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Nos dividimos em vários carros, eu fui na lamborguini púrpura de Sanzu, no banco da frente, com Shinichiro dirigindo, Mikey e Izana atrás.

O caminho foi silencioso, regado apenas pelo doce som que podia ser ouvido enquanto eu enchia as armas de munição.

Quando chegamos lá na frente eu respirei fundo e analisei o local.

– Eu passei anos da minha vida lutando incansavelmente pra chegar até vocês e cumprir meu objetivo – Sussurrei para os rapazes no veículo – Me desculpem por todas as mentiras, eu não tinha noção do quão errada estava.

– Sabe que eu já te desculpei desde que te encontrei bêbada naquela balada – Shinichiro sorriu.

– Você sabia? – Mikey perguntou.

– Descobri a menos de uma semana, eu vi alguém saindo com meu carro e fui atrás, encontrei ela numa balada já na segunda garrafa de whisky – Ele me deu um olhar – Chorando por que não queria machucar a Bonten, mas também queria vingança.

– Acho que a melhor coisa que já me ocorreu foi ter roubado o seu carro – Sorri – Se não tivesse aparecido lá, eu provavelmente teria desistido.

– Da sua vingança? – Izana perguntou.

– Não, mas teria ido embora, buscado outra maneira – Suspirei, vi que os demais estavam chegando – De todos os planos que bolei, todas as variáveis, tudo que poderia acontecer, eu nunca poderia imaginar que me importaria com vocês – Abri a porta – Obrigada por me salvarem.

Sai antes que pudessem dizer algo, nos demais carros, o restante dos executivos e membros de alto nível da Bonten também saíam, todos armados até os dentes.

Os três Reis de Tokyo saíram da lamborguini, e por incrível que pareça, se postaram atrás de mim, era uma mensagem clara, naquele momento eu estava acima de todos.

Esperei um minuto até que todos estivessem prontos e respirei fundo, eu não precisa de coragem, eu precisava de calma, pra não machucar quem não devia.

– Só tiros limpos – Avisei – Deixo Kisaki pra vocês, mas o capitão é meu.

Eles assentiram e eu comecei a andar, tirei o fuzil das costas e subi os três degraus que levavam a recepção da Delegacia.

Logo fui reconhecida.

– Kitsune? – A recepcionista me olhava confusa e com um leve temor.

– Saia daqui Mika, você não merece ver o que vai acontecer aqui – Ela assentiu engolindo em seco e abriu a porta lateral, saindo rapidamente.

Os demais oficiais ao redor notavam que algo grande estava acontecendo, logo começaram a vir na nossa direção com armas em mãos.

– Kitsune? – Um outro detetive apareceu – O que está fazendo?

– Cobrando uma dívida de sangue – Sorri – Eu aconselho a todos que nos deixem passar – Olhei para a barreira de homens que se formava – Esse pessoal aqui não está pra brincadeira e eu particularmente não quero vocês feridos, só tenho uma alma pra cobrar.

– Sabe que não podemos – Ele disse levantando a arma, meu sorriso se alargou.

– Então vai ser do jeito difícil.

Levantei a arma antes que ele pudesse pensar, atirei nas pernas e braços, ouvia tiros sendo dados de ambos os lados, a polícia atirava, a Bonten protegia e atirava de volta.

O lugar começou a se tornar um poço de sangue, o chão branco estava manchado de escarlate. Avançamos lentamente, sem pressa nenhuma, até o final da delegacia, derrubando aqueles que se colocavam a nossa frente.

Yuki no Kitsune - Harém Tokyo RevengersOnde histórias criam vida. Descubra agora