C A P Į T U L Į 4

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꧁•⊹ ٭R E N O V A Ç Ã O ٭⊹•꧂
& Tomada


Algumas semanas e a situação se tornou crítica. Os machos T∆æs fizeram de tudo para que a viagem fosse menos estressante para as fêmeas, no entanto, não foram capazes de evitar as mortes em massa das que restaram na colônia. Boa parte dessas perdas se deu devido à fraquezas pela falta de uma alimentação enriquecida de nutrientes, a porcentagem mais insignificante ocorreu por estresse e disputas territoriais.
As fêmeas T∆æs eram mais sensitivas em relação ao seu território, era a maneira mais fácil de se manter longe qualquer ameaça aos possíveis filhotes, Kåπęg sentia a rigidêz em suas escamas, a respiração deliberadamente mais calma o que indicava grande perigo para qualquer um que se aproximasse daquele local.
As câmaras eram projetadas para aguentar um grande impácto, mas as portas tinham uma falha quase que insignificate, uma fenda ao qual filhotes em pleno desenvolvimento poderiam fácilmente se espremer e ganhar a liberdade dos corredores perigosos da nave. Kåπęg cuidava de π∆w∆k quando se deu por falta de um de seus filhotes, seria a fêmea mais nova, atenta ao barulho de fora da câmara, ergueu apenas o tronco e esticou o pescoço encarando aquele metal frio entalhado com letras de sua linguagem, um rangido e as cavidades nas laterais de sua cabeça captaram de onde vinham as vibrações.
Pareciam como pequenas garras afundando lentamente no metal em um rítmo acelerado e contínuo, também havia outro som mais a diante, esse era mais pesado indicando a presença de um adulto, Kåπęg não conseguia farejar por conta da expessura das paredes, mas sabia do perigo que um filhote pode passar longe de sua progênitora.
Ela esperou, as garras pequenas continuaram a tentar forçar a passagem entre o vão da porta, o folhote estava com a respiração ofegante e trêmula assim como o pulsar dos batimentos cardíacos da mãe do lado de dentro, um passo e mais outro, o filhote ficou em silêncio.
O barulho mais forte de um rugido seguida por um grunhido alto fez com que Kåπęg deixasse de amamentar saindo do ninho, mas era tarde de mais para qualquer intervenção, os estals dos ossos poderiam ser ouvidos, o macho encontrou uma possível chance de se alimentar e principalmente de poder provocar o cclo de acasalamento da fêmea.
Mas para que isso ocorra, ele precisaria comer todos os filhotes. Após passar a língua àspera sobre os lábios, abaixou a cabeça até ser possível de se encostar o focinho na brecha da porta, ali ele teve acesso a todas as informações necessárias, sentiu o gotejar lento do leite da fêmea cair sobe o piso de aço, eriçando as escâmas de sua coluna farejou mais mudando de posição, soltou  ar sacudindo a cabeça sendo seguida pela longa cauda chicoteado o ar e então seguiu o seu caminho.
Kåπęg sentiu a perda, ainda mais forte do que antes, restavam apenas dois de seus nove filhotes e em seu ventre surgiu uma grande dor que lhe provocou lufadas de ar, então sem ter o que fazer apenas retornou para o ninho encontrando π∆w∆k em seu sono profundo. Ele ainda se desenvolvia lentamente, mas já conseguia até ficar de pé e se arriscar em explorar os cantos que  seus instintos de curiosidade lhe permitia.
Mas distânte dali, bem longe das estrelas mais brilhantes no céu, uma caverna no topo de uma montanha abrigava um bando que recentemente migraram do sul. Humblee tinha uma  responsbilidade extrema, carregava uma grande família incluindo bebês recém paridos e até novas fêmeas. Sendo o líder de seu bando, guiou a todos por entre bosques sem fim, montanhas e rochedos onde poderiam viver apenas animais de porte médio naquela região.
Os machos saíram para a rotineira caça ao ar livre e as fêmeas mais novas foram em busca de frutos e raízes na natureza que cresciam vigorosamente em volta daquele lugar, tranquilamente cada um seguia cumprindo com o seu papel dentro do bando assim como deveria ser.
Mais ao norte seguindo as baixas planícies e o flúxo de um rio, Droah seguia mapeando o local, observando se havia algum habrigo ali capaz de evitar qualquer tipo de ataque que fosse. Observou também os rastros na beira do rio, eram menores e não indicava qualquer indício de perigo, então continuou caminhando seguindo o fluxo das águas escuras, adentrando mais na mata e explorando um local que poderia facilmente obter cavernas dos rochedos, escalou as rochas com certa dificuldade e  encontrou uma abertura de tamanho médio ao qual lhe obrigou a entrar agachado curvando bastante as costas.
No interior, o espaço era maior e poderia muito bem servir de esconderijo até que fosse necessário sair daquele local, então retomou seus passos descendo a montanha e indo direto ter de encontro com os demais machos, a sua preocupação maior estava em Ziaah naquele momento, logo eles teriam filhotes e ela precisa de um local seguro para poder parir.
Caminhando por entre alguns galhos, a fêmea parecia se setir mais cansada do que o normal, ora tropeçando e sendo amparada por um dos três machos que estavam ao seu redor, eles a todo momento olhavam para ela lhe farejando o corpo, se preocupavam conforme percebiam a dificuldade dela de manter-se em pé, mas orgulhosa como era não permitia qualquer tipo de toque dificultando ainda mais o trajeto.
Ela colocava a mão em seu ventre sentindo os lábios secos e trêmulos, o inchaço no local não havia diminuído conforme os dias passavam, Ziaah sabia o que estava acontecendo com o seu corpo, por isso sentia ódio, tristeza e desejo de sumir na primeira oportunidade que tivesse, mas lá estava aquele volume médio abaixo do umbigo que lhe causava desconforto.
Um passo em descuido de Ziaah e Dranix pegou o corpo da fêmea em seus braços, exausta apenas debruçou a cabeça nos músculos do macho que resmungou.
— Sheah! — A teimosia da fêmea poderia muito bem lhe causar danos sérios. então o macho decidiu que levaria ela, Naan e Tuog se dispersaram nas matas assim que avistaram Droah se aproximando, com apenas um gesto corporal entenderam que o lugar apropriado era aquele.
Os machos Sapiens nem sempre conseguiam um local tão seguro quanto planejavam, o bando de Kahal andou por muitos quilômetros até encontrar uma grande clareira com uma entrada de rochedo ao fundo, bem ao lado do fluxo do rio, o que não era muito vantajoso. Se acomodaram no interior daquela grande fenda oval com uma profundidade inimaginável, Lehad tremia conforme dava os passos para mais dentro do túnel, pequenas mãos agarravam às suas pernas enquanto ela caminhava segurando o seu mais novo filhote agarrado em seus seios.

Eclipse:  A SOMBRA No Vento Noturno. TRILOGIA ALIEN - LIVRO 01Onde histórias criam vida. Descubra agora