04|Pelo futuro

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Estava tão cansada que cai no sono e nem vi a hora...

[...]

Quando acordei, ainda não tinha amanhecido, todos ainda dormiam, menos Eduardo, que acariciava meu braço, enquanto admirava o céu.

— Dormiu bem?— questionou ele, falando baixo.

— Sim.— assenti espreguiçando-me.

—  Você é tão linda dormindo, parece uma princesa.— comentou fitando o olhar para mim.

— Me observou dormindo?— ergui a sobrancelha, ele assentiu com um sorriso.—  Esse tipo de coisa não combina com você.

— Sentiu frio a noite?— perguntou sorrindo.

— Não.— assim que respondo percebo que ele ainda está me abraçando.— Agora já pode me soltar, que eu já tô sentido calor.— Empurro com delicadeza seu corpo.

— a gente vai dormir junto todo dia?

— Não sei.— dou de ombros.

— Espero que sim, por mim a gente ficaria assim todo dia.

— Sai pra lá, doido. A gente nem se conhece e você quer ficar agarrado comigo!?

— A gente não se agarrou, infelizmente, mas quem sabe algum dia desses... eu não tô falando por maldade, é que eu gostei, você tem um abraço bom.— justificou se.

— Tá, tá, chega de baboseira.— me levanto

— Vai a onde?— pergunta intrigado.

— Vou me lavar.— pego uma muda de roupas na mochila.

— Quer ajuda?— me olha maliciosamente.

— Nem pense nisso!— saio andando.

Vou para um local um pouco afastado do grupo, era uma parte onde tinha um lago, e o seu redor era cercado por uma mata um pouco mais densa.
Tirei as roupas e entrei na água dei um longo mergulho, apesar de ainda estar escuro, e da água fria, me senti relaxada.
Até que me surpreendi com a voz do Eduardo.

— Imaginei que viesse pra cá.— me virei e la estava ele rindo, dentro d'água e vindo até a minha direção.

— Como?

— Eu já fui escoteiro, sou ótimo com mapas, e esse lugar estava no mapa.— afirmou se gabando.

— Você está?... hã... Nu?— falei nervosa.

— Tá interessada em descobrir?— levantou as sobrancelhas franzindo a testa, com cara de pervertido.— e você? Tá nua?— não consegui disfarçar meu constrangimento, e minha expressão e falta de resposta o fez concluir.—  pelo que parece está.— sorriu.

— Se chegar mais perto eu te dou um chute no saco.— falei nervosa.

— Calma, não sou assediador, sei me controlar.— debochou.— não existe necessidade de ficar insegura.

Ele ficou rindo, deu alguns mergulhos, para se lavar, e eu aproveitei um momento em que ele estava submerso e saí, me sequei, e vesti rapidamente minhas roupas íntimas, quando ele voltou a superfície decidiu sair da água também, assim que ele começa a sair, me viro de costas para ele, rapidamente.

— Você não tem vergonha não?

— Vergonha de que? De ficar pelado na sua frente?— debochou.— não tenho não, já passei por constrangimentos maiores.

— Já se vestiu?

— Se quiser virar, vira.— afirmou, e eu me virei.

Mas rapidamente coloco a mão cobrindo os olhos, porque ele ainda estava despido.

Operação O19T23Onde histórias criam vida. Descubra agora