

— Vem aqui. — Botei o aparelho em cima do móvel e chamei a loirinha pra se sentar no meu colo. Ela caminhou lentamente até mim após meu comando e logo se ajeitou, dando um encaixe perfeito com seu quadril em cima do meu pau.

Pego outro verde e estendo pra garota, que passa sua língua rosinha na seda e me ajuda a terminar de bolar.

Lya: Quero mais. — Se referiu ao sexo que acabamos de fazer e eu passeio com meu polegar pelo seu rostinho de porcelana. Seus cabelos de fios dourados cascavam em ondas perfeitamente esculpidas, emoldurando uma pele cativante.

Era impossível não se perder na sinuosidade de suas curvas delicadas. Sua postura exalava confiança e elegância, enquanto sua silhueta parecia fazer uma homenagem à própria arte da sensualidade. Perdição divina, pô.

— Tu sabe que eu não sou de recusar foda, ainda mais contigo. — Desço as mãos para o meio de suas pernas cobertas por um vestido indecente e ela estremece ao sentir meu toque. — Mas vou ficar te devendo essa. Preciso voltar pro Rio o quanto antes, e também não posso deixar de resolver algumas coisas aqui. — A Lya era uma acompanhante fixa que satisfazia minhas vontades sempre que eu vinha a Turquia resolver negócios com a máfia. Não só isso, mas sua companhia era agradável e ela roubava muito minha brisa. Uma mulher do caralho, nunca vi igual. Nem mesmo a minha faz as magias que essa realiza em baixo dos lençóis.

Lya: Tem previsão de retorno? — Nego, sabendo que o meu filme tava sendo queimado nessa exato momento dentro do batalhão da polícia, prontos para acabarem com meus planos. — Mas as nossas brincadeirinhas por mensagem vão continuar né? — Sorriu perversa.

— Quando minha mulher não estiver por perto, sim. Sabe como funciona, só manda mensagem quando eu mandar primeiro. — A Lavinia perdia a linha quando me via rendendo ideia pra outra, papo de sair quebrando tudo.

Em uma dessas vezes precisei mandar rasparem o cabelo de uma menina, novinha. Tudo pra ela não matar a garota de porrada. Minha mulher é grandona, tem um porte de invejar. No começo do namoro eu mudei muito por ela, mas a mina é maluca, a gente discutia demais, muitas brigas por coisas bobas.

Deixamos o tempo passar e desperdiçamos nossa paixão com rebordosas banais. Hoje eu só dou as costas e meto o pé pra rua. Na real, eu já tô é cansado, ligando mais pra nada.

O que não falta é buceta querendo me dar, e se a de casa não colabora, eu procuro outros meios. Nunca saio perdendo.

Não levanto a mão pra ela, embora a mesma me bata na hora da raiva. Meu bagulho não é violência, exceto no sexo, ali era minha forma de descontar o ódio das intrigas fúteis. Sempre que ela bolava a cara comigo, eu já chamava pra transar; a melhor maneira de lhe retribuir cada tapa.

Desejo Profano (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora