um plot onde joão e pedro vivem um alinhamento milenar.
se passa em 2018.
esc: pedro 521 palavras inspo: magicklaus
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eu e joão éramos melhores amigos: nos conhecemos na faculdade, lá em 2013. construímos uma relação muito boa, eu passava mais tempo na sua casa do que na minha e vice-versa. por essa razão, decidimos morar juntos em um apartamento na avenida são joão.
ontem joão organizou nosso novo jogo de panelas nos armários da cozinha sozinho, eu decidi organizar minhas coisas no meu novo quarto primeiro.
agora estávamos no meio da sala. joão estava deitado no meu colo enquanto brincava com chicória, já vicente estava arranhando nosso novo sofá. os gatos de romania são um caos definitivo, mas eu os adoro — e pasmem, eles me amam mais do que amam joão, pode ter certeza!
hoje combinamos de reunir nossos amigos aqui, como forma de inauguração e comemorar o sucesso que Lobos, o primeiro álbum de joão está sendo.
— lembra daquela festa da ana, lá em 2013? – joão falou, de repente.
estava brincando com seus cachos e o encaro, olhando para o rack por um momento com uma careta profunda.
droga.
— não, eu não lembro. – sim, eu lembrava e me lembrava muito bem.
joão bufa uma risada.
— ah sim, claro. – ele sorri, mas eu reviro os olhos. — você estava tãão bêbado que até–
— joão vitor, para. – reclamo, mesmo sorrindo.
joão é um idiota.
— pedro.
— eu vou me matar na sua frente.
— meu amorzinho, você me beijou tão intensamente aquela noite que–
— joão vitor, dá pra você calar a porra da boca? – resmungo.
— o que foi, hum? tá com vergonha? – ele ri e eu escondo meu rosto nas mãos. — para com isso, vai! – e ele retira.
eu quero dar uma risada, mas não vou dar esse gostinho à ele.
— cara, eu te odeio. – murmuro. ele sorri.
— odeia nada, você me adora!
reviro os olhos, mas não nego.
— coração – ele me chama. odeio o que esse apelido me causa — você lembra dessa noite?
respiro fundo.
— não, eu já disse que não lembro – mais sonso que eu? não há!
— quer relembrar? – ele perguntou, me olhando tão profundamente que tenho certeza que foi capaz de analisar toda a imensidão e universo que tem por trás dos meus olhos.
e eu também enxerguei isso nos dele.
mordo o canto da boca, engolindo seco pra não surtar com o que está acontecendo.
acho que eu não precisava confirmar, nossa troca de olhares dizia muito, tanto sobre nós e nossa vontade naquele momento.
sinto joão segurar meu rosto e gruda seus lábios no meu, em um selinho.
foda-se isso.
passo minhas mãos por seu pescoço e agarro sua nuca, aprofundando mais e sentindo seu sorriso entre o beijo.
quando a droga do ar faltou, nos afastamos e joão riu baixo, deixando uma trilha de beijos em meu pescoço, até eu afastar sua cabeça.
— se lembrou, agora? – ele riu, voltando se deitar em meu colo. apertei seu braço.
— joão – o chamei.
— sim?
— eu... – porra porra porra — eu te adoro.
isso, pedro. certinho, viu? caramba...
joão soltou uma risadinha, olhando no fundo dos meus olhos.
