um plot onde joão e pedro são amigos, mas joão sente algo a mais.
esc: pedro 634 palavras autoral
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o cheiro de bebida alcoólica abafava o aroma que deveria ser minimamente saudável.
renan, lucas, giovana estavam encostados no balaústres, enquanto joão e eu estávamos sentados no chão da “sacada” — aquilo era grande demais para ser uma sacada, então sabe-se lá Deus o nome disso. — observando, ou pelo menos tentando observar, malu, que estava dançando loucamente “glamurosa” na pista de dança, junto de outros.
renan e lucas brincavam entre si, giovana mexia no seu celular enquanto bebia qualquer coisa vermelha que havia em seu copo e eu tentava ignorar todos os flertes que joão mandava pra mim.
joão gosta de mim desde o ano retrasado, mas eu só descobri isso agora. ele é incrível apaixonado: me trata bem, segura a minha mão — coisa que está fazendo agora —, me leva até em casa e não deixa literalmente ninguém fazer um mal à mim. e mesmo sendo apenas um mês mais velho, ele consegue me fazer passar por experiências de outra vida.
mas, por relacionamentos antigos, eu não sei se estou pronto para entrar nisso de novo. e joão sabe disso. entretanto, ele parece tentar de todas as formas me mostrar que, apesar de um amor não ter dado certo para nós, pode dar agora.
enfim, pouco tempo se passou e malu deu um jeito de arrastar renan, lucas e até mesmo giovana para a pista de dança — vantagem à eles, pois está um puta frio nessa varanda, mas eu me recuso a entrar nesse duplex cheio de pessoas e um cheiro horrível.
mas, certamente malu fez isso para deixar eu e joão a sós.
sinceramente? pra que inimigos?
sinto joão me observando, o que se concretiza em dizer que estou certo ao notar pela visão periférica.
agora, se isso for um jogo, eu posso tentar jogar também.
decido encará-lo e não existem palavras o suficiente para descrever o quão adorável é ver suas bochechas criando um tom avermelhado.
isso sempre acontece.
e pra falar a verdade, joão é definitivamente uma pessoa muito bonita e eu realmente quero me relacionar com ele. não só pela sua beleza, mas sim pelos outros mil motivos já citados. sua personalidade é o ponto principal.
é, eu também gosto dele.
acho que fico tempo demais o encarando.
— sua boca tá roxa e você tá tremendo, pedro! – ele diz levemente preocupado. — tem certeza que você não quer entrar?
— hm? nah... – respondo. — acho que tá ótimo aqui fora.
joão me encara e sorri, percebendo o flerte não intencional — mas eu não me arrependo.
— é?
joão me questiona, transformando nossa proximidade um tanto quanto tensa.
não me incomodei nem um pouco.
— é, sim. – respondo, apoiando minha cabeça em seu ombro.
não sendo metido, mas acho que está 0x1 pra mim.
— ei – ele sussurra, fazendo eu subir meu olhar para si.
— sim?
— me diz, como você consegue ser tão sublime assim? – droga.
— são seus olhos. – brinco.
— queria que você não tivesse namorado aquele idiota e sim eu, sabe? porque assim estaríamos naquele cantinho bem ali, fazendo coisas lindas.
puta que pariu.
— eu vou morrer aqui e agora se você falar mais alguma coisa do gênero. – digo segurando em seu maxilar, sentindo seu sorriso crescer.
— faz isso não, eu tenho que te beijar ainda.
— cala a boca.
— que tal você vir calar?
nossos olhares se cruzaram, e eu realmente não entendia o que estava rolando, mas não quero que acabe tao cedo. sem pensar muito, eu apenas colo nossos lábios em um selinho rápido.
um simples selinho.
selinho esse que fez joão me olhar bobo.
— tá bom, eu não esperava – ele confessa e eu apenas rio baixo. — posso voltar com as declarações agora? se você cair em cima de mim, eu realmente só vejo vantagens.
